null Live de lançamento da Doe de Coração 2020 reforça importância da doação de órgãos

Sex, 11 Setembro 2020 12:09

Live de lançamento da Doe de Coração 2020 reforça importância da doação de órgãos

Evento teve participação do médico Tadeu Tomé, coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Sírio-Libanês, e da doutora Bartira de Aguiar, professora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo.


Lançamento oficial aconteceu no dia 8 de setembro, de modo virtual, com live sobre
Lançamento oficial aconteceu no dia 8 de setembro, de modo virtual, com live sobre "Desafios e um panorama da área de transplantes de órgãos e tecidos no Brasil em tempos de pandemia". (Foto: reprodução)

“Nossa luta diária é reduzir a mortalidade por conta da fila de espera por um órgão. Atualmente, tem mais de 40 mil pessoas esperando por um transplante”, destacou o médico Tadeu Tomé, coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Sírio-Libanês, durante live de lançamento da campanha Doe de Coração 2020, realizada na noite da última terça-feira, 8 de setembro, com transmissão pela TV Unifor. Devido à pandemia, o movimento Doe de Coração terá a maior parte de suas atividades realizadas de forma remota ao longo do mês de setembro. 

Além do doutor Tadeu Tomé, a live de abertura da campanha Doe de Coração contou com a participação da doutora Bartira de Aguiar, professora associada da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. A mediação do evento foi feita pelo professor Edson Henriques Jr., da Pós-Unifor, que abriu a live compartilhando sua experiência como transplantado de fígado. “É muito importante a pessoa comunicar para a família o desejo de ser doador de órgãos. “É a família que salva vidas”, destacou Edson Henriques. 

Durante a live, doutor Tadeu Tomé também reforçou que a doação é uma das únicas áreas que depende exclusivamente da participação da sociedade, da população. “Essa é a magia do transplante. Você pode ter o melhor hospital, o melhor medicamento para evitar rejeição do órgão, a melhor equipe cirúrgica, a melhor UTI. Mas se não tiver no outro lado da ponta uma família que autorize a doação, não adianta o resto da cadeia. Fazer o elo dessa cadeia nos dá muita satisfação”, comentou. 

Na oportunidade, os debatedores também destacaram os efeitos da pandemia no cenário de transplantes no Brasil, com queda nas doações em todo o país. Em virtude da Covid-19, a lista de espera aumentou 15% neste primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Consequentemente, a mortalidade em fila de espera aumentou 34% no período em questão. Muitos hospitais fecharam o serviço de transplante, porém, outros modificaram os protocolos de atendimento para que os transplantes continuassem acontecendo. 

“Adequamos os nossos protocolos para analisar um doador, a fim de proteger os receptores, em virtude da Covid-19. A Universidade Federal de São Paulo continuou realizando transplantes, mas obviamente começamos a fazer uma série de exames que indicavam ou não a possibilidade de doação de órgãos. O exame PCR se tornou obrigatório. Caso desse positivo, o transplante era absolutamente contraindicado”, destacou doutora Bartira. 

Confira a live completa aqui.

Campanha Doe de Coração 2020

Respeitando todos os protocolos de biossegurança, a partir do dia 12 de setembro, a campanha Doe de Coração 2020 vai realizar ações de conscientização em pontos estratégicos de Fortaleza. Haverá self-point em locais como Praça do Ferreira, Shopping Iguatemi, Avenida Beira Mar (Praça dos Estressados) e Parque do Cocó. Neste período, chamado “Setembro Verde”, acontece a celebração do Dia Nacional de Doação de Órgãos, em 27 de setembro, que ganha força com a presença ativa do movimento Doe de Coração.

Confira programação detalhada aqui.