null Saiba como se proteger contra o coronavírus e o que fazer em caso de suspeita

Qui, 12 Março 2020 15:12

Saiba como se proteger contra o coronavírus e o que fazer em caso de suspeita

Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da doença no Brasil no dia 26 de fevereiro


Após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil e dos primeiros casos de transmissão local, cresceram as dúvidas e também os boatos sobre como se proteger da infecção.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que não há necessidade de pânico. Os sintomas da COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) são similares aos da gripe (tosse, coriza, febre), e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 80% dos infectados se recuperaram sem necessidade de tratamento especial.

As principais recomendações para se proteger incluem bons hábitos de higiene, como sempre manter as mãos limpas (com água e sabão ou álcool em gel de concentração de pelo menos 60%), cobrir a boca ao tossir e espirrar (com a dobra do cotovelo ou lenços descartáveis) e manter distância de 2 metros de quem estiver tossindo e espirrando.

A OMS aconselha o uso racional de máscaras descartáveis para evitar desperdício, ou seja, usá-las apenas em caso de sintomas respiratórios, suspeita de infecção por coronavírus ou em caso de profissionais que estejam cuidando de casos de suspeita.

Os médicos pedem cautela e que as pessoas evitem prontos-socorros em casos não urgentes para reduzir os riscos de contaminação —tanto do próprio paciente, que pode ter só um resfriado e acabar pegando o coronavírus no próprio hospital, como de outras pessoas.

Os principais atingidos até agora são pessoas com mais de 60 anos que têm doenças associadas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Saiba quais medida protetivas foram adotadas pela Universidade de Fortaleza. Acesse: www.unifor.br/coronavirus

 

 

Veja como se proteger:


Lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao tossir/espirrar e manter distância de ao menos dois metros de pessoas que estejam tossindo ou espirrando. Evite tocar nos olhos, no nariz e na boca.

• gotículas de saliva;
• espirro;
• tosse;
• catarro;
• contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
• contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Se você não tiver nenhum sintoma, não. A OMS recomenda o uso apenas por pessoas com sintomas, para que evitem a transmissão, em combinação com outras medidas de higiene. A exceção são pessoas cuidando diretamente de doentes.

Quem não teve contato com um possível transmissor provavelmente tem um resfriado ou outro tipo de gripe.

Segundo o infectologista da USP Esper Kallás, pessoas com quadros leves deveriam receber orientações para ficar em casa com remédios para os sintomas, hidratação e repouso. Já a falta de ar progressiva é sinal de infecção grave pelo novo coronavírus.

“Se a pessoa tem nariz escorrendo, um pouquinho de tosse e uma febre baixa, a doença é benigna. Se ela começa a ter tosse mais intensa, com catarro com pus, febre alta com calafrios, falta de ar, com as ponta dos dedos e os lábios arroxeados, tem que ir para o hospital.”

“A pessoa que vai para o hospital com dor de cabeça e um pouco de febre tem grande chance de pegar coronavírus na sala de espera do sujeito ao lado.”

Segundo Kallás, não adianta fazer testes diagnóstico em todo mundo. “A prioridade deve ser a população com risco de ter a doença mais grave, como idosos e pessoas com doenças crônicas, e profissionais de saúde.”

Em caso de dúvida, consulte um médico por telefone, se possível, para receber orientações sobre o que fazer.

Não. Atualmente, não há recomendação para que casos sem sintomas sejam testados para o novo vírus. “Do ponto de vista da saúde pública, não vamos fazer exame em todo mundo para, numa loteria esportiva, saber se alguém teve o vírus”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O risco maior é de acabar pegando o coronavírus no próprio hospital.

A vacina ainda não foi desenvolvida. Por isso, a forma mais eficaz de se proteger é manter bons hábitos de higiene.

Não necessariamente, mas locais com índice de contaminação mais alto comprovado, que estão na lista do Ministério da Saúde, exigem atenção redobrada às medidas de higiene e aglomerações de pessoas. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também pediu bom senso.

Aglomerações ajudam na disseminação do vírus, mas, tomados os cuidados básicos, elas só precisam ser evitadas em áreas de alta incidência, o que não é o caso do Brasil.

O vírus não sobrevive mais do que poucas horas em superfícies de objeto, e esse tempo diminui com as variações constantes de temperatura. Na dúvida, limpe a superfície com álcool.
O primeiro paciente com confirmação de coronavírus foi para casa. Ele está disseminando o vírus?

Ele ficou em isolamento domiciliar e pessoas que tiveram contato com o paciente são monitoradas. O vírus pode ser transmitido por pacientes sintomáticos durante um período de 14 dias. Não há dados conclusivos a respeito de risco de transmissão por doentes assintomáticos.

Não.

Não, mas, em caso de infecção, a hidratação é importante.

Vale atenção mesmo para mensagens que tenham fontes supostamente críveis —um hospital conhecido, a OMS, um veículo de comunicação reconhecido, o Ministério da Saúde ou a secretaria estadual. O mais indicado é entrar, por conta própria, nos sites das fontes confiáveis citadas anteriormente.