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Qui, 10 Junho 2021 10:40

Entrevista Nota 10: Alexandre Rios e o mercado inovador da Engenharia de Produção

Coordenador pedagógico do curso de Engenharia de Produção da Unifor destaca o alto índice de empregabilidade da área 


O professor Alexandre Rios é e pesquisador na área de Tecnologia de Materiais, Mestre em Engenharia e Ciências de Materiais e em Engenharia Mecânica (Foto: Ares Soares)
O professor Alexandre Rios é e pesquisador na área de Tecnologia de Materiais, Mestre em Engenharia e Ciências de Materiais e em Engenharia Mecânica (Foto: Ares Soares)

O crescimento da agroindústria e da indústria 4.0 são vitrines para quem quer entrar de cabeça em uma formação dinâmica que oferece amplas oportunidades de atuação no mercado de trabalho. Para o professor Alexandre Rios, coordenador pedagógico do curso de Engenharia de Produção da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, a mensagem é clara: o profissional formado na área de Engenharia de Produção tem papel fundamental no desenvolvimento da sociedade.  

Doutor em co-tutela (duplo diploma) em Engenharia e Ciências de Materiais pela Universidade Federal do Ceará e em Engenharia Mecânica pela Université Paris-Saclay (França), Alexandre salienta a importância da construção de um perfil profissional multifacetado, que tem conquistado cada vez mais espaço nas indústrias, na gestão e planejamento de setores de bens e serviços. Confira a entrevista na íntegra: 

Entrevista Nota 10 - Professor, como os alunos de Engenharia de Produção da Unifor vivenciam as experiências práticas de sua futura profissão? 

Alexandre Rios - Existem diversos ambientes para os alunos vivenciarem as práticas da profissão. Entre eles, considero a Epro Consultoria, Empresa Júnior deste curso, como a mais viva e atraente para os alunos. Logo no primeiro semestre o aluno pode participar do processo seletivo e participar de projetos de consultoria nas áreas do curso: planejamento estratégico, gestão financeira e controle da produção. Tudo isso tutoriado por um professor do curso. Outros ambientes são fundamentais para o sucesso dos alunos: laboratórios de processos de fabricação mecânica (ou usinagem), laboratório de otimização de processos, laboratórios de informática, laboratório de inovação e prototipagem, dentre outros. Somando a tudo, os docentes trazem exemplos e vivências profissionais para a sala de aula, aproximando sempre o aluno da realidade profissional.

Entrevista Nota 10 - O mercado para a área é promissor? O Ceará oferece muitas oportunidades?

Alexandre Rios - Considerando que muitas empresas e indústrias são movidas por processos, que podem ser melhorados através de conhecimentos logísticos, operacionais e financeiros, o Engenheiro de Produção tem papel fundamental no desenvolvimento da sociedade. A visão de produção enxuta, no ritmo correto e de qualidade adequada, que é inerente a este profissional, o coloca em diversos setores e quadros funcionais. É comum encontrar um Engenheiro de Produção no chão de fábrica de uma indústria alimentícia planejando a produção para atendimento de uma determinada demanda, bem como encontrá-lo na gestão hospitalar, racionalizando operações para, por exemplo, diminuir as filas dos hospitais. Várias frentes de atuação para ele estão presentes no Ceará.

Entrevista Nota 10 - Onde esse profissional pode atuar e qual o seu perfil?

Alexandre Rios - O Engenheiro de Produção pode atuar onde houver processos: indústrias de âmbito geral, na gestão e planejamento de setores de bens e serviços e até na educação. O perfil deste profissional está ligado para a visão de processos otimizados, racionais, rentáveis, utilizando alicerces de desenvolvimento sustentável, responsável e também voltado para a gestão de pessoas e de talentos.

Entrevista Nota 10 - Os profissionais formados pela Unifor têm conquistado visibilidade no mercado? 

Alexandre Rios - É comum o aluno com apenas 20% ou 30% da carga horária do curso conseguir estágio e, até mesmo, durante a formação acadêmica ser efetivado como CLT. Também não é raro encontrar um aluno que tenha vivenciado mais de uma ou duas experiências de estágio. Antes da pandemia a empregabilidade dos alunos formados neste curso da Unifor era de 94%, o maior indicador desta Instituição. O atual cenário econômico, de produzir mais com menos recursos, tem sido bastante favorável para esse profissional.

Entrevista Nota 10 - Como essa carreira se relaciona com a Inovação?
 

Alexandre Rios - As Engenharias, por definição, requerem inovação no seu cotidiano. Especificamente para a Engenharia de Produção, o estudo e a pesquisa de novas tecnologias se traduzem em melhorias nos processos em que eles atuam. A indústria 4.0 e melhoria da interface homem-máquina se fazem presentes neste curso.

Entrevista Nota 10 - A área estará em destaque no mundo pós-pandemia? 

Alexandre Rios - Durante a pandemia esse profissional tem atuado para não deixar faltar álcool líquido e gel nas prateleiras dos supermercados; ele tem estudado as melhores condições logísticas para chegar as vacinas em todo o mundo, além de racionalizar a produção da própria vacina. Após a pandemia, ele continuará com a importância do mundo digital, fazendo melhorias processuais para a sociedade em diversas áreas.

Entrevista Nota 10 - E para quem quer seguir a pesquisa científica ou a docência, como investir nessas vertentes de atuação? 

Alexandre Rios - A Unifor investe em programas de monitorias institucionais e voluntárias, além de possuir bolsas de iniciação científica (CNPq, FUNCAP, etc) para incentivo à pesquisa. A construção de atividades acadêmicas por parte do aluno o condiciona a ingressar na carreira acadêmica. Para isso acontecer, é necessário dedicação, ter um satisfatório rendimento acadêmico ao longo da graduação e interagir com os docentes que possuem linhas de pesquisa na Unifor.