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Sex, 5 Março 2021 09:00

O que é ser uma mulher pesquisadora?

Confira depoimento da professora Liádina Camargo Lima, coordenadora dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade de Fortaleza, em celebração ao Dia Internacional da Mulher.  


Liádina Camargo Lima está à frente de três cursos do Centro de Ciências da Tecnologia (CCT) e atua como acadêmica há quase três décadas. (Foto: Ares Soares)
Liádina Camargo Lima está à frente de três cursos do Centro de Ciências da Tecnologia (CCT) e atua como acadêmica há quase três décadas. (Foto: Ares Soares)

Na prática, ser mulher, no mundo contemporâneo, é um desafio constante para enfrentar os preconceitos ocultos e estruturados decorrentes de culturas setorizadas – nas quais não se busca a igualdade de gênero, mas sim a liberdade de ser e agir de acordo com os valores em que se acredita, e no reconhecimento das respostas positivas ao mundo do trabalho. O pensamento adaptativo é um componente importante para conciliar a vida pessoal e profissional, priorizando a importância do momento, mas não a sua sobreposição. 

Na minha trajetória profissional, os caminhos que me guiam estão pautados no estudo contínuo, na verdade e transparência das ações, na reflexão dos fatos vivenciados, no compromisso com as responsabilidades, na compreensão e afeto com os que me cercam, e na coragem de seguir em frente observando os obstáculos a serem transpostos.
 
Estar na Unifor como professora, pesquisadora e coordenadora de cursos de graduação foi um percurso de quase três décadas em que estive engajada em diferentes projetos, cada um deles com uma necessidade diferenciada pautada na diversidade, adaptabilidade, inovação, qualidade e flexibilidade. O espaço Unifor me leva ao pensamento reflexivo permanente, pois é uma instituição parceira contínua no desenvolvimento do conhecimento com o suporte para cursar o mestrado e doutorado, o que possibilitou um percurso profissional sólido no ensino, na pesquisa e na extensão.

Diariamente, refaço minhas energias pautada na fé e no discernimento para enfrentar novos desafios com segurança, consciente de que minha história possa contribuir para que outras mulheres reflitam sobre a importância do seu lugar na busca por uma sociedade mais igualitária, e percebam que ainda há muito a se destravar. A luta é para que tenhamos uma valorização mais evidente de nossa contribuição a um mundo melhor de trabalho; porém, tenhamos como meta permanente a busca do conhecimento científico e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.  

Liádina Camargo Lima