Mulheres na ciência: conheça e se inspire

A presença de mulheres na ciência é marcada por muita invisibilidade e desvalorização dos seus feitos. Entretanto, suas realizações advém de milênios atrás. O primeiro registro de um feito científico protagonizado por uma mulher, é de Merit Ptah, nascida na época de 2700 a.C., registrada como médica chefe de sua época. Cleópatra, médica egípcia (que não deve ser confundida com a famosa rainha do Egito), teve seus relatos sobre saúde da mulher utilizados para estudo por cerca de 1000 anos, demonstrando a importância de seu conhecimento para a época¹. 

Para além da falta de reconhecimento ao longo da história da ciência, muitas mulheres tiveram o seu protagonismo invisibilizado por homens. Em razão desses fatos, falar de mulher na ciência é falar de luta, resistência e quebra de paradigmas. Na história do Brasil e do mundo, a médica psiquiatra Nise da Silveira ficou marcada pela sua valiosa contribuição em estudos relacionados à saúde mental e novos tratamentos psiquiátricos².

Hoje, felizmente temos iniciativas que propiciam o envolvimento de mulheres na pesquisa e na construção do conhecimento científico. Podemos citar o programa internacional Science Camp – Elas na Ciência, projeto criado pela embaixada dos EUA no Brasil que tem como objetivo estimular a criatividade de alunas brasileiras da educação básica na ciência. No âmbito nacional, temos o programa Mulher e Ciência, lançado em 2005, que visa impulsionar a participação feminina na produção científica brasileira. Outro projeto de grande importância para a visibilidade de cientistas femininas é o prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império HamburgerA premiação se dá como forma de reconhecimento da Câmara de Deputados às participações de mulheres em descobertas científicas ou contribuições significativas para a sociedade.

A Universidade de Fortaleza também incentiva e colabora na promoção do empoderamento feminino e na ocupação da mulher na academia e onde ela quiser. Professoras da Unifor ganham visibilidade no Brasil e no mundo com suas pesquisas, valendo ainda salientar que a Universidade esteve sob o reitorado de Fátima Veras de 2009 a 2023, sendo a primeira mulher a assumir o cargo na capital e a segunda no Estado. 

Para conhecer mais histórias inspiradoras de mulheres na ciência, ouça o 20º episódio do Libricast, o podcast da Biblioteca Unifor, que traz o tema Mulheres na Ciência: Conheça e se inspire”. É só clicar aqui.

Referências

1. SLEPICKA, P. F. Celebrando 5000 anos de história da Mulher na Ciência. Ciência pelos olhos delas, 11 nov. 2016. Disponível em: https://www.blogs.unicamp.br/cienciapelosolhosdelas/2016/11/11/celebrando-5000-anos-de-historia-da-mulher-na-ciencia/. Acesso em: 15 abril 2023.

2. NISE da Silveira: Vida e obra. Centro Cultural do Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://www.ccms.saude.gov.br/nisedasilveira/uma-psiquiatra-rebelde.php. Acesso em: 15 abril 2023.


Gerlane Miranda - Bibliotecária do setor de Empréstimo da Universidade de Fortaleza