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Ter, 22 Novembro 2022 11:36

Pesquisa Unifor: Projeto promove grupos de escuta com foco na saúde mental dos estudantes

Intitulada de “Grupo de Escuta Virtual durante a Pandemia de Covid-19”, a pesquisa em psicologia surgiu da necessidade de acolher os alunos e estimulá-los para iniciativas acadêmicas


Os docentes Juliana Lima, Karla Carneiro e Lucas Bloc realizaram a pesquisa com 274 estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Fortaleza (Foto: Arquivo pessoal)
Os docentes Juliana Lima, Karla Carneiro e Lucas Bloc realizaram a pesquisa com 274 estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Fortaleza (Foto: Arquivo pessoal)

Para além dos impactos físicos que a covid-19 trouxe, também houve um impacto na saúde mental da sociedade. Com o intuito minimizar os riscos causado pela pandemia, a Universidade de Fortaleza – instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz – o desenvolve o projeto “Grupo de Escuta Virtual durante a Pandemia de Covid-19”, coordenado por Lucas Bloc, docente do Mestrado Acadêmico em Psicologia

O foco da pesquisa tem como alvo alunos da Unifor, uma vez que Bloc percebeu o desestímulo dos discentes durante as aulas em virtude do contexto pandêmico. O estudo se voltou para discutir os grupos de escuta como intervenção psicológica, de modo que estudantes pudessem ter energia para o ambiente acadêmico semelhante à que possuíam no momento anterior à pandemia. 

Após a proposta da iniciativa ser traçada, os interessados realizaram inscrição para ter acesso ao serviço. A ação consistiu no encontro de alunos, uma vez por semana, com duas psicólogas: as professoras Juliana Lima e Karla Carneiro. Com o apoio das coordenações dos cursos da Universidade para divulgação do projeto, os grupos tiveram a participação massiva de 274 estudantes, sendo eles divididos entre graduação e pós-graduação.


“A proposta era realmente discutir que os espaços de grupo, na modalidade virtual, se configuraram como um lugar de troca e compartilhamento de experiências comuns entre eles [estudantes], para diminuir a ansiedade e cuidar da saúde mental. O cuidado era justamente de manter o estímulo para continuar na Universidade. Era uma estratégia tanto na intervenção desse sofrimento quanto também na prevenção” – Lucas Bloc, professor do Mestrado Acadêmico em Psicologia e membro do Laboratório de Psicopatologia e Clínica Humanista Fenomenológica (APHETO)

Uma das psicólogas atuantes na pesquisa, Juliana Lima conta que a atuação como facilitadora incorporava um momento de supervisão semanal da equipe para discutirem o andamento das turmas, além de perceberem como os próprios pesquisadores estavam diante das demandas que surgiam. “Foi fundamental o grupo de profissionais em seu apoio mútuo, acolhimento e troca de experiências no andamento do projeto”, explica.

A saúde mental é uma pauta que necessita de debate. Especialmente tendo em vista os dados apontados por uma pesquisa realizada em 2021 pelo instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial: 53% das pessoas afirmaram que seu bem-estar mental piorou devido ao contexto de pandemia. Em razão destas questões, é essencial que trabalhos acadêmicos, como os grupos de escuta do estudo aqui apresentado, sejam desenvolvidos para contribuir com a melhoria da sociedade.

Publicação em periódico internacional

A pesquisa teve o seu artigo científico publicado pela editora Frontiers – responsável por um dos mais renomados periódicos internacionais de referência na área – em julho deste ano. Isso comprova o protagonismo que os grupos de escuta clínica tiveram no que diz respeito ao apoio no corpo discente. No artigo mencionado, todos os passos do projeto foram descritos: data de aplicação, metodologia, participantes, entre outros. 

Ainda em 2022, no mês de setembro, a iniciativa foi tema de mesa redonda da programação do V Colóquio Internacional e VI Colóquio Nacional sobre a Clínica Humanista Fenomenológica, evento realizado pelo Laboratório de Psicopatologia e Clínica Humanista Fenomenológica (APHETO). 

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O Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade de Fortaleza é avaliado com Conceito 5 pela Capes (Foto: Getty Images)

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