null Consulado da Bélgica e Unifor constroem parceria de relevância

Ter, 25 Janeiro 2022 09:40

Consulado da Bélgica e Unifor constroem parceria de relevância

Idealizado em 2020, capacete Elmo foi um dos projetos que contou com colaboração do consulado belga


Representantes do Consulado da Bélgica estiveram no campus da Unifor para conhecer de projetos frutos da parceria (Foto: Ares Soares)
Representantes do Consulado da Bélgica estiveram no campus da Unifor para conhecer de projetos frutos da parceria (Foto: Ares Soares)

Em busca de proporcionar pesquisa, inovação e desenvolvimento, a Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, participa ativamente de projetos com relevância para a sociedade e procura estabelecer parcerias com instituições que tenham o mesmo objetivo. Um exemplo desses projetos inovadores é o capacete Elmo, respirador artificial de baixo custo construído com a colaboração do Consulado da Bélgica e que hoje está sendo amplamente utilizado no tratamento de pacientes com Covid-19 em diferentes unidades de saúde do Brasil.

A parceria permitiu à Unifor trabalhar em conjunto com o Von Karman Institute e a Université Catholique de Louvain, da Bélgica. A demanda por respiradores no começo da pandemia foi o incentivo para o início do projeto. O equipamento foi desenvolvido dentro do Laboratório de Pesquisa e Inovação em Cidades (LAPIN) da Unifor, que, através do apoio do Consulado da Bélgica, recebeu protótipos desenvolvidos na Europa.

Liderada pelo professor Vasco Furtado, a equipe de pesquisa adaptou os protótipos europeus para as necessidades locais criando um robô respirador capaz de simular um paciente utilizando o capacete Elmo. A inovação, que teve também o apoio da Escola de Saúde Pública do Ceará, permite que experimentos de sensoriamento de pacientes possam ser realizados inicialmente sem o uso de pacientes reais.


Capacete Elmo é um dos projetos que contou com a parceria do Consulado da Bélgica (Foto: Ares Soares) 

Continuidade do projeto

A experiência com as instituições VKI e UCLovain foram fundamentais para dar continuidade ao projeto do respirador genuinamente cearense, o que resultou no desenvolvimento do projeto Elmo 2.0. Coordenado pelo pesquisador e professor da Unifor, Daniel Chagas, o Elmo 2.0 tem o objetivo de desenvolver artefatos eletrônicos que monitorem os pacientes em tratamento, diminuindo a carga de trabalho para as equipes de saúde na pandemia, e municiando esses profissionais com dados para uma melhor compreensão da evolução do estado do paciente. 

O projeto Elmo 2.0 é fruto da parceria da Universidade de Fortaleza, Universidade Federal do Ceará e da Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará, e tem financiamento da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e da Fundação Edson Queiroz, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC),  do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/CE) e Esmaltec. 


Na visita foram discutidas novas parcerias de projetos (Foto: Ares Soares)

Visita do Consulado

Em dezembro de 2021, representantes do Consulado da Bélgica estiveram no campus da Universidade de Fortaleza e puderam conhecer de perto os projetos criados por meio da parceria. Ricardo Barcelar, cônsul honorário da Bélgica, comentou sobre a parceria e o resultado positivo dela. “O protótipo foi utilizado no desenvolvimento do capacete Elmo, nos testes. Para nós, que fazemos parte do corpo diplomático da Bélgica, é algo muito importante, pois tivemos uma ajuda que contribuiu positivamente para salvar muitas vidas", disse Bacelar.

Segundo ele, colocar em funcionamento um projeto de tamanha importância é motivo de muita felicidade. "Quando você tem um trabalho acadêmico que sai da prateleira e se torna uma aplicação prática, que tem reverberação e um propósito, é motivo de muita felicidade e orgulho. Foi uma ponte construída entre o Consulado da Bélgica e a Universidade de Fortaleza, entre outros parceiros, que salvou muitas vidas”, afirmou o cônsul honorário.

Julie Dumont, componente do Wallonie-Bruxelles International (WBI), agência responsável pelas relações internacionais da Valônia e de Bruxelas, regiões e entidades federadas da Bélgica, também ressaltou a relevância do projeto. “No meio da pandemia da Covid-19, o mundo percebeu o quanto a pesquisa e a inovação são essenciais. É uma alegria imensa e um privilégio ter participado do projeto que foi contribuir para o capacete Elmo. Foi um projeto positivo, por isso, vamos identificar mais áreas e fazer novas parcerias e projetos”, destacou Dumont.

Daniel Dargent, cônsul geral da Bélgica, também falou sobre a satisfação de ver as pesquisas serem colocadas em prática. “A visita ao campus da Unifor comprova que existem coisas que podem ser desenvolvidas, como parcerias com diversos pesquisadores. Isso confirma diversos resultados, como o do capacete Elmo, o respirador que foi desenvolvido na Unifor. Uma aplicação prática da nossa parceria. Esperamos desenvolver ainda mais resultados. Parabéns à Unifor pelo trabalho”, celebrou Daniel Dargent. 

O professor Milton Sousa, vice-reitor de Pesquisa da Unifor, comentou sobre o encontro e projetou novas parcerias. “A visita foi muito produtiva e importante. A comitiva do Consulado da Bélgica teve um maior conhecimento em relação ao que desenvolvemos na Unifor, e isso abriu possibilidades de novas parcerias”, expôs o vice-reitor de Pesquisa da Universidade de Fortaleza. 


O capacete Elmo tem sido fundamental para salvar vidas durante a pandemia (Foto: Ares Soares)  

Sobre o capacete Elmo

Idealizado em abril de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus já contava com números alarmantes no Brasil, o Elmo é fruto de uma força tarefa público-privada de combate à crise sanitária. Em torno da iniciativa uniram-se, além da Fundação Edson Queiroz e da Escola de Saúde Pública do Ceará, um pool de instituições públicas e privadas, como a Secretaria da Saúde do Estado, a Funcap, UFC, FIEC, Senai/CE e Esmaltec, empresa do Grupo Edson Queiroz.

Destaque para a pesquisa

A Universidade de Fortaleza é considerada a melhor instituição de ensino superior particular do Brasil, segundo um dos mais conceituados rankings educacionais do mundo, o britânico Times Higher Education (THE). Em sua edição mais recente, divulgada em 1º de setembro de 2021, foram avaliadas mais de 1.600 universidades de 99 países.

A avaliação levou em conta 13 indicadores, agrupados em cinco categorias: ensino, inovação, internacionalização, pesquisa (volume, investimento e reputação) e citações (influência da pesquisa). Das instituições brasileiras presentes no ranking, só a Universidade de Fortaleza subiu de posição, após ser bem avaliada em todos os critérios da pesquisa.

Com a criação da Vice-Reitoria de Pesquisa, em 2021, o pilar da pesquisa ganhou ainda mais prioridade na Universidade de Fortaleza. O professor Milton Sousa, que está à frente da Vice-Reitoria, é professor titular na Universidade de Fortaleza, doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV- SP), e participa do programa Microeconomics of Competitiveness (MOC) da Harvard Business School (EUA, 2016-Atual). Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ-2) e docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas (PPGA) e no Mestrado Profissional em Administração.