Nova Unidade de Tratamento para Hepatites do NAMI oferece atendimento à população

Em pleno funcionamento desde agosto, a nova Unidade de Tratamento para Hepatites do Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) vem proporcionando à população de Fortaleza atendimentos médicos gerais, pediátricos e medicação gratuita para o tratamento da doença, além de promover a integração entre os cursos de saúde da Universidade de Fortaleza, que passam a fornecer assistência em nível interdisciplinar.

Após negociação com a Secretária de Saúde do Estado (SESA), o NAMI agora integra a lista de unidades de atendimento para hepatites em Fortaleza, junto ao Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

O novo ambulatório também aumenta o escopo de atendimento do Núcleo e amplia o perfil de pacientes acompanhados pelos alunos - sob a supervisão de professores - dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Nutrição da Unifor. Com sua recente reestruturação, o NAMI passou a agregar ambulatórios dos cursos de saúde da Universidade em um mesmo andar, favorecendo a interação entre essas diferentes áreas.

De acordo com Aline Veras, diretora médica do NAMI, a iniciativa é importante para expandir o cenário de prática aos cursos do Centro de Ciências e Saúde (CCS). Dessa forma, é possível oferecer assistência interdisciplinar de qualidade e com base nas melhores evidências científicas. “A gente abre um espaço importante para uma construção interdisciplinar entre os cursos na assistência ao paciente com hepatite. Além de Medicina, Enfermagem e Farmácia, o curso de Nutrição também será integrado”, destaca a diretora.

Sobre a Unidade de Tratamento para Hepatites do NAMI

Em um cenário em que o tempo de espera para uma primeira consulta costuma ser de, no mínimo, seis meses, a nova Unidade de Tratamento para Hepatites do NAMI surge como alternativa para os pacientes diagnosticados na rede de saúde do Ceará.

O novo ambulatório oferece o serviço de três hepatologistas, uma gastropediatra, e pretende auxiliar na composição da rede de atendimento a esse tipo de enfermidade, prestando atendimento acessível e de qualidade a todos os pacientes.

O tratamento das hepatites C e B é simples e nós acreditamos que, em um futuro próximo, poderá ser feito, inclusive, nas unidades de saúde. Para que isso aconteça, nós precisamos que os alunos formados pela nossa Instituição estejam aptos a tratar esses pacientes”, explica a médica hepatologista Elodie Hyppolito.

Hepatites

Atualmente, as hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil. Segundo Hyppolito, os tipos C e B são hoje, respectivamente, a segunda e a quarta principais causas de transplante de fígado no Estado do Ceará. A hepatite C acomete até 1% da população brasileira e menos de 20% desses pacientes têm conhecimento sobre seu diagnóstico. No caso da hepatite B, a incidência é de 0,8% na população. 

Por ser silenciosa, não expondo sintomas evidentes, a hepatite ocasiona diversos diagnósticos tardios. Muitos pacientes nessa situação apresentam casos de agravamento com evolução para cirrose, condição em que células do fígado são destruídas ou deixam de funcionar corretamente. Esses pacientes cirróticos são encaminhados para aguardar em listas de transplante, por conta do alto risco de surgimento de câncer de fígado.

Segundo Elodie Hyppolito, os testes a serem realizados no NAMI vão ajudar a identificar quadros de alto risco da doença. “O tratamento de hepatite C, hoje, cura 100% dos pacientes. Já o tratamento de hepatite B cura com bem menos frequência, mas controla a doença”, afirma a professora e hepatologista.

Serviço

Central de Marcação NAMI

Funcionamento: de segunda a sexta-feira, de 7h às 17h Atendimento reduzido, obedecendo às normas de biossegurança
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WhatsApp: (85) 9.9200-7069
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