null Mercado de Tecnologia da Informação (TI) em alta neste ano de 2020

Ter, 21 Janeiro 2020 15:32

Mercado de Tecnologia da Informação (TI) em alta neste ano de 2020

Professor Vasco Furtado, chefe da Diretoria de Pesquisa e Inovação da Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares)
Professor Vasco Furtado, chefe da Diretoria de Pesquisa e Inovação da Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares)

Temas como computação em nuvem, inteligência artificial, inovação, ciência de dados, automatização e internet das coisas estão na pauta do dia, gerando impactos significativos nas empresas e na sociedade. O mercado de Tecnologia da Informação (TI) é um dos que mais cresce, exigindo capacitação profissional. 

Confira a seguir entrevista com o professor Vasco Furtado, diretor de Pesquisa e Inovação da Universidade de Fortaleza (Unifor) e conheça a nova linha de pesquisa em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da Pós-Graduação em Informática Aplicada. O curso está com inscrições abertas até o dia 14 de fevereiro de 2020. Mais informações no Edital

UNIFOR - Pesquisa recente do LinkedIn apontou as áreas de Ciências de Dados e Inteligência Artificial entre as 15 profissões que mais cresceram no Brasil desde 2015 e que continuam em alta neste ano. Como o senhor avalia essa pesquisa?

VASCO FURTADO - Essa pesquisa só reflete algo que nós especialistas da área de Computação já tínhamos percebido. Em nível nacional e internacional, com a digitalização, existem muitos dados em circulação, mas transformar esses dados em informação para utilizar em algo útil na vida das pessoas não é algo fácil. Essa realidade deu origem a dois fenômenos. Um deles é a necessidade de se compreender essa nova ciência, para manipular esses dados e extrair conhecimento e informação deles. E por outro lado, utilizar a inteligência artificial para isso. Mesmo que as pessoas tenham habilidade, elas não conseguem fazer análise de dados em grande intensidade e a máquina passa a fazer essa atividade para a tomada de decisões. 

UNIFOR - Muito se fala que a inteligência artificial vai substituir o homem. O senhor concorda? Ou a tendência seria combinar as duas inteligências, a artificial e a humana?

VASCO FURTADO - Essa é uma questão muito viva. Por um lado, a inteligência artificial vai ter capacidade de fazer tarefas que antes eram feitas apenas por homens e isso vai gerar substituições. A revolução que estamos vivendo exige em alguns casos a substituição do homem pela máquina. Mas em outras situações as máquinas entram como complemento e ferramenta de auxílio para o desempenho das atividades. As duas coisas vão ocorrer. A máquina vai ser auxílio para boa parte das coisas, em outras situações elas vão substituir.

UNIFOR - Em que momento estamos?

VASCO FURTADO - Há uma revolução tecnológica em andamento, que exige a qualificação de um profissional, que por um lado vai explorar os dados usando as máquinas para ajudar na tomada de decisões. Essa revolução vai exigir profissionais que comecem a dominar a tecnologia para produzir robôs, programas inteligentes que vão desenvolver tarefas não triviais. É aí que entra a nova linha de pesquisa de Mestrado e Doutorado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, da Pós-Graduação em Informática Aplicada da Unifor.

UNIFOR - Quais são os impactos da ciência de dados e da inteligência artificial para profissionais, para empresas e para a vida das pessoas? 

VASCO FURTADO - Os impactos da revolução tecnológica são monstruosos e já estão ocorrendo. As empresas estão cada vez mais tomando decisões com base em diagnósticos feitos por máquinas. A gente começa a utilizar tecnologia sem perceber. Cada vez mais a gente fala com dispositivos eletrônicos, que nos sugerem coisas para o nosso consumo. E a gente tem a tendência de achar que isso é normal. Mas por trás disso tem muito profissional para desenvolver essa tecnologia. E a nova linha de pesquisa da Pós-Graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial visa exatamente isso, capacitar esses profissionais para as novas demandas de mercado.

UNIFOR - Para quais profissionais o curso é direcionado? 

VASCO FURTADO - O curso não é só para profissionais de Informática. Essa demanda do mercado e essa necessidade de gente que comece a trabalhar com ciência de dados será cada vez maior. É preciso que diversos profissionais comecem a perceber essa demanda, tais como profissionais de Engenharias, Estatística, Física, Economia – que já têm uma base de tratamento de dados, mas nunca foram colocados a analisar a ciência de dados e a inteligência artificial. Esse é um ponto importante para abrir mais o perfil dos alunos. Essa área de ciência de dados e inteligência artificial também abrange e pode ser explorada por esses outros profissionais das exatas de um modo geral.