null Pesquisa do PPGA é apresentada em Seminário na USP

Seg, 16 Abril 2018 14:03

Pesquisa do PPGA é apresentada em Seminário na USP

Artigo produzido pelos professores Afonso Carneiro Lima e Sarto Castelo, juntamente com o aluno João Moisés Brito, trata sobre segurança pública e foi apresentada no XX SemeAd.


Professor Sarto Castelo, o aluno João Moisés e o professor Afonso Lima (respectivamente), tiverem artigo aprovado para o XX SemeAd, na USP (Foto: Felipe Ferreira/Unifor)
Professor Sarto Castelo, o aluno João Moisés e o professor Afonso Lima (respectivamente), tiverem artigo aprovado para o XX SemeAd, na USP (Foto: Felipe Ferreira/Unifor)

A criminalidade é um dos grandes problemas enfrentados por grandes metrópoles brasileiras atualmente. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado demonstram um aumento nas ocorrências entre 2016 e 2017.

Analisando essa realidade, o aluno do Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Unifor, João Moisés Brito, e os professores Afonso Carneiro Lima e Sarto Castelo, desenvolveram uma pesquisa cujo propósito foi o de compreender se haveria espaço para a criação de uma plataforma digital baseada nos princípios da economia colaborativa, onde as pessoas poderiam indicar locais de delitos, facilitando assim o trabalho das autoridades e compartilhar a informação com a população.

A pesquisa realizada no PPGA foi selecionada para ser apresentada no XX Seminários em Administração da Universidade de São Paulo (SemeAd), em novembro de 2017. Atualmente, está em processo de revisão para ser publicada na Revista de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas.

“Fizemos uma validação de escala, pois precisávamos saber inicialmente se, mesmo com a indignação da população frente a esta realidade, esta mesma população estaria propensa a contribuir fornecendo dados e informações relevantes. Assim, a pesquisa foi mais no sentido de entender este aspecto, pois de nada adianta criar-se uma plataforma digital, com recursos tecnológicos, sem que haja a participação espontânea e o apoio dos usuários”, explica o professor Afonso.

Segundo o professor, foram coletadas informações de 385 pessoas durante três meses. De acordo com os dados colhidos na pesquisa, os respondentes estão concentrada, em sua maioria, entre 25 e 34 anos (44%), seguida da faixa etária de 35 e 44 anos (28%) e da faixa etária de 18 a 24 anos (16%). Acerca da escolaridade dos respondentes, mais de 50 % possuem graduação ou pós-graduação. A amostragem se mostrou probabilística para a criação deste ecossistema colaborativo, embora os pesquisadores ainda necessitam de novas coletas de dados.

O aluno João Moisés Brito, que também atua como policial civil, explica que o interesse para realizar essa validação de escala veio ao observar os aumentos nos índices de criminalidade em Fortaleza e o fato das autoridades nem sempre conseguirem solucionar todos os casos, seja por número insuficiente de profissionais para realizar a investigação ou não disponibilização de informações necessárias pela população por medo de represálias.

“Vivemos em uma era onde a tecnologia de informação e comunicação tem facilitado diariamente o surgimento de novas plataformas de compartilhamento de informações, proporcionando o surgimento de um estilo de vida colaborativo. Essa pesquisa parte da ideia de que as novas formas de comunicação eletrônica, originárias do desenvolvimento tecnológico, podem vir a ser uma ferramenta que contribuirá com a Secretaria de Segurança Pública, para que esta possa enfrentar os seus principais gargalos e problemas existentes atualmente”, afirma João Moisés.

O professor Sarto Castelo, que esteve na Universidade de São Paulo para apresentar a pesquisa, afirma que uma validação de escala como esta deve ser aplicada para que se consiga uma robustez nos números, fornecendo dados concretos para o desenvolvimento do projeto. “Embora a pesquisa ainda necessite de mais dados, apresentar esse artigo no SemeAd foi consequência do nosso objetivo de produzir um trabalho de qualidade e representou uma ótima oportunidade de mostrar nosso estudo ao público acadêmico do país”, conclui João Moisés