Fumacê auxilia no combate aos mosquitos transmissores de doenças dentro do campus

ter, 17 março 2020 10:08

Fumacê auxilia no combate aos mosquitos transmissores de doenças dentro do campus

Sem prejuízos à saúde, o fumacê previne o aumento da proliferação de transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya.


Processo realizado pelo Fumacê acontece duas vezes por dia durante os períodos da manhã e noite (Foto: Ares Soares)
Processo realizado pelo Fumacê acontece duas vezes por dia durante os períodos da manhã e noite (Foto: Ares Soares)

A Universidade de Fortaleza possui um extenso campus disponível para seus alunos explorarem diversos equipamentos. Dentro dos espaços presentes na universidade, também há áreas verdes que cercam o campus, onde estão inseridas as lagoas, regiões arbóreas e os mangues. Porém, um problema que pode surgir nesses locais é o grande número de mosquitos e muriçocas, causando assim, um aumento na proliferação de transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya.

A instituição sempre está preocupada com o bem-estar da comunidade que frequenta o campus, seja ela parte do corpo acadêmico ou público em geral. Por isso, o fumacê é um dos principais métodos que a Unifor utiliza para combater os mosquitos proliferadores de doenças em todo o campus.

Como o fumacê funciona? 

O fumacê é um inseticida que possui atuação em larga escala e é despejado ao redor de toda a universidade em forma de vapor. “Ele (fumacê) é um processo de termonebulização realizado através de um aparelho que solta o produto (dissolvido em óleo mineral, em diesel ou em água) em forma de vapor. O produto tem a ação de 40 minutos até 1h 20 no mosquito”, explica o gestor do Departamento de Serviços Gerais da Universidade de Fortaleza, Caubi Cunha.

O processo acontece em toda a universidade duas vezes por dia. A primeira ronda acontece durante o período da manhã, entre 5h30 e 6h30, e a segunda ronda é realizada no final do período da tarde e início da noite, entre 17h30 e 18h30. “A intenção é pegar o mosquito no hora em que ele está mais ativo”, explica Caubi. 

Atualmente o despejo do fumacê é realizado por uma moto que ronda todo o campus, diferente do que acontecia há alguns anos, onde ele era realizado por um carro. Caubi explica que a mudança ocorreu para que o inseticida possa chegar também a locais mais estreitos e de difícil acesso, o que não era possível com um veículo de grande porte. Além disso, o gestor orienta que as portas e janelas dos blocos sejam abertas durante o tempo em que o inseticida seja despejado para atuar sob os mosquitos que ficam dentro das salas.

Inseticida não é prejudicial à saúde!

O produto utilizado em todo o campus é o Cymperathor, uma inseticida a base de Cipermetrina utilizado mundialmente no controle de insetos rasteiros e voadores. Ele é altamente ativo contra as principais espécies de insetos, inclusive contra os resistentes a outros produtos. Ele é um produto biodegradável e não causa nenhum tipo de agressão ao meio ambiente, além de não deixar cheiros ou manchas.

Sem prejuízos à saúde, a aplicação constante do produto é muito importante para o combate contra os mosquitos que podem causar doenças como dengue, zika e chikungunya. “A tendência é que, com a continuação da aplicação do produto, a aparição de mosquitos diminuam na universidade. Porém, eliminar os transmissores é quase improvável por conta das lagoas e mangues que cercam o entorno da universidade. Portanto, o intuito principal da aplicação do fumacê é a prevenção e controle dos mosquitos na área do campus”, finaliza Caubi.