Monitoria: o caminho para o sucesso e a importância da iniciação à docência

Entenda como o Programa de Monitoria Acadêmica pode ser um aliado para trilhar grandes passos profissionais ainda na graduação

Programa de Monitoria Acadêmica da Unifor enriquece a experiência dos estudantes. Registro fotográfico realizado antes da pandemia (Foto: Everton Lacerda)

O ingresso no ensino superior é marcado por várias possibilidades proporcionadas pelo ambiente acadêmico. Grupos de estudos, projetos de extensão e oportunidades de estágio são apenas algumas dessas oportunidades. A Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, possui diversas iniciativas para que o aluno cresça no âmbito pessoal, acadêmico e profissional. Uma delas é o Programa de Monitoria Acadêmica.

A monitoria estimula e reforça a importância da pesquisa científica, além de incentivar o processo ensino-aprendizagem. O Programa de Monitoria é o primeiro contato do aluno com o mundo da docência, e serve também como espaço para o surgimento de novas perspectivas profissionais. A vontade de ser monitor acaba surgindo, na maioria das vezes, como o resultado das experiências positivas adquiridas em determinadas disciplinas.

Maria Eduarda Pessoa, aluna do sétimo semestre do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, foi monitora da disciplina de Discurso Jornalístico, explica como surgiu o seu interesse pela monitoria. "A partir do terceiro semestre, eu fui entendendo que era possível ter experiências com iniciação à pesquisa científica e iniciação à docência, que é a monitoria. E, desde então, isso me despertou interesse (...) A gente acaba descobrindo muita coisa na universidade, sobre o mercado de trabalho e sobre as possibilidades daquela área específica", relata.

O aluno-monitor ocupa uma posição de troca constante, seja com o professor-orientador ou com os demais alunos, e isso o auxilia na hora de trilhar seu caminho profissional. De acordo com Cingyla Gomes, recém-graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Unifor, e ex-monitora da disciplina de Planejamento Regional, "enquanto somos alunos, procrastinamos para aprender só o necessário, mas a partir do momento em que temos que ensinar outras pessoas, mesmo que pouco, nos policiamos para aprender mais e o suficiente para dar aulas, tirar dúvidas e não repassar conteúdo errado", afirma a arquiteta.

Rede de possibilidades

Além de proporcionar ao aluno a possibilidade de aprimorar o seu currículo e desenvolver capacidades técnicas e teóricas em sua área de atuação, o programa de monitoria também é um espaço para que o estudante fortaleça suas relações interpessoais e faça novos contatos, expandindo, assim, sua network, tanto dentro como fora do ambiente acadêmico. Cingyla relata que, além de adquirir uma gama muito maior de conhecimento, uma de suas conquistas na monitoria foi ter feito grandes amigos.

A monitoria permite que o aluno compreenda mais o mundo da docência e esteja cada vez mais em contato com a iniciação e a pesquisa científica. Além disso, é também uma oportunidade para que o aluno que se identifica com a disciplina escolhida, tenha mais contato com a área e possa colocar em prática os conhecimentos aprendidos em sala de aula.

Para Maria Eduarda Pessoa, é necessário haver mais fomento a programas de iniciação à docência e à pesquisa, "porque a produção científica é algo que pode melhorar o currículo de qualquer profissional, de qualquer aluno e dar oportunidades de uma pós-graduação, de um mestrado, um doutorado. E essas produções científicas já têm que começar a ser apresentadas para os alunos ainda na graduação, para eles entenderem essas possibilidades de ir mais além", afirma a estudante.

Encontre seu norte

Por fim, quando questionadas sobre o impacto da monitoria nos âmbitos profissionais e acadêmicos de suas vidas, Cingyla Gomes e Maria Eduarda Pessoa têm um sentimento em comum: o de gratidão.

Maria Eduarda afirma que a monitoria a incentivou e a despertou para a questão da profissionalização, e que hoje busca garantir títulos acadêmicos superiores e ser uma boa profissional. Já Cingyla relata: “quando cursei em 2019 a disciplina que fui monitora, Planejamento Regional, estava à procura de desenvolver o tema do meu TCC que iria cursar em 2020. [Eu] tinha uma noção do que queria fazer, mas a disciplina me fez encontrar perfeitamente a linha de pesquisa na qual queria seguir. E graças a ela, hoje, como profissional, tenho um norte em qual carreira quero me especializar", conta a arquiteta.

O Programa de Monitoria Acadêmica da Universidade de Fortaleza abriu suas inscrições para o ano de 2021 no dia 22/12 do ano passado, e a publicação dos resultados acontece no dia 19 de fevereiro deste ano.