null Especialização e empregabilidade: a importância do conhecimento aprofundado em Direito

Sex, 19 Junho 2020 11:18

Especialização e empregabilidade: a importância do conhecimento aprofundado em Direito

Especialistas da área jurídica compartilham suas experiências e visões sobre a influência do estudo qualificado na carreira profissional


Corpo docente do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares)
Corpo docente do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares)

Segundo o Censo da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a graduação em Direito é o curso com o maior número de matrículas do Brasil, alcançando a marca de, aproximadamente, 860 mil pessoas no ano de 2018. São cerca de 20 concluintes para cada 10 mil habitantes.

Com esse aumento expressivo de profissionais da área jurídica no país, é compreensível que a competitividade de mercado seja algo presente na realidade do jurista. Essa disputa por uma boa colocação ocupacional leva os graduados a uma busca pela qualificação em seu campo de conhecimento e, dentre muitas das opções, a pós-graduação em Direito aparece como uma solução pertinente.

Gina Vidal Marcílio Pompeu é coordenadora do Mestrado e Doutorado em Direito da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz. Ela explica que uma especialização faz parte da vida profissional das pessoas que pretendem seguir seja no magistério, seja realizando concursos públicos.

“A especialização leva a um aprofundamento da temática em uma área particular para quem exerce já uma função de juiz em uma vara específica ou para quem pretende advogar naquele segmento próprio”, discorre a professora. De acordo com Gina, é de suma importância a escolha por um curso de mestrado ou doutorado que tenha recebido uma boa avaliação pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

“Para conseguir nota 6 da Capes, a Unifor teve que investir muito na capacitação e na dedicação do seu corpo docente e, com certeza, ser formado por uma Universidade que tenha essa atribuição de nota faz a diferença no currículo de qualquer acadêmico.” -  Gina Vidal Marcílio Pompeu, coordenadora do Mestrado e Doutorado em Direito da Unifor.

A professora declara que o Programa não apenas promove uma “descompactação do conhecimento”, mas, sobretudo, uma conciliação entre teoria e prática dentro dos seus dois segmentos de pesquisa. “É esse o diferencial do mestrado e doutorado em Direito da Unifor: nós temos tanto uma corrente de Direito Privado quanto uma outra vertente no Direito Público”, reitera Gina.

Darlene Braga, advogada, Secretária Municipal de Fortaleza e professora da Unifor, é doutora em Direito Constitucional e Relações Privadas pelo PPGD. Ela ressalta a exigência do mercado com a qualificação dos profissionais jurídicos e acredita que seja ultrapassada a ideia de que mestrado e doutorado é apenas para quem pretende seguir carreira acadêmica.

“Cursar um mestrado e/ou doutorado abre a mente do aluno para o desenvolvimento de habilidades diversificadas, além de demonstrar o compromisso do profissional em aprimorar seus conhecimentos, bem como evidencia o foco destinado à sua carreira”, explica.

“A Unifor é uma instituição de ensino de referência na formação de profissionais dos diversos ramos do conhecimento, tendo em vista a sua credibilidade notória e a sua política de constante atualização sobre as habilidades que precisam ser desenvolvidas pelos alunos para que atendam as expectativas do mercado.” - Darlene Braga, advogada, professora e Secretária Municipal de Fortaleza.

“Além disso, o corpo docente da instituição é formado por profissionais que são referências nas áreas que atuam; que estão em capacitação continuada, revisando metodologias e conteúdos das disciplinas ministradas, caminhando lado a lado com a evolução da ciência nos mais diversos ramos”, completa Darlene.

Gustavo Brígido é advogado, professor e empreendedor nas áreas jurídica e educacional e concluiu seu doutorado sobre Parcerias Público-Privadas em 2018. Ele conta que o curso influenciou decisivamente seus projetos profissionais: “No tocante ao magistério, ampliei minhas possibilidades no mercado, tanto no ensino na graduação, quanto em pós-graduações. Na advocacia, a outorga do título de doutor consolida a trajetória de expertise na área em que atuo: Advocacia Constitucional”.

Gustavo revela que após o doutorado ele assumiu a coordenação pedagógica de um projeto em parceria Tribunal de Justiça; assumiu disciplinas como professor na Unifor e em outra instituição de ensino superior; passou a integrar Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, do Conselho Federal da OAB; ampliou suas opções de palestra e fortaleceu a imagem do seu escritório de advocacia.

“O universo do mercado de trabalho na área jurídica demanda profissionais cada vez mais especializados e conectados com as intensas mudanças e desafios que nos apresentam.” - Gustavo Brígido, advogado, professor da Unifor e empreendedor.

"A possibilidade de ingressar em um programa, na minha própria cidade, que possui a mais elevada nota na avaliação da Capes, foi incrível. Vários de meus colegas vinham de outros Estados para ter a mesmo oportunidade que eu tinha na minha própria casa. As minhas expectativas foram plenamente contempladas”, confessa Gustavo.

Rosa Júlia Plá é advogada, professora da Unifor e pós-doutoranda em Direito Constitucional Transnacional pelo PPGD. Ela acredita na educação continuada e que nenhum profissional sobrevive no mercado ou na academia sem se manter atualizado. “Fazer mestrado e doutorado é uma demanda meio óbvia e sumamente necessária  para quem pretende abraçar a carreira do magistério superior”, aponta Júlia.

Entretanto, ela afirma que não é algo exclusivo para esse público: “Eu tenho escutado testemunhos de colegas advogados que afirmam que o mestrado, por exemplo, lhes deu mais subsídios para argumentar e expressar as suas teses jurídicas nas peças processuais”. Rosa discorre ainda que a pós-graduação stricto sensu permite “manter o frescor e o prazer que só o conhecimento pode proporcionar”.

“O novo aprendizado, adquirido por meio de leituras, da produção acadêmica, dos instigantes debates com os professores e os colegas, irão permitir amealhar  cabedal e maturidade para que se possa realizar as nossas tarefas profissionais de forma segura e com uma amplitude de visão e perspectiva sem paralelo.” - Rosa Júlia Plá, advogada, professora e pós-doutoranda do PPGD.

“Como professora da Universidade de Fortaleza, conheço de perto o grau de excelência da Instituição e seu compromisso com a comunidade cearense. Assim, segui caminho certo e natural ao escolher o PPGD para dar continuidade aos meus estudos e pesquisas na seara jurídica”, completa Júlia.

Sobre o PPGD Unifor

De acordo com a Capes, o total de alunos de mestrado em 2016 chegou à marca de 60 mil, aproximadamente. Já o número de doutorandos foi de cerca de 20,5 mil no mesmo ano. O Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional da Unifor foi responsável por formar mais de 500 pós-graduados em stricto sensu.

Hoje, já são 486 mestres e 95 doutores em Direito Constitucional, sendo sete destes últimos realizados através do Doutorado Interinstitucional (DINTER) em parceria com o Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA), em Manaus.

Além das disciplinas, o PPGD trabalha com 15 grupos de pesquisas. Ao ingressar no programa, o discente é vinculado a um orientador e um respectivo grupo de pesquisa, de acordo com a temática do seu projeto. O processo de seleção ocorrerá em novembro de 2020, com 40 vagas para o mestrado e 20 para o doutorado.

O PPGD tem nota 6 na avaliação da Capes. Com essa nota, o programa da Unifor integra o seleto grupo de oito universidades brasileiras com desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência na área do direito. O sistema de avaliação da Capes concede nota de 1 a 7 a programas de pós-graduação stricto sensu em funcionamento no país, levando em consideração cinco critérios de avaliação: proposta do programa, corpo docente, corpo discente, produção intelectual e inserção social. Nenhum programa atingiu a nota máxima.