Saiba como a Fisioterapia atua na saúde da mulher e quais os cuidados necessários em tempos de pandemia

Mudanças significativas no cotidiano durante o período de isolamento social ocasionaram problemas físicos e emocionais em diversas pessoas. Entre as principais complicações existentes, a saúde da mulher foi atingida diretamente pelo descontrole de hábitos saudáveis, falta de atividade física e sobrecarga de trabalho.

Luciana Mota, professora do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, explica como essa área da saúde pode contribuir para a qualidade de vida feminina.

“A Resolução N°401 de 18 de Agosto de 2011 disciplina a especialidade de Fisioterapia na Saúde da Mulher sob o domínio de diversas áreas, como: realizar avaliação clínica do sistema uroginecológico, coloproctológico, mama e do aparelho reprodutor feminino; solicitar, aplicar e interpretar testes funcionais sobre graduação de dor pélvica, escala de avaliação da função sexual feminina, teste de sensibilidade; decidir, prescrever e executar o tratamento fisioterapêutico específico para cada caso; e outras diversas áreas”, destaca.

Ainda segundo a professora, durante a pandemia, as mulheres continuaram apresentando problemas relacionados ao aparelho uroginecológico, seguiram engravidando e parindo.

Luciana Mota, professora do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza

Auxílio do telemonitoramento

“O telemonitoramento consiste do acompanhamento a distância, de paciente atendido previamente de forma presencial, por meio de aparelhos tecnológicos. Nessa modalidade, o fisioterapeuta pode utilizar métodos síncronos e assíncronos, como também decidir sobre a necessidade de encontros presenciais para a reavaliação, sempre que necessário”, comenta ela.

Além disso, problemas emocionais e a grande mudança nos hábitos de vida atingiram a saúde da mulher.

“A sobrecarga de atividades e o maior tempo em home-office com atividades realizadas em postura sentada podem ter gerado desequilíbrio de postura na região pélvica, problemas circulatórios locais e sistêmicos, implicando em dores, disfunções sexuais e urológicas. A alimentação e a falta de atividade física associadas ao estresse, levaram ao aumento no caso de problemas proctológicos como constipação e hemorróidas. No caso das gestantes, as dificuldades de acompanhamento podem ter interferido no aumento do número de cesarianas eletivas, fugindo ao que preconizam as boas práticas do acompanhamento à gestante”, destaca Luciana.

Continuidade do tratamento

Já a professora Michelli Caroline Barboza, mestre em Saúde Coletiva e Doutora em Ciências da Reabilitação, enfatiza as principais recomendações a serem seguidas durante o atual período. “A principal recomendação é continuar o plano de tratamento em casa, executando os exercícios propostos e seguindo as orientações passadas pelo fisioterapeuta. Como forma de auxiliar as pacientes nesse momento, a teleconsulta, como já foi mencionado, é uma ferramenta permitiu manter o vínculo e o acompanhamento das pacientes a distância”, afirma.

Por fim, como identificar sintomas que podem indicar que é hora de procurar um fisioterapeuta especialista em saúde da mulher?

Michelli aborda os sinais que envolvem qualquer perda involuntária de urina, como por exemplo, durante o esforço físico, tosse e espirro. “É importante salientar que não é normal perder urina, independente da situação. O aumento da frequência de micções, ou seja, muitas idas ao banheiro que atrapalham a realização das atividades cotidianas também pode ser um sintoma de alerta. Além disso, outro sintoma importante é qualquer desconforto ou dor durante o ato sexual”, explica.

Entretanto, a professora alerta acerca da importância de não esperar os sintomas aparecerem para procurar um fisioterapeuta. “Uma avaliação e treinamento dos músculos do assoalho pélvico deveriam fazer parte da rotina de exercícios de qualquer mulher, assim como outros grupos musculares”, conclui.

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