Diabetes animal: sintomas, tratamento e raças mais afetadas

A diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue, garantindo energia para o nosso organismo.

Muito se fala sobre a prevenção, cuidados e tratamento em humanos, mas você sabia que seu bichinho de estimação também pode sofrer do mesmo problema?

Rodrigo Guedes, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Fortaleza, explica que em cães e gatos, os principais sinais clínicos observados são o aumento da ingestão de água e de alimento, maior volume de urina produzido e perda de peso.

O diagnóstico é baseado no histórico do animal, sinais clínicos e exames complementares. O aumento persistente da concentração de glicose na urina e no sangue - mesmo em jejum - merece atenção. "Outros exames podem ser citados como os hematológicos (avaliação de enzimas hepáticas, renais, dosagens de colesterol e triglicerídeos), além de exames de urina e de imagens (ultrassonografia abdominal)", reforça Guedes.

Raças mais afetadas

Diferentes tipos de raças - tanto de cães como de gatos - podem desenvolver diabetes. Na literatura, são destacadas algumas raças caninas mais propensas à doença:

  • Poodle;

  • Golden Retriever;

  • Schnauzer;

  • Pinscher;

  • Spitz;

  • Terrier, dentre outros.

Fatores que influenciam

Rodrigo Guedes lembra que há vários fatores que podem levar seu pet a desenvolver diabetes. "Podemos destacar a predisposição genética, os fatores ambientais como o tipo de alimentação fornecida ao animal e doenças como obesidade, pancreatite, enfermidades que afetam o funcionamento do fígado e rins e outros quadros hormonais relacionados a distúrbios nas glândulas tireoide e adrenais e órgãos sexuais", lista o professor.

Caso o animal não seja diagnosticado e tratado corretamente, algumas complicações podem surgir. Neuropatia diabética, nefropatias, catarata e cetoacidose diabética são as mais comuns. A cetoacidose diabética, por exemplo, é um quadro emergencial que pode levar à morte, alerta Guedes.

Tratamento

Entre os objetivos do tratamento da diabetes animal estão: obter um bom controle da glicemia, prevenir complicações, recuperar o estilo de vida do animal e reduzir manifestações clínicas.

"A terapia é baseada, principalmente, no uso diário de insulina, de forma injetável, e na dieta (manejo nutricional) do animal, além de exercícios e a castração", orienta Rodrigo Guedes.

O controle da glicemia ocorre através do uso da insulina e o seu acompanhamento periódico é feito a partir de exames laboratoriais. Atualmente, há dispositivos instalados na pele que facilitam a leitura da glicemia diária e não causam desconforto ou dor ao animal.

Dieta

Segundo Guedes, os ajustes na dieta devem ser realizados com o objetivo de prevenir a obesidade e quadros de hiperglicemia.

Para os cães, são prescritas dietas ricas em fibras, proteínas e moderada quantidade de carboidratos.

Já para os gatos, que são estritamente carnívoros, deve-se fornecer uma dieta com alto teor de proteína e restrição de carboidratos.

Estude Medicina Veterinária na Unifor

Na Unifor você encontra um curso de Medicina Veterinária completo! Carreira com vasta área de atuação como saúde única, vigilância sanitária, bem-estar animal, produção, inspeção e tecnologia de produtos de origem animal, clínica e cirurgia de animais de pequeno e grande porte, agronegócio, áreas emergentes e outras.

Confira as novidades e vantagens que a Unifor preparou para você estudar em uma das melhores Universidades da América Latina e ser um profissional renomado em sua área. Inscreva-se no Processo Seletivo 2021.1.