null Cinema e Audiovisual na Unifor é sucesso de público e crítica

Sex, 15 Junho 2018 15:05

Cinema e Audiovisual na Unifor é sucesso de público e crítica

Professora Bete Jaguaribe, coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor (Foto: Ares Soares)
Professora Bete Jaguaribe, coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor (Foto: Ares Soares)

A primeira graduação em Cinema no Ceará completa dez anos de pura assertividade em 2018. Por duas vezes, conquistou nota máxima de avaliação do MEC e por meio de um processo de implementação de nova matriz curricular pulou da aba da Comunicação para se aproximar cada vez mais das Artes.

A excelência é notória: no que tange à infraestrutura, conta com o Labomídia – Laboratório de Mídias Digitais, um lugar de experimentação, criação e produção de conteúdos variados, de onde saem peças de animação, filmes, séries de TV, histórias em quadrinhos, games etc.  Funcionando como uma produtora de projetos, tem professores mestres e doutores na linha de frente para orientar alunos que dispõem de 32 computadores MAC PRO de última geração, além de softwares de computação gráfica, edição e finalização. 

Há mais valor agregado: um estúdio de TV e som; a TV Unifor, com faixa exclusiva para conteúdos produzidos por alunos do curso de Cinema e Audiovisual; cinco salas de exibição de vídeo e mais o Teatro Celina Queiroz, o Espaço Cultural Unifor, a rica Biblioteca Central e a Biblioteca de Acervos Especiais, espaços estratégicos diante da dimensão artística da matriz curricular.

“Essa estrutura pode ser considerada a de melhor performance em Fortaleza”, garante a coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor, professora Bete Jaguaribe.

Fazer cinema não somente por amor à arte. A coordenadora ressalta que a cada ano a chamada economia da cultura ou economia dos bens simbólicos vem demonstrando uma intensa dinâmica de desenvolvimento. E ilustra: segundo dados de 2016 da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o número de profissionais empregados formalmente no campo criativo aumentou em 90%, chegando a quase 900 mil em 2013, sendo que o audiovisual está entre os setores que mais contribuíram para esses resultados. 

“Esses números indicam que a economia criativa vive fase ascendente de crescimento, mesmo no âmbito de crises conjunturais. E no que se refere à mão-de-obra, trabalhadores criativos também apresentam salários significativamente superiores à média da economia. Isso é estimulante quando se soma a políticas públicas de incentivo. Basta lembrar que, em 2014, o Governo Federal lançou o Programa Brasil de Todas as Telas, destinando R$ 1,2 bilhão para o fomento do audiovisual através do Fundo Setorial. Trata-se de um reconhecimento do potencial econômico de um setor com notório efeito multiplicador de geração de emprego e renda”, reconhece Bete Jaguaribe.

Números e Destaques

  • Estudos do Banco Mundial estimam que o valor da economia criativa no mundo inteiro foi de cerca de U$4,7 trilhões em 2014, ou mais de duas vezes o PIB Brasileiro.
  • Dentro da economia criativa, o setor audiovisual é o que mais gera renda, no mundo, mais de U$400 bilhões por ano, ou cerca de R$1,6 trilhão (European Audiovisual Observatory, 2015).
  • Segundo dados de 2016 da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os setores criativos do Brasil já representam aproximadamente 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional, contribuindo com R$ 155,6 bilhões de produção e constituindo 3,5% da cesta de exportação brasileira.
  • Enquanto o rendimento médio mensal do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.451 em 2015 (RAIS, 2015), o dos profissionais criativos atingiu R$ 6.270.