null Capacete Elmo é utilizado na formação de graduandos do curso de Fisioterapia

Ter, 13 Abril 2021 11:58

Capacete Elmo é utilizado na formação de graduandos do curso de Fisioterapia

O equipamento de respiração assistida apresenta como principal benefício a melhoria da oxigenação, o que possibilita ao paciente respirar com menos esforço e mais conforto.


Alunos da disciplina de Estágio Supervisionado III, voltada para a assistência hospitalar, tiveram a oportunidade aprender sobre o funcionamento e discutir sobre a prática do equipamento (Foto: Divulgação)
Alunos da disciplina de Estágio Supervisionado III, voltada para a assistência hospitalar, tiveram a oportunidade aprender sobre o funcionamento e discutir sobre a prática do equipamento (Foto: Divulgação)

O capacete Elmo é uma inovação que, além de estar ajudando a salvar vidas, tem sido utilizada também no cotidiano para aprendizagem dos alunos de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz. O capacete de respiração assistida Elmo, que consiste em um ventilatório não invasivo, possui como principal benefício a melhoria da oxigenação, o que possibilita ao paciente respirar com menos esforço e mais conforto.

O professor do curso de Fisioterapia, da Universidade de Fortaleza, Carlos Henrique Oliveira, explica como é e de que forma está sendo utilizado o capacete. “Nessa segunda onda da pandemia, o uso do Elmo está mais disseminado em instituições de saúde. Para o seu funcionamento, não é necessário um ventilador mecânico. Consiste  em um capacete onde é ofertada uma mistura gasosa no ramo inspiratório e no ramo expiratório do dispositivo. Ele é acoplado a um filtro de barreira e uma válvula de pressão positiva expiratória final. Após a sua instalação, monitorizamos com frequência a pressão no interior do capacete e os resultados clínicos e gasométrico”, esclarece o professor. 

Treinamento para graduandos

Buscando proporcionar aos estudantes de fisioterapia uma maior habilidade com o Elmo, a Unifor viabilizou um treinamento envolvendo uma simulação realística. Os alunos da disciplina de Estágio Supervisionado III, voltada para a assistência hospitalar, tiveram a oportunidade de conhecer o capacete com os seus acessórios e discutirem sobre a prática do equipamento, como: montagem, indicações, contraindicações e  monitoramento. 


 

Riany de Sousa Sena, docente do curso de Fisioterapia, da Universidade de Fortaleza, ressalta a importância dessa atividade para os alunos da graduação. A professora reforça as habilidades às quais eles tiveram acesso. 

“Esse tipo de treinamento envolvendo simulação realística é muito importante. As habilidades incluem aprender a montar o capacete Elmo e instalá-lo ou retirá-lo de forma segura, analisar de forma crítica as situações em que esta interface esteja indicada ou contraindicada, identificar os sinais de sucesso ou falha no seu uso, manejo do desmame da concentração de oxigênio do elmo, evitando assim efeitos deletérios de toxicidade em altos concentrações e, ao mesmo tempo, otimizando o seu uso”, aponta Riany. 

A estudante de Fisioterapia da Unifor, Clarissa Alves Freire, relata sobre a experiência de participar do treinamento e destaca a necessidade desse aprendizado. “Além da teoria, tivemos uma vivência incrível junto com os professores treinados, dentro do laboratório, onde foi possível entender e praticar com toda segurança: montagem, colocação, parâmetros, e ter mais facilidade de compreender o paciente que usa o Elmo. O apoio para essa vivência traz um destaque aos futuros profissionais que saíram da universidade. Além de transmitir aos alunos ingressantes que a Unifor garante a melhor qualidade de ensino, mesmo em tempos tão adversos.”, afirma Clarissa. 

Inovação

Idealizado em abril de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, o dispositivo tem sido aplicado no tratamento de insuficiência respiratória, caracterizada por baixos níveis de oxigênio no sangue.

O uso do Elmo é de extrema importância no tratamento contra a Covid-19. Através dele, o tempo de internação hospitalar pode ser menor, evitando assim uma sobrecarga no sistema de saúde e ainda proporcionando um retorno mais breve do paciente para a sua residência.

Idealizado em abril de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus já contava com números alarmantes no Brasil, o Elmo é fruto de uma força tarefa público-privada de combate à crise sanitária. Em torno da iniciativa uniram-se, além da Fundação Edson Queiroz e da Escola de Saúde Pública do Ceará, um pool de instituições públicas e privadas, como a Secretaria da Saúde do Estado, a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/CE) e a Esmaltec, empresa do Grupo Edson Queiroz.