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Qua, 11 Novembro 2020 10:19

Qual o papel do profissional de Enfermagem na doação e transplante de órgãos?

Presidente interina do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (COREN-CE) e professora da Universidade de Fortaleza explicam a importância da Enfermagem no processo de conscientização e concretização do ato de doar.


Unifor é parceira do COREN-CE e oferece formação de excelência para profissionais da Enfermagem (Foto: Ares Soares)
Unifor é parceira do COREN-CE e oferece formação de excelência para profissionais da Enfermagem (Foto: Ares Soares)

Ajudar ao próximo é uma máxima que muito se ouve quando o assunto é “fazer o bem”, sendo a busca constante de muitas pessoas ao longo da vida. No entanto, essa ajuda pode se estender ainda mais, mesmo após a morte, quando o indivíduo opta pela doação de órgãos e tecidos. E, no meio desse processo de doação e transplante, existe um especialista que acompanha todas as etapas: o profissional de Enfermagem.

Ana Paula Lemos, presidente interina do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (COREN-CE), explica que esse perito é quem atua 24 horas na assistência de saúde aos pacientes doadores. Ela observa que, nos últimos anos, houve um crescimento na presença de enfermeiros em ações relacionadas à doação e captação de órgãos e tecidos, o que torna a atuação da Enfermagem preponderante para todo esse processo.

“[O(a) enfermeiro(a)] é responsável pelo processo de doação de órgãos dentro da equipe de enfermagem, bem como no planejamento, execução, coordenação, supervisão e avaliação dos procedimentos de Enfermagem prestados ao doador”, esclarece Ana Paula.

Trabalho ativo em doação e transplante

Coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Transplante de Órgãos do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e enfermeira perfusionista da captação de múltiplos órgãos, Mônica Studart aponta que, além do ambiente hospitalar, o profissional de Enfermagem é participativo em muitas outras frentes: “Na conscientização da população atuando na educação em saúde mediante palestras, em escolas, bairros e campi das Universidades”. Um exemplo disso ocorreu em setembro deste ano, quando o COREN-CE participou ativamente da campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz

Studart ‒ que também é professora da graduação em Enfermagem e da Especialização de Enfermagem em Terapia Intensiva da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz ‒ explica abaixo os passos que o(a) enfermeiro(a) segue ao entrar no processo de doação e transplante.

  • Inicialmente, o enfermeiro faz a busca ativa nas Unidades Críticas dos hospitais pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT);
  • Após constatar a morte encefálica estando à frente na condução dos testes clínicos e complementares, acompanha os exames e manutenção do potencial doador para garantia da viabilidade dos órgãos;
  • Organiza toda a logística de informação para Central de Transplante e Centro Transplantadores;
  • Entrevista a família para autorização da doação;
  • Reserva centro cirúrgico e marca horário da captação; 
  • Participa de todo processo de doação ativamente como perfusionista na captação e armazenamento dos órgãos;
  • Realiza consultas ao telefone e participa ativamente na escolha do receptor após a utilização de protocolos rigorosos e testes;
  • Atua como assistencial na sala de cirurgia no processo de implante;
  • Recebe o paciente na Unidade de Transplante ou UTI no pós-operatório imediato;
  • Faz acompanhamento ambulatorial no seguimento do transplante.

Responsabilidade e formação profissional

Mônica ressalta que “a formação desse profissional [de Enfermagem] influencia na sua competência ao lidar com o processo de doação e transplante porque, muito cedo e em várias disciplinas em contextos diferentes, todo esse processo é abordado com o(a) enfermeiro(a)”.

No intuito de garantir uma formação de excelência àqueles que almejam ingressar na área, visto que a pandemia do novo coronavírus trouxe uma demanda ainda maior no setor de Enfermagem por profissionais qualificados, o COREN-CE firmou parceria com a Universidade de Fortaleza

O convênio em questão oferece bolsas de 20% para membros do Conselho na graduação de Enfermagem, proporcionando uma rica oportunidade para os técnicos que queiram crescer na profissão por meio de aprofundamento prático e teórico. As bolsas são oferecidas até a conclusão do curso escolhido, devendo ser renovadas semestralmente, de acordo com o número de vagas e demais cláusulas do acordo.

O desconto é ainda expandido aos ascendentes, cônjuges e descendentes dos servidores atrelados ao COREN-CE. A mesma parceria oferece também bolsas de 15% para outras graduações. Para mais informações, basta contatar a Central de Atendimento da Unifor pelo telefone (85) 3477-3000.

A lista completa dos cursos contemplados pelo convênio pode ser vista a seguir.

Graduações parceiras do COREN-CE

  • Administração

  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas

  • Arquitetura (noturno)

  • Ciências Contábeis

  • Ciências da Computação

  • Ciências Econômicas

  • Cinema e Audiovisual

  • Comércio Exterior

  • Design de Moda

  • Direito

  • Educação Física

  • Energias Renováveis

  • Engenharia Ambiental e Sanitária

  • Engenharia da Computação

  • Engenharia de Controle e Automação

  • Engenharia de Produção

  • Engenharia Elétrica

  • Estética e Cosmética

  • Farmácia

  • Fisioterapia

  • Fonoaudiologia

  • Jornalismo

  • Marketing

  • Nutrição

  • Publicidade e Propaganda