null No Dia do Repórter, egressos da Unifor contam vivências no Jornalismo

Seg, 15 Fevereiro 2021 13:52

No Dia do Repórter, egressos da Unifor contam vivências no Jornalismo

Ir a campo para ouvir e narrar histórias que informam, formam e sensibilizam é a missão do repórter, uma das funções exercidas pelo jornalista 


Criado há mais de duas décadas, o curso de Jornalismo foi eleito cinco vezes consecutivas o melhor do Nordeste e do Norte pelo Ranking Universitário Folha (RUF)  (Foto de antes da pandemia)
Criado há mais de duas décadas, o curso de Jornalismo foi eleito cinco vezes consecutivas o melhor do Nordeste e do Norte pelo Ranking Universitário Folha (RUF) (Foto de antes da pandemia)

Reportar é verbo fundamental para o jornalismo. Conjugá-lo diariamente é o trabalho do repórter, jornalista que colhe informações e as transforma em notícias a serem veiculadas nos diversos meios de comunicação. 16 de fevereiro é o Dia do Repórter. Para entender melhor a importância desse exercício profissional, egressos do Curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, contam como a atuação dos repórteres contribui para a sociedade.

Há cerca de duas décadas a primeira turma da graduação em Jornalismo ingressou na Unifor. Hoje, 1.113 profissionais já se graduaram, dos quais muitos são ou foram repórteres. É o caso da jornalista de dados e mestra em Comunicação, Thays Lavor, e do jornalista especializado em Economia, André Ítalo Rocha. A passagem pela reportagem colabora também para que o profissional desempenhe melhor outras funções na comunicação. Essa é a experiência, por exemplo, de Marco Aurélio Cabral, hoje sócio de uma agência de comunicação local. A formação ampla obtida no curso e as vivências no campus marcaram as trajetórias de Thays, André e Marco Aurélio, formados, respectivamente, em 2010, 2013 e 2007.

O coordenador do curso de Jornalismo da Unifor, Wagner Borges, ressalta a importância do repórter nos veículos jornalísticos.  “O repórter é a linha de frente do jornalismo e o jornalismo é um dos pilares da democracia. Portanto, mais do que nunca, o jornalista que está em missão de investigar, checar e reportar com ética e profissionalismo, nunca foi tão necessário hoje para o Brasil e para o mundo”, avalia Borges. 

A importância do trabalho jornalístico no contexto da pandemia de Covid-19 também é destacada pelo coordenador. A exemplo dos profissionais de saúde, explica Wagner Borges, “poucas profissões estão tão expostas e cumprindo seu papel de forma tão estoica garantindo a matéria jornalística que nasce no entrevistado, no personagem, nos conectando com desafios, alegrias, tristezas e transformações de todos os dias”. Para ele, todo jornalista tem   orgulho em dizer que também é, fundamentalmente, repórter. 

Memórias

Lembrar-se do aprendizado iniciado na Unifor faz Thays se emocionar. “A graduação foi muito importante para aprender sobre as questões técnicas, o interesse público, os valores do Jornalismo, o exercício ético da profissão”, elenca, citando professores que se mostraram comprometidos e sensíveis à formação da foca (jargão utilizado para jornalistas iniciantes) como Tânia Furtado (in memoriam), Eduardo Freire e Ana Paula Farias. “Tive professores que souberam desenvolver minhas potencialidades e lidar com minhas limitações”, recorda a repórter que hoje atua na gestão de projetos e trabalha com profissionais de várias áreas de conhecimento. 

O levantamento e o cruzamento de dados fazem parte do cotidiano de trabalho dela, que atualmente desenvolve reportagens para veículos como O Globo, Valor Econômico e BBC Brasil. Em 2015, por exemplo, um trabalho para a Agência Pública fez com que percorresse quase 3 mil quilômetros pelo sertão cearense para contar como sobrevivem famílias cearenses que dependem da água levada por carros-pipa. O trabalho no qual cruzou informações de três bases de dados foi finalista do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde em 2016.

O conhecimento e as reflexões adquiridos na academia, considera Thays, são “uma base que diferencia o jornalista como repórter, editor ou em qualquer outra função”, conta a profissional também diretora da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Thays ministra aulas e realiza cursos de Jornalismo de Dados. Saber como obter e utilizar informações por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) são alguns pontos destacados por ela para ampliar o trabalho desenvolvido pelos repórteres.

Repertório amplo

Graduado em 2013, André Ítalo Rocha cobre economia para a Agência Estado, agência de notícias do mesmo grupo do jornal O Estado de São Paulo, desde 2014. Antes disso, foi estagiário por dois anos e meio e repórter no Diário do Nordeste, em Fortaleza. Deixou a função para fazer o trainee de jornalismo econômico do Estadão. “Acho que o grande desafio do repórter é tentar fazer esse trabalho mais analítico, de dar significado às informações. É reuni-las de uma maneira que faça sentido, porque com tanta informação, explodindo e pipocando em todo lugar, o repórter acaba tendo esse papel de curadoria, de análise e, com isso, dando sentido às informações. Acho que hoje esse é o (nosso) principal papel”, avalia o jornalista.

Quando estava na graduação, André já tinha interesse em se aprofundar mais no tema que gostaria de cobrir, Economia. “Hoje, após alguns anos como repórter, vejo que o melhor que uma faculdade de jornalismo pode fazer a um estudante é ensiná-lo a pensar. Afinal de contas, um jornalista, acima de tudo, tem de ser um profissional com pensamento crítico”, ressalta o profissional especializado em Ciência Política, pela Fesp, e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais para Jornalistas, da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

“Na Unifor, tive a oportunidade de começar a desenvolver esse senso crítico, em especial graças a professores que estimulavam a leitura e a busca por conhecimento, como o professor Alejandro (Sepúlveda). A maior lição que tirei dele foi a de que um jornalista tem de ser um profissional sedento por conhecimento, sem se limitar à educação formal. Quanto mais conhecimento e bagagem, maior será o nosso repertório para analisar o que acontece em nossa sociedade e identificar os temas que precisam ser abordados”, relembra André. O repórter está atualmente dedicado à cobertura de bancos, mas já trabalhou com pautas de macroeconomia, setor automotivo, internacional e agronegócio. 

Empreendedorismo 

O empresário Marco Aurélio Cabral, apesar de já não trabalhar em TV há uma década, avalia que nunca deixou de ser repórter, pois o aprendizado da função permanece nos outros papéis desempenhados na comunicação. A veia empreendedora foi desenvolvida na Engaja Comunicação após ter sido repórter na TV Unifor, na TV Verdes Mares e porta-voz no Governo do Estado do Ceará. 

“O repórter é um verdadeiro construtor de relações. Para ter boa informação, precisa construir relacionamentos. E relação é uma troca, né? Na atividade empresarial, isso também é essencial. Então acho que o repórter é um verdadeiro instrumento de observação e de relacionamento com o mundo. O ato de reportar, ou seja, contar ao outro algo que está acontecendo, é uma função realmente que imputa a esse profissional uma grande responsabilidade”, avalia o sócio-diretor da Engaja Comunicação, pós-graduado em jornalismo político pela Unifor. Para Marco Aurélio, a atividade de repórter aguça os sentidos para quaisquer outras atividades na Comunicação, como a de porta-voz (2011-2014) e a de empresário de comunicação, na qual atua desde 2015.

Unifor

Criado há mais de duas décadas, o curso de Jornalismo da Unifor foi eleito cinco vezes consecutivas o melhor do Nordeste e do Norte pelo Ranking Universitário Folha (RUF) da Folha de São Paulo. Conta com nota máxima no Ministério da Educação (MEC) e com nota 4 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), cujo conceito chega a 5 no máximo.

A graduação em Jornalismo capacita quem pretende trabalhar com produção e edição de notícias em diferentes plataformas de comunicação e de imprensa – rádio, TV, web e impresso –, em assessorias de comunicação e em projetos voltados para a comunicação pública, popular e/ou empresarial.

Reconhecida como uma das melhores universidades do mundo pelos maiores rankings internacionais (Times Higher Education / QS World University Rankings) e a melhor do Norte e Nordeste em um dos mais prestigiados rankings nacionais (RUF) entre instituições de ensino superior particulares, a Universidade de Fortaleza oferece aos alunos uma experiência completa que vai muito além da sala de aula.