null Jovens cearenses vencem desafio de inovação da Nestlé

Sex, 17 Maio 2019 10:40

Jovens cearenses vencem desafio de inovação da Nestlé

Grupo de empreendedores apresentou projeto de protótipo de embalagem sustentável para substituir canudos de plástico


Conheça os jovens cearenses que tiveram seu projeto vencedor no primeiro desafio de inovação aberta da plataforma HENRi@Nestlé no Brasil.  Foto: Nestlé.
Conheça os jovens cearenses que tiveram seu projeto vencedor no primeiro desafio de inovação aberta da plataforma HENRi@Nestlé no Brasil.  Foto: Nestlé.

Repensar a função dos canudos de plástico nas embalagens, sem prejudicar a experiência do consumo. Este foi o desafio vivido com êxito por Ana Ivna Alves Milério, Leonardo Holanda Lima e Matheus Titara, jovens cearenses que tiveram seu projeto vencedor no primeiro desafio de inovação aberta da plataforma HENRi@Nestlé no Brasil.  

Matheus Titara é arquiteto e urbanista, já Ivna Milério é egressa do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unifor, e Leonardo Holanda é concludente do mesmo curso. Desde 2016, Leonardo participa do programa de monitoria e também de projetos de iniciação científica da Unifor. 

“A experiência na Unifor é muito boa, trabalhar com iniciação científica desde o início da graduação dá norte para os alunos adquirirem aprendizagem em laboratórios e apresentação de trabalhos dentro e fora da universidade. Como monitor, eu sempre aconselho as pessoas que estão ingressando a procurarem participar das atividades acadêmicas para ganhar peso no currículo”, destaca Leonardo. 

Para Vasco Furtado, diretor de Pesquisa e Inovação da Unifor, o reconhecimento dos estudantes reforça o compromisso da instituição com sua produção científica. “Ficamos enaltecidos com a premiação dos nossos alunos, porque vimos como reconhecimento ao que estamos fazendo no campo da pesquisa e inovação, inclusive com incrementos dos investimentos, principalmente na contratação de novos pesquisadores de ponta e em bolsas de iniciação científica”, ressalta. 

Segundo o coordenador do curso, professor Oyrton Monteiro, “a formação dos estudantes no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unifor, desde o início, valoriza o desenvolvimento de projetos inovadores, e esse é um dos motivos do sucesso dos alunos. Além disso, os diferenciais são muitos: nota máxima no MEC, o curso possui de laboratórios de ponta, corpo docente formado por mestres e doutores, e matriz curricular atenta às urgências do mercado”, pontua. 

O grupo, que atua na área de engenharia ambiental, arquitetura e sustentabilidade, irá implantar um piloto em conjunto com a Nestlé Brasil: um protótipo de caixinha com um canudo acoplado para dobrar, feito do mesmo material da embalagem atual do produto. A ideia é que a caixinha venha com lacre que, ao ser retirado, libera o canudo na dobradura.

Os oito projetos finalistas foram avaliados por um comitê de especialistas de mercado e executivos da Nestlé, inclusive o CEO Marcelo Melchior. A final do desafio aconteceu na sede da Nestlé, em São Paulo, na sexta-feira (10). "O desafio foi um movimento inicial para nos aproximarmos dessa comunidade de inovação de forma mais consistente para estimular soluções fora da caixa", comentou o CEO.

O protótipo do canudo acoplado trouxe uma solução que utiliza um único material, reciclável e que não interfere na composição do produto. "Eles tiveram espírito empreendedor e, ao mesmo tempo, o prêmio do desafio será importante para fazer o negócio acontecer", comenta a diretora de Transformação Digital da Nestlé Brasil, Carolina Sevciuc. Além do investimento da Nestlé, o projeto vencedor será acelerado em parceria com a Fundação Dom Cabral.

"A tecnologia permite a conservação do líquido, com barreira contra microorganismos, a produção em escala e com variedade de embalagens", explicou Leonardo Holanda Lima, um dos idealizadores do projeto. "É uma grande emoção ganhar esse prêmio, porque reforça a necessidade de agregar conhecimentos para modificar o cenário de sustentabilidade no Brasil e provocar uma mudança de consciência das pessoas", complementa Ana Ivna.

A escolha do melhor projeto

O desafio HENRi@Nestlé contou com 72 projetos mundiais inscritos, entre eles, 12 internacionais e 60 brasileiros. "O ambiente criativo e de inovação está em ascensão no Brasil e os números do nosso desafio mostram que há um estímulo contínuo em busca de um mindset de transformação e dinamismo", avalia Carolina Sevciuc.

Por meio de desafios como o dos canudos plásticos, a Nestlé busca alcançar o máximo possível de pessoas em todo o mundo, a partir da busca por soluções para vários desafios de negócio, que passam por inovação de produtos, sustentabilidade, saúde, nutrição, entre outros temas. A companhia está aberta a soluções que podem envolver novos tipos de embalagens, incentivo a mudanças de comportamento do brasileiro em relação ao uso dos canudos de plástico, ou até mudanças na cadeia de suprimentos.

De acordo com a organização Ocean Conservancy, canudos de plástico são o sétimo item mais coletado nas areias das praias em todo o mundo e, na maioria das vezes, deslocam-se da areia para o mar, poluindo a água e prejudicando a fauna marinha. "Essa é uma questão de grande importância para a Nestlé. Reconhecemos que os canudos de plástico se tornaram um desafio global e estamos preparados para tomar medidas decisivas para ajudar a resolvê-lo. Com a plataforma, conseguiremos fazer isso de uma forma muito mais ágil e aberta a muitas formas de repensar esta questão", explica Sevciuc.

Sustentabilidade 

Na abertura do evento, a diretora de Bebidas da Nestlé, Fabiana Fairbanks, lembrou que a proposta da plataforma faz parte de um projeto que a companhia iniciou em fevereiro, em três grandes frentes, com foco na questão dos canudos:

  • A parceria de NESCAU com o Projeto Tamar – um dos principais projetos socioambientais do Brasil – na campanha #JogaJunto, por meio de apoio financeiro ao projeto e a criação conjunta de campanhas de conscientização sobre a preservação do meio ambiente. Também com NESCAU, a Nestlé lançou os packs de NESCAU Prontinho com canudos de papel.
  • Em outra frente, a Nestlé Brasil apoia e estimula a cadeia de reciclagem, com a participação em iniciativas com o CEMPRE (Compromisso Empresarial pela Reciclagem) e o Reciclar pelo Brasil, ambos envolvendo a indústria na busca por soluções ao tema.
  • O prêmio HENRi@Nestlé completa essa cadeia positiva no estímulo a propostas e ideias para a questão dos canudos junto a empreendedores e startups.

Transformação digital

Criada pela empresa em 2016, na Suíça, a plataforma HENRi@Nestlé é um espaço aberto pela companhia para receber ideias que combinem o espírito inovador e a agilidade das startups à experiência da empresa em projetos altamente escalonáveis que resultem em ações que façam a diferença para a Nestlé e para a sociedade. Desde o lançamento, a plataforma – que leva o nome do fundador da empresa, Henri Nestlé – lançou globalmente 14 desafios, que receberam mais de 450 inscrições vindos dos cinco continentes, o que levou a parcerias com vários empreendedores para o lançamento de soluções e serviços. Os projetos podem ser conhecidos na plataforma. 

Engenharia Ambiental e Sanitária na Unifor 

Nota máxima em Conceito de Curso (5) atribuída pelo Ministério da Educação (MEC), a graduação da Unifor oferece formação científica e tecnológica, ao desenvolver a cultura investigativa em uma abordagem multidisciplinar, integrada e sistêmica de todas as questões ambientais. A matriz curricular contempla formação completa, desde as disciplinas básicas de engenharia à química e biologia, a fim de permitir a melhor compreensão da complexidade que é o meio ambiente. 

As disciplinas do núcleo de formação básica se alternam com as de formação profissionalizante e específica. Isso possibilita a flexibilização e a interdisciplinaridade do currículo e a formação de jovens profissionais preparados para atuar nos competitivos mercados local, nacional e global.

Como graduado da Unifor, o aluno vai estar capacitado para atuar na promoção do desenvolvimento econômico sustentável, ao ter um perfil profissional que é cada vez mais demandado pelo mercado, seja no setor público ou privado. Além disso, poderá coordenar e supervisionar equipes de trabalho, realizar pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica. Outras capacidades desenvolvidas são as de projetar, executar e fiscalizar obras e serviços técnicos, efetuar vistorias, perícias, avaliações e auditorias, emitir laudos e pareceres.