null Quinta Literária analisa obra “A jangada de pedra” do escritor José Saramago

Quinta Literária analisa obra “A jangada de pedra” do escritor José Saramago

O escritor português José Saramago foi agraciado com o Nobel de Literatura de 1998, além do Prêmio Camões, em 1995, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa. (Foto: Reprodução/Fundação José Saramago)
O escritor português José Saramago foi agraciado com o Nobel de Literatura de 1998, além do Prêmio Camões, em 1995, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa. (Foto: Reprodução/Fundação José Saramago)

O Projeto Quinta Literária realiza, no dia 20 de maio, uma análise sobre a obra "A jangada de pedra”, do escritor José Saramago. O debate é organizado pelo Programa Cidadania Ativa do Centro de Ciências Jurídicas em parceria com a Vice-Reitoria de Extensão e o Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Fortaleza.

Sob a mediação do professor Marcelo Dias Ponte (Unifor), estarão presentes os professores debatedores Mariana Dionísio (Unifor) e Paulo Albuquerque (UFC). O programa tem por objetivo discutir Literatura e Direito por meio de obras literárias brasileiras e estrangeiras.

O evento terá início às 17h20 no Auditório A4. Os alunos interessados em participar deverão chegar com 20 minutos de antecedência ao local para realizarem suas inscrições. Os estudantes que participarem receberão certificado válido como Atividade Complementar (2 pontos ou 5 horas).

Sobre a obra

Publicado em 1986, no romance “A jangada de pedra”, do escritor português José de Sousa Saramago (Nobel de Literatura em 1998), parte da imagem da Península Ibérica desprende-se do continente europeu e torna-se uma jangada de pedra a vagar pelo oceano, em uma espécie de retorno terapêutico ao mito fundador da nacionalidade, desta vez em processo de mútuo reconhecimento entre espanhóis e portugueses.  

Começa aí também outra viagem: as pessoas, agora na condição de ilhadas fisicamente - não mais somente no plano da política e da cultura - terão de enfrentar o dilema da súbita consciência da solidão e dos desejos de encontro, do desvelamento das ilusões acerca de planos de estabilidade, assim como as autoridades se verão desorientadas pela mudança súbita de rumos. Tudo que era firme deixa de ser, e a liberdade de ser e aprender se lança nas estradas. 

Dessa quebra de rotinas e da convivência com o extraordinário surge uma narrativa permeada por observações irônicas sobre a inutilidade da burocracia dos governos e sobre a perplexidade humana na busca de sentido, marcada pela dubiedade e pela incerteza, mas também por gestos de desprendimento e coragem. Busca essa que será sempre redimida no momento certo por uma fulgurante capacidade de observação poética na retomada da trama, como que sacudindo-a para dar movimento amoroso ao chão de ceticismo filosófico de que parte o autor: “Provavelmente, o vazio não pode ser preenchido por nós, e isso a que chamamos sentido não passará de um conjunto fugaz de imagens que num certo momento pareceram harmoniosas, ou onde a inteligência em pânico tentou introduzir razão, ordem, coerência”.   (Por Paulo Albuquerque)

Convidados

Marcelo Dias Ponte: Doutor em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza;  Advogado desde 1994; Professor Universitário da Universidade de Fortaleza. Professor do Programa de Tuto-rial Acadêmico. Ministra disciplinas nas áreas de Direito Processual Civil; Direito Constitucional. É parecerista da Revista da Faculdade de Direito da UFPR e da Revista Quaestio Juris da UERJ. Membro da Academia Cearense de Direito -ACED e Diretor da Escola da Academia Cearense de Direito –ACED. Desenvolve pesquisa nas áreas de direito processual civil, federalismo, desenvolvi-mento humano e politicas públicas.

Mariana Dionísio de Andrade: Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Per-nambuco - PPGCP/UFPE. Professora da Disciplina Direito Processual Civil e Teoria Geral do Pro-cesso no curso de Graduação em Direito e professora da Pós-graduação lato sensu na UNIFOR. Pesquisadora do Multidoor Courthouse System. Pesquisadora líder do Projeto Processo Civil e Pro-teção da Pessoa nas Relações Privadas - PROCIP (Cnpq/UNIFOR). Tem experiência na área de Di-reito, com ênfase em Direito Processual Civil e Direito Público, atuando principalmente nos seguin-tes temas: direito processual civil, pesquisa quantitativa e jurimetria, educação jurídica, políticas pú-blicas, neoinstitucionalismo.

Paulo Antonio de Menezes Albuquerque: Doutorado em Direito pela Westfälische Wilhelms-Universität Münster; Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. Autor de “A reconstrução política do saber jurídico. Por uma crítica da epistemologia jurídica como práxis” (Fortaleza, 1994); Funktion und Struktur der Rechtsprechung im demokratischen und systemtheore-tischer Perspektive (Berlin, 2001. Trabalho agraciado com o Prêmio Harry Westermann da Universi-dade de Münster), dentre outras publicações em revistas especializadas; Na literatura teve o conto “Desencontros” selecionado e publicado na Revista FLIST 2019 (Edição em homenagem a Chico Buarque de Holanda) e a crônica “Almas” com publicação no livro Todos os tempos do universo (2019). Procurador Federal de Carreira. Procurador Geral da Universidade Federal do Ceará.

Serviço

Projeto Quinta Literária
Data: 20 de maio de 2019 (segunda-feira)
Horário: 17h20
Local: Auditório A4
INSCRIÇÕES NO LOCAL