O mercado de videogames é considerado o mais rentável da indústria do entretenimento mundial, você sabia disso? De acordo com relatório da firma de análise de mercado SuperData, especializada nas movimentações financeiras da indústria de games, o setor movimentou mais de 120 bilhões de dólares em 2019.

Desenvolvedores de jogos incluem programadores e profissionais mais criativos, responsáveis pelos personagens, modelagens 3D, animações e texturizações, por exemplo.

Para falar um pouco sobre essa carreira, nós conversamos com o professor Alan Carlos, dos cursos de Ciência da Computação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Universidade de Fortaleza. Ele explica que games são programas, mas com diversas peculiaridades no seu desenvolvimento.

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“O desenvolvedor de software vai usar todas as suas habilidades e terá de aprimorar algumas a mais. Falamos de conhecer do game design, desenvolvimento da história, tratamento de imagem, som, conhecer as linguagens e frameworks para cada plataforma”, esclarece o professor.

Sobre como é trabalhar nesse universo, Alan Carlos explica que, “em empresas mais estruturadas, temos grandes equipes e cada desenvolvedor ou equipe fica responsável por uma parte do jogo como, por exemplo, a mecânica do game, controles de colisão, etc”.

O que é preciso para ser desenvolvedor de games?

O professor explica que as habilidades para um desenvolvedor de games não são muito diferentes das de um desenvolvedor de software; o que vai mudar é a complexidade de cada jogo, pois há necessidade de muitos testes.

Para Alan Carlos, o candidato a atuar nessa área precisa trabalhar as chamadas soft skills. “A primeira habilidade que considero de grande importância é o trabalho em equipe. Normalmente, (o desenvolvedor de games) terá de interagir com equipes diversas, muitas vezes geograficamente separadas”, afirma o professor. Ele também completa: vontade de aprender, organização e compromisso com o resultado final de qualidade são outras características relevantes.

“Não vamos esquecer que falar uma língua estrangeira, como o inglês, torna-se fundamental para não termos barreiras de comunicação neste mundo tão integrado pela internet”, reforça.

Mercado promissor

É muito provável que você esteja lendo este blog pelo celular. Acertei?

Pois agora, imagine que essa facilidade está também ao alcance de quem curte games!

Esse mercado é um dos mais promissores que temos hoje, principalmente quando levamos em consideração os jogos que rodam nas plataformas móveis, que têm um potencial de atingir uma grande fatia de usuários.

“Com um potencial desses, não precisamos pensar apenas em Brasil ou em relações de trabalho ‘tradicionais’. Os modelos de negócio dos jogos para celular são diversos e, muitas vezes, envolvem a distribuição de forma gratuita, mas com vendas dentro do game para potencializar a experiência do usuário”, explica o professor.

Jogar videogame é diferente de desenvolver jogos

Alan Carlos lembra que o fato de você gostar de games não significa dizer que vai gostar de desenvolver jogos. O desenvolvimento de games não envolve apenas programação, mas também um planejamento cuidadoso, criação de histórias, storyboards, modelagem 2D/3D, tratamento de som, imagem e vídeo.

O professor Alan dá a dica: “há muito material na web sobre desenvolvimento de jogos; começar com um pequeno projeto mais simples, para descobrir se realmente gosta da área, talvez seja um bom início”.

Qual a formação necessária?

O curso de Ciência da Computação da Universidade de Fortaleza traz para o aluno as melhores práticas de desenvolvimento de software. Esse é um requisito fundamental para desenvolver qualquer software, independente de ser um jogo ou aplicativo comercial.

“O curso tem eixos de formação relacionados com o desenvolvimento pessoal, a resolução de problemas, desenvolvimento de sistemas e projetos e implantação de sistemas, que fornecem ao aluno uma formação sólida na área da Ciência da Computação, tornando-o apto a seguir quaisquer caminhos como, por exemplo, o desenvolvimento de jogos. Com uma base sólida, complementar o desenvolvimento profissional para a área de desenvolvimento de jogos se torna uma tarefa simples”, finaliza o professor.