Unifor Plástica

22ª edição da Unifor Plástica celebra 50 anos de incentivo às artes visuais

Acompanhar as evoluções e revoluções culturais e humanas através das manifestações artísticas é o desafio que move a Fundação Edson Queiroz a manter viva e vívida uma das mais relevantes mostras do Brasil, a Unifor Plástica, que em 2023 chega à 22ª edição celebrando 50 anos de reinvenções. Neste ano, o salão recebe a curadoria de Denise Mattar, com o conceito “Afinidades Eletivas: estratégias para um mundo mutante”, reunindo mais de 60 obras de 31 artistas plásticos (cearenses, com ligações afetivas ao Ceará ou histórias cruzadas com a Universidade de Fortaleza), que estarão expostas para visitação gratuita a partir do dia 18 de agosto, no Espaço Cultural da Unifor.

O ano de 2023 também evidencia o jubileu de ouro da Universidade de Fortaleza, fundada em 1973, mesmo ano em que José Guedes, artista cearense homenageado nesta 22ª Unifor Plástica, começou sua carreira, hoje com projeção internacional. Ele terá os conceitos de sua vasta obra representados numa instalação imersiva com tridimensionalidades, viabilizadas pela dobradura do papel, sombras contrastadas por luz negra, e sonorização da Paixão de São Mateus, de Bach, executada pela Camerata da Unifor.

Além da conjunção dos três cinquentenários, a 22ª Unifor Plástica tem nesta edição o diferencial da premiação ao artista mais destacado da mostra, eleito por júri especializado. Quem vencer, será agraciado com passagens aéreas e ajuda de custo de mil euros para vivenciar a Bienal de Veneza 2024. Os jurados visitarão a Unifor Plástica na véspera e o vencedor será anunciado na abertura do evento, que acontecerá no dia 17 de agosto, às 19h, no Espaço Diálogo.

No dia seguinte, a curadora da mostra, Denise Mattar, ministra palestra aberta ao público, no Espaço Diálogo, relatando os conceitos, a construção do argumento e a relevância do coletivo das obras escolhidas, buscando interlocuções com a cearensidade no seu sentido mais amplo. A 22ª Unifor Plástica é patrocinada pelo Banco Safra, por meio das leis de incentivo à cultura.

MUNDO MUTANTE

Na compreensão da expressão artística contemporânea cearense, Denise Mattar classifica “Afinidades Eletivas” não como um tema, mas como uma tendência, em que os artistas convidam o público a recusar a realidade e ressignificá-la, diante de um mundo tão complexo. “São conjuntos de trabalhos unidos por muitas afinidades, sem que existam grupos estanques, mas atuações que se interpenetram e se replicam, refletindo a multifacetada ir-realidade do mundo atual”, fundamenta a curadora.

Serão expostas na 22ª Unifor Plástica mídias diversas como pintura, vídeo, instalações, site specific, paisagens sonoras, QrCodes e criações digitais, enaltecendo a pluralidade dos perfis dos 31 artistas selecionados, cujas gerações, influências artísticas e formações são diversas, porém conectadas por afinidades eletivas. Assim, a Mostra foi organizada em sete grupos com temas atuais e significativos para a identidade cultural cearense: a ancestralidade africana, a ancestralidade indígena, as questões de gênero, a revisão das tradições nordestinas, a urbanidade, os alertas ambientais e a importância da memória.

UNIFOR 50 ANOS

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, chegou aos 50 anos em 21 de março deste ano. Nesse meio século de existência, a instituição formou mais de 110 mil profissionais de excelência em todas as áreas do conhecimento, contribuindo não só para a formação técnica, mas também humana.

Ao longo desse período, a Universidade tem acumulado várias experiências exitosas no ensino, na pesquisa e na extensão, com credibilidade e reconhecimento nacional e internacional. Atualmente, a Unifor é a melhor instituição particular de ensino superior das regiões Norte e Nordeste, segundo o ranking britânico Times Higher Education (THE).

Exposição Unifor Plástica (Foto: Ares Soares)

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Serviço

22ª Unifor Plástica - 50 Anos
Abertura: 17 de agosto de 2023, às 19h, no Espaço Diálogo
Visitação gratuita de 18 de agosto a 10 de dezembro de 2023

Pioneirismo e tradição em meio século de história

Em 2023, a mostra celebra 50 anos projetando sucessivas gerações de artistas, valorizando talentos regionais e firmando-se como referência na divulgação das artes visuais contemporâneas brasileiras

O poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht afirmou que “todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver”. Das primeiras produções artísticas, com as pinturas rupestres registradas ainda no período Paleolítico, durante a Pré-História, em torno de 30 mil anos atrás, até às mais variadas formas de expressão cultural dos dias de hoje, a arte esteve presente em todos os momentos da história da humanidade, reforçando sua importância na vida cotidiana e o poder vital e transformador, de realidades e mentes.

Assim como a arte, a educação amplia a consciência humana e é uma importante ferramenta de transformação social. Cientes disso, em 1973, a Fundação Edson Queiroz inaugurou a Universidade de Fortaleza e, em junho do mesmo ano, aconteceu a I Unifor Plástica. A realização da primeira edição da mostra, no ano de fundação da instituição, evidencia que a arte e a educação estão no DNA da Unifor, que, desde o início das suas atividades, apresenta-se como grande incentivadora da cultura e das manifestações artísticas nacionais.

Múltiplas linguagens

Um dos salões pioneiros do Ceará, a Unifor Plástica já nasceu com a essência de ampliar o campo da percepção e da fruição estética, suscitando o surgimento de artistas emergentes, revelando-se como expressiva referência de construção e de divulgação das artes visuais contemporâneas brasileiras. Por isso, destaca-se como importante espaço que contribui para formação do público, bem como para a constituição da cidadania plena.

“Ao longo de sua trajetória de 50 anos, a Unifor Plástica tem trazido à luz grandes nomes da arte local como resultado do investimento contínuo em promissores e consagrados artistas cearenses. Afinal, muitos artistas da região que hoje são reconhecidos no Brasil e no exterior ganharam projeção após expor na Unifor Plástica”, afirma o Reitor da Universidade de Fortaleza, Randal Pompeu.

Ele enfatiza ainda que a expressiva longevidade e a repercussão de cada mostra são indicadores precisos do sucesso desse salão de arte. “Assim, ao tempo em que se consolida como relevante divulgadora da criação artística local, a Unifor Plástica se mantém atual e em sintonia com os movimentos da arte contemporânea nas suas múltiplas linguagens”.

Arte (r)evolução

Presente na primeira edição da Unifor Plástica (1973), o artista José Guedes, que fez seu “debut” nas artes plásticas no mesmo ano, também destaca a relevância da mostra. “A Unifor Plástica tem uma importância crescente, desde que foi criada. Ela soube acompanhar a evolução que o tempo impôs para as artes visuais e o modelo de hoje, sempre trazendo curadores de grande relevância no cenário nacional, o que a transformou numa das mais importantes mostras nacionais”, destaca.

Guedes acrescenta que a mostra é um importante panorama da arte atual, de grande relevância para todos os artistas que nela expõem. “Todos nós (artistas) sentimos honrados quando somos convidados a participar, pois isso significa que a nossa produção continua viva, em sintonia com a contemporaneidade. Minha relação com esse Salão, hoje Bienal, é muito forte. Sempre participei como convidado ou como jurado em algumas edições. A visibilidade que a Unifor Plástica propicia ao artista é algo de vital importância”.

Na 22ª Unifor Plástica, José Guedes terá os conceitos de sua vasta obra representados numa instalação imersiva com tridimensionalidades, viabilizadas pela dobradura do papel, sombras contrastadas por luz negra, e sonorização da Paixão de São Mateus, de Bach, executada pela Camerata da Unifor.

Celeiro para novos artistas

A Unifor Plástica, que iniciou como salão e hoje é uma mostra bienal de arte contemporânea, vem projetando sucessivas gerações de artistas cearenses e nacionais, se firmando como importante referência para a formação e a difusão das artes visuais brasileiras. Em 21 edições, mais de 800 artistas já participaram da mostra.

Segundo a gestora do Espaço Cultural Unifor, Adriana Helena, ao longo dos quase meio século de existência, a Unifor Plástica vem tecendo uma história que propõe um recorte bastante expressivo da arte cearense. Com isso, acolhe trabalhos significativos e suscita o surgimento de artistas emergentes, entre eles muitos egressos, que ganharam visibilidade por meio dos incentivos promovidos pelo salão, cujo propósito é democratizar, estimular e fomentar a produção artística brasileira.

“Fico muito feliz em ver artistas ex-alunos da Universidade, que já participaram da Unifor Plástica e hoje têm suas trajetórias artísticas consolidadas no cenário da produção em arte contemporânea, como Azuhli, Sergio Helle, Iago Barreto, Haroldo Saboia, entre outros”, comemora a gestora.

A artista plástica Azuhli, um dos nomes em ascensão da cena cultural cearense e ex-aluna da Universidade de Fortaleza, ressalta a contribuição da mostra na própria carreira e de tantos outros profissionais que estão em busca de oportunidades para expor seus trabalhos.

“A Unifor Plástica é um dos salões mais importantes do nosso estado, porque mostra o que a cena tem produzido, não só aqui, mas fora do estado também. Além de nos dar a chance de expor ao lado de artistas consagrados, a exposição abre espaço para os novos artistas. Nas últimas edições, a Unifor Plástica passou a ser algo mais regional, impulsionando diversas carreiras de artistas cearenses, eu inclusive”, reforça.

Azuhli já participou de três edições da Unifor Plástica e será uma das artistas que estarão exibindo no salão deste ano, no núcleo “Gênero”, ao lado de Arrudas, Lyz Vedra e do coletivo Terroristas del Amor, formado pelas cearenses Dhiovana Barroso e Marissa Noana.

Ficha Técnica

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

Presidente
Lenise Queiroz Rocha

Vice-Presidente
Manoela Queiroz Bacelar

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Reitor
Randal Martins Pompeu

Vice-Reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação
Maria Clara Cavalcante Bugarim

Vice-Reitor de Pesquisa
José Milton de Sousa Filho

Vice-Reitor de Administração
José Maria Gondim Felismino Jr.

Coordenador da Vice-Reitoria de Extensão e Comunidade Universitária
Thiago Braga Martins

Diretora de Comunicação e Marketing
Ana Leopoldina M. Quezado

Diretor de Planejamento
Marcelo Nogueira Magalhães

Diretor de Tecnologia
José Eurico de Vasconcelos Filho

ESPAÇO CULTURAL UNIFOR

Gestão Espaço Cultural Unifor e Projeto Educativo
Adriana Helena S. Moreira

Mediadores
Alunos da Universidade de Fortaleza

EXPOSIÇÃO

Curadoria
Denise Mattar

Assistente Curatorial
Felipe Barros de Brito

Produção Executiva
Adriana Helena S. Moreira

Júri de Premiação
Denise Mattar, Graciele Siqueira, Isaac Pipano Alcantarilla, Pedro Boaventura e Rian Fontenele

Projeto Expográfico e Luminotécnico
Rodrigo Porto Oliveira

Assistente de Expografia
Bianca Nobre

Conservação e Museologia
Joana Gurgel

Comunicação Visual e Projeto Gráfico
Diretoria de Comunicação e Marketing/Unifor
Núcleo Criativo
Felipe Ferreira e Fábio Pinto

Montagem
Agile Montagem & Produção

Cenotécnica
Caubi Feitosa, Paulo Henrique, Gabriel Gediel, Raynara Cordeiro, Pedro Brasil, Roberto Costa, Eduardo Monteiro, Wilson Pires

Assistentes de Produção
Camila Melo Lima, Igrayne Rayra e Willy Rocha

Apoio
Geilson Mendes Pio

AGRADECIMENTOS
Aldonso Palácio, Andrew Lage, Armando Diógenes, C. Galeria, Danielian Galeria, Daisy Ferreira, Galeria Leonardo Leal, Luiz Fernando Santos Dantas, Renato Cecílio, Vilsmeier e Linhares

ARTISTAS PARTICIPANTES
Acidum Project
Amanda Nunes
Ana Aline Furtado
Andréa Dall’olio
Arrudas
Artur Bombonato
Azuhli
Beatrice Arraes
Binário Armada
Delfina Rocha
Diego de Santos
Edu Moreira
Eliana Amorim
Felipe Camilo
FluxoMarginal
Gustavo Diógenes
Henrique Viudez
Iago Barreto
Julia Debasse
Kulumyn-Açu
Lyz Vedra
Maíra Ortins
Maria Macêdo
Merremii Karão Jaguaribaras
Naiana Magalhães
Nicolas Gondim
Samuel Tomé
Sérgio Gurgel
Terrorista del Amor
Ticiano Monteiro
Waléria Américo