Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel

vários panfletos de cordéis reunidos

 

Foi inaugurada em 2019 a Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel, da Universidade de Fortaleza, espaço dedicado às produções histórico-culturais em formato de cordel. A Cordelteca da Unifor homenageia a primeira mulher a publicar um folheto de cordel, em 1938.

O vice-reitor de Extensão da Unifor, professor Randal Pompeu, destaca que o equipamento disponibiliza a literatura de cordel não apenas para apreciadores desse gênero de literatura popular, mas também para professores como recurso pedagógico a fim de debater temas relacionados à educação.

A Cordelteca Unifor é a primeira dentro de uma instituição de ensino superior, em Fortaleza, a catalogar, indexar, e organizar com cuidados especiais os folhetos de cordéis, que são frágeis por suas características físicas, objetivando a sua maior preservação. O acervo  soma 1.606 mil títulos, no total 3.173 exemplares localizados na  Biblioteca Central e estão  disponíveis para  consultas locais pela  comunidade em geral.

Em 2018, a literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Ceará é um grande precursor dessa arte e o berço de grandes cordelistas, como Cego Aderaldo, Patativa do Ceará e Arievaldo Viana Lima. A Cordelteca é mais uma das ações promovidas pela Instituição para impulsionar a cultura nordestina.

Sobre a homenageada


Paraibana e cordelista, Maria das Neves Baptista Pimentel foi a primeira mulher a publicar um folheto de cordel. Seu amor pela literatura de cordel foi herdada de seu pai, que era poeta e editor de uma livraria e uma tipografia. “O violino do diabo ou o valor da honestidade” foi o título de sua primeira obra, publicada e vendida na livraria de seu pai, em 1938.

A cordelista teve que usar o pseudônimo Altino Alagoano, formado pelo nome de seu falecido marido e o estado onde ele havia nascido. A época patriarcal não era favorável às mulheres, que enfrentaram preconceitos de gênero. Somente nos anos 1970 foi possível a publicação de folhetos de cordelistas mulheres.

 

Informações para contato

Cordelteca Maria das Neves Baptista Pimentel - Visita guiada por agendamento: Seg. a Sex.: 8h às 21h | Sáb.: 9h às 13h

  • Fone de contato: (85) 3477.3169
  • Endereço de contato: Biblioteca Central da Unifor (1º Piso)