null Doe de Coração realiza palestras e homenageia profissionais

Doe de Coração realiza palestras e homenageia profissionais

Em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, a Doe de Coração 2022 realizará palestra e solenidade de homenagem a partir das 9h30, na Unifor (Foto: Ares Soares)
Em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, a Doe de Coração 2022 realizará palestra e solenidade de homenagem a partir das 9h30, na Unifor (Foto: Ares Soares)

Nesta terça-feira, 27 de setembro, é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A campanha Doe de Coração 2022, da Fundação Edson Queiroz, mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), realizará duas atividades especiais em alusão à data. 

Uma será a palestra com a Dra. Denissa Mesquita, médica-cirurgiã do setor de Transplantes do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará, e do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Estado. A partir das 9h30, no auditório do bloco H, na Unifor, a médica falará sobre “Os desafios do transplante pediátrico pós-pandemia da Covid-19”.

Logo em seguida, médicos, profissionais de saúde e docentes da Unifor serão homenageados por seus trabalhos desenvolvidos na área de transplantes de órgão e tecido no Ceará. Um deles será o médico nefrologista Dr. João Evangelista Batista Júnior (in memoriam), um dos pioneiros na realização do primeiro transplante de órgão no Ceará e nas regiões Norte e Nordeste.

Também receberão homenagem a Central Central Estadual de Transplantes do Ceará e os coordenadores desta e outras edições da campanha: Dra. Elodie Hyppolito, Dra. Janaína Ramalho, Dra.Polianna Lemos, Dr. Geraldo Bezerra Júnior e Dr. Flávio Ibiapina. 

Transplante pediátrico

Dentre os assuntos que serão abordados na palestra desta terça (27), estão a importância do transplante pediátrico e seus desafios no Ceará e no Brasil, como é feito o procedimento em crianças e o seu prognóstico e as dificuldades que a pandemia trouxe à pediatria no Estado.

“O transplante é uma cirurgia que pode ter sangramento, então a criança não aguenta muito devido ao peso, tamanho. Você tem que ter mais cuidado para não ter nenhum sangramento. Além disso, a maioria dos transplantes pediátricos são intervivos nas crianças pequenas. Embora a cirurgia do doador seja com uma morbimortalidade muito pequena, você está operando um paciente que não está doente, então o cuidado ainda é maior. São duas cirurgias em uma só, em dois pacientes”, explica Dra. Denissa sobre a complexidade do procedimento em crianças.

Segundo o último relatório anual de transplantes no Brasil da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a gravidade da pandemia da Covid-19 impactou de forma negativa a área de transplante pediátrico no Brasil, em 2020. No entanto, os dados mostram uma tendência à recuperação em 2021. Considerando todos os tipos de transplantes de órgãos sólidos, em 2021 foram transplantadas 583 crianças, 17% a mais que em 2020 (486) e similar a 2019 (584).

Conforme dados da ABTO, o Ceará realizou no ano passado 16 transplantes renais em crianças, 10 de fígado e 4 de medula óssea. Neste ano, de acordo com o IntegraSUS, sistema de transparência da Secretaria da Saúde do Estado, já são 39 transplantes pediátricos de órgãos e tecidos feitos até agosto.

Doe de Coração

Para Dra. Denissa Mesquita, a campanha da Fundação Edson Queiroz impacta positivamente o cenário de transplantes do Estado ao promover ações para informar, conscientizar e mobilizar as pessoas sobre a importância de ser doador de órgãos e tecidos. 

“A Doe de Coração realmente é uma campanha que impacta positivamente. Todo ano, nós vemos os números de doações crescerem em setembro, outubro, de forma assim impressionante, só mesmo por causa da campanha que mexe com a população, que estimula a doar, instrui sobre o que é a doação. Há pessoas que têm muito preconceito, não entendem, e tudo que a gente não entende, a gente não faz, não procura. Então, é muito importante essa divulgação para a população”, ressalta a médica.

Assim como os transplantes pediátricos necessitam de alta complexidade e equipe qualificada para sua realização, também são os procedimentos que envolvem receptores adultos. O Ceará é referência em transplantes de órgãos e tecidos e segue em recuperação na prestação desse serviço para população pós-pandemia. 

A campanha Doe de Coração 2022 iniciou no último dia 5 de setembro e desde então, segue com diversas ações de promoção à doação de órgãos e tecidos. O encerramento será na quinta-feira (29), com a palestra “Os efeitos das vacinas contra Covid-19 nos transplantados”, que será ministrada pela Dra. Tainá Freitas, professora adjunta de Nefrologia da UFC. 

Programação

27/09 (terça-feira)

  • Homenagem aos profissionais de saúde do serviço de Transplantes de Órgãos e Tecidos do Ceará
  • Palestra “Os desafios do transplante pediátrico pós-pandemia da Covid-19”
    Palestrante: Dra. Denissa Mesquita, médica-cirurgiã do Setor de Transplantes do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e do Hospital Albert Sabin
    Horário: 9h30
    Local: Auditório do Bloco H - Unifor

 29/09 (quarta-feira)

  • Palestra “Os efeitos das vacinas contra Covid-19 nos transplantados”
    Palestrante: Drª Tainá Veras de Sandes Freitas, médica nefrologista do Serviço de Transplante Renal do Hospital Geral de Fortaleza (HGF)
    Horário: 9h30
    Local: Auditório A-4 (Bloco da Pós-Unifor)