qua, 18 dezembro 2019 14:15
Produções de alunos da Universidade de Fortaleza são premiados no 18º Festival NOIA
Premiação aconteceu no último sábado, 7 de dezembro, no Sesc Fortaleza
A 18ª edição do NOIA – Festival do Audiovisual Universitário agraciou diversas produções de curtas-metragens nacionais e locais, durante celebração no dia 7 de dezembro, no Sesc Fortaleza. O festival reuniu curtas-metragens, bandas e trabalhos fotográficos realizados por universitários de todo país.
Dentre as produções audiovisuais, o curta-metragem “Oração ao Cadáver Desconhecido”, de Sávio Fernandes, estudante do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza, recebeu o prêmio de Melhor Som na Mostra Brasileira de Cinema Universitário; e “Galdino”, documentário de Talita Machado, estudante do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, foi agraciado com o prêmio do Júri popular na Mostra Cearense de Cinema Universitário.
Força inventiva
O curta-metragem de ficção científica “Oração ao Cadáver Desconhecido” conta a história de um pai e de um filho que trabalham numa marcenaria e se deparam com um corpo estranho. Na trama, diversas sonoplastias envolvem as personagens, desde a ambientação de um interior ao intenso barulho da marcenaria. Integram a equipe de som da produção: Daniel Victor, no som direto; Karen Lopes e Thales Dídimo na assistência de som; Pedro Emílio Sá na edição de som; Guilherme Peixoto, na trilha sonora original; e Lucas Coelho, na mixagem.
Esse processo sonoro é, inclusive, objeto de estudo do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Cinema e Audiovisual de Pedro Emílio Sá, editor de som do curta-metragem. O concludente analisa, em sua monografia, a construção do som no cinema, por meio da sua experiência nos curtas-metragens “Tommy Brilho” e “Oração ao Cadáver Desconhecido” - ambos dirigidos por Sávio Fernandes.
Para Pedro Sá, “construir o som do ‘Oração’ foi uma desafio. Por se tratar de um filme de gênero, um suspense com a presença de elementos fantásticos como aliens e abduções, ele exigia que suas presenças fossem impactantes. Caso o contrário, o filme não funcionaria”. De acordo com o estudante, parte do trabalho do som na produção está em trazer esse sentimento de tensão e perigo para as cenas.
“O filme possui poucos diálogos e muitos planos abertos, o que permitiu uma atenção à construção sonora dos espaços que compõem as cenas. Experimentar e, inclusive, criar uma dinâmica da vida natural que faz parte da mata onde o filme se passa” – observa. Segundo Pedro Sá, todo o processo nasceu da parceria da equipe de som e do diretor.
“Galdino”, documentário de Talita Machado, faz um recorte do dia do sertanejo Antônio Galdino Medeiros, de 75 anos. O curta-metragem busca, por meio dos anseios do sertanejo, retratar a sua resistência e sobrevivência, o seu pertencimento e amor pela terra. ‘Seu’ Galdino é marido de Dalva, pai da Rosália, da Keila, da Danielly, do Narcísio, do Narcélio, do Natanael, do Naelson e do Rodrigo.
“Eu cresci com o Antônio Galdino, ele que me ensinou a andar de cavalo e sempre me levava pro roçado quando ia plantar. Eu também sempre tive uma relação próxima com os seus filhos. Sempre quis mostrar o dia do sertanejo e mais ainda que fosse o dele. Filmei o documentário em um dia, comecei às 5h da manhã e fui até 18h. Foi a primeira vez que eu filmei algo, porque até então só fotografava” – conta Talita Machado.
Além de Talita Machado como diretora, roteirista e fotógrafa, integram a equipe do curta-metragem Allan França, na pós-produção; e Marcela Simão, na direção de arte.