null Trabalho de dissertação apresenta protocolo de gerenciamento e manuseio da hemorragia grave no trauma

Seg, 8 Fevereiro 2021 16:20

Trabalho de dissertação apresenta protocolo de gerenciamento e manuseio da hemorragia grave no trauma

Estudo foi desenvolvido pela enfermeira Velma Dias do Nascimento e ganhou reconhecimento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) 


A hemorragia é responsável por 30% a 40% da mortalidade de pacientes vítimas de traumas (Foto: Getty Images)
A hemorragia é responsável por 30% a 40% da mortalidade de pacientes vítimas de traumas (Foto: Getty Images)

O trabalho de dissertação desenvolvido por Velma Dias do Nascimento, durante o Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, apresenta o Protocolo de Gerenciamento e Manuseio da Hemorragia Grave no Trauma.

O produto final - Protocolo MHEG -, foi reconhecido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS) como uma das 16 experiências inovadoras desenvolvidas por trabalhadores da Enfermagem no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Qual o objetivo da pesquisa? 

A hemorragia é o fator mais comum de choque em pacientes vítimas de grandes traumas, sendo o responsável por 30 a 40% da mortalidade nessas situações. 

Objetivou-se elaborar e validar um Protocolo de Gerenciamento e Manuseio da Hemorragia Grave no Trauma, além de ampliar a técnica de Recuperação Intraoperatória de Sangue (RIOS), em pacientes com trauma toracoabdominal e risco de choque no intraoperatório.

Por que é importante saber? 

O Protocolo de Gerenciamento e Manuseio da Hemorragia Grave no Trauma, denominado de Protocolo MHEG, com ênfase na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi validado como tecnologia assistencial para o atendimento a pacientes politraumatizados com hemorragia grave, aprimoramento da abordagem emergencial no sangramento maior, uma vez que houve ampla concordância entre todos os juízes. Percebeu-se também, a melhoria da conduta transfusional por parte das equipes de traumatologia do hospital, a partir da aproximação com o Serviço Transfusional e sua equipe de Enfermeiros.

Quais foram as conclusões? 

A presente experiência evidenciou que a implantação do método de RIOS em um hospital de trauma do Ceará representou uma oportunidade para mudança da prática institucional relacionada à transfusão, permitindo o aproveitamento do sangue autólogo em cirurgias eletivas e de urgência de grande porte e com grande perda de sangue intraoperatória. 

+ LEIA A DISSERTAÇÃO COMPLETA

Velma Dias do Nascimento é graduada em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza - Unifor (2008). Especialista em Proficiência Técnica de Enfermagem em Hematologia e Hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia - ABHH (2018). Mestre em Tecnologia e Inovação em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza - Unifor (2019). Enfermeira do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE). Atualmente coordena o Núcleo Transfusional (NUTRAN) e a Equipe de Enfermeiros do Trauma do Instituto Dr. José Frota. Membro do Comitê Transfusional Hospitalar - CTH/IJF, Instrutora de autotransfusão em Recuperação Intraoperatória de Sangue (RIOS) e Manuseio da Hemorragia Grave (MHEG) do HEMOCE.

Orientadora: Profa. Dra. Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu