null Curso de Enfermagem da Unifor celebra 45 anos e se renova com mercado em expansão

Seg, 20 Agosto 2018 17:12

Curso de Enfermagem da Unifor celebra 45 anos e se renova com mercado em expansão

Criado junto com a Universidade, curso de Enfermagem da Unifor celebra 45 anos de tradição investindo na formação humanizada e contato com a prática profissional.


Professora Karoline Oliveira, coordenadora de Enfermagem da Unifor (Foto: Diego William)
Professora Karoline Oliveira, coordenadora de Enfermagem da Unifor (Foto: Diego William)

Celebrando 45 anos de trajetória em 2018, o curso de Enfermagem da Unifor possui números de destaque nacional: é avaliado com nota máxima pelo Guia do Estudante (5 estrelas) e nota 4 em Conceito de Curso atribuída pelo Ministério da Educação (MEC).

Um dos mais tradicionais do Ceará, o bacharelado de cinco anos abriga diferenciais de excelência para a formação dos estudantes, preparando para o mercado de trabalho sob os pilares de incentivo à prática hospitalar humanizada, currículo integrado e inovador, além de oferecer corpo docente formado exclusivamente por mestres e doutores.

Confira a seguir entrevista com a professora Karoline Oliveira, coordenadora do curso:

UNIFOR: Como está o mercado de trabalho para o profissional de Enfermagem? 

KAROLINE OLIVEIRA: O mercado de trabalho para o profissional de Enfermagem está em expansão. A categoria tem avançado de modo diversificado, ampliando cada vez mais suas áreas de atuação. Entendemos que existem quatro grandes dimensões relacionadas ao campo de atuação do enfermeiro, são elas: Assistência direta ao paciente; Gestão; Docência/Pesquisa e Empreendedorismo.

Cada dimensão envolve uma série de possibilidades de atuação no mercado. A assistência direta ao paciente acontece por meio da contratação desse profissional em redes hospitalares, unidades básicas de saúde (postos de saúde), serviços de atendimento pré hospitalar em urgência e emergência (SAMU), atenção domiciliar (home car), assistência na área de transplantes de órgãos, serviços especializados em estomaterapia (tratamento de feridas), nefrologia, cardiologia, obstetrícia, neonatologia, pediatria, geriatria, dentre outros.

Recentemente, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) publicou a Resolução nº. 0568/2018 que regulamenta o funcionamento dos consultórios e clínicas de Enfermagem. A norma regulamenta a ação autônoma do enfermeiro, ampliando o atendimento à clientela no âmbito individual, coletivo e domiciliar. O profissional atenderá sua própria demanda, em consultórios particulares.

Na área da Gestão, o profissional enfermeiro tem a possibilidade de assumir cargos de coordenação nas unidades hospitalares, unidades básicas de saúde, secretarias de saúde do estado / município e universidades. Vale ressaltar que no estado do Ceará grande parte dos secretários municipais de saúde são enfermeiros. Diante dessa demanda em ascensão, existe uma preocupação do curso em preparar cada vez mais os alunos para assumirem cargos de gestão. Existe também a especialização em Enfermagem do Trabalho e Auditoria em Enfermagem, ambas as áreas exercem suas funções em células de gestão das unidades de saúde.

A docência e pesquisa representam outra dimensão do campo de atuação do profissional enfermeiro no mercado de trabalho. Os cursos direcionados à formação técnica profissional em enfermagem estão em expansão, principalmente pelo avanço da área técnica profissionalizante no país. Importante salientar que houve um avanço considerável na formação de enfermeiros mestres e doutores, possibilitando a inserção desse profissional em programas de pesquisa e extensão vinculados às universidades. 

O empreendedorismo trata-se de um campo amplo, no qual o enfermeiro pode vir a atuar promovendo saúde à população ou dedicando-se à sua recuperação, com atendimentos em consultórios particulares, no domicílio (home care) e em cooperativas (terceirização de mão-de-obra), consultorias e auditorias como autônomo ou em empresas, atendimento em eventos (dairy care), ensino (proprietário) ou prestação de serviços especializados: clínicas de vacinação, amamentação, esterilização de material médico-hospitalar, transporte de pacientes, aluguel de equipamentos e comercialização de produtos da área hospitalar. Essas são algumas das modalidades que permitem ao enfermeiro uma atuação autônoma e empreendedora.

UNIFOR: Quais são as áreas de atuação em que há mais contratações de recém-formados? E para quem já tem experiência? 

KAROLINE OLIVEIRA: As contratações de recém-formados acontecem primordialmente na rede de serviços assistenciais, ou seja, hospitais e unidades básicas de saúde. Muitos recém-formados são inseridos no mercado através da Estratégia Saúde da Família (ESF), caracterizada por um modelo de organização da Atenção Básica no país, esses enfermeiros trabalham em unidades básicas dos diversos municípios do estado, integrando a Equipe de Saúde da Família. Ressalto que outra oportunidade relevante para recém-formados é a inserção em programas de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado, possibilitando uma aproximação desses egressos com o campo da docência e pesquisa.

UNIFOR: Onde estão as melhores oportunidades?

KAROLINE OLIVEIRA: Na capital encontramos maiores oportunidades na rede hospitalar, clínicas especializadas, serviços de atenção domiciliar, serviços de atendimento pré hospitalar, cargos de gestão e empreendedorismo. Isso acontece devido à diversidade de instituições públicas e privadas aptas a absorver esse profissional, ao progresso tecnológico e ao cenário clínico/epidemiológico do processo saúde/doença, configurado no país (maior demanda de profissionais para o cuidado). Nos municípios do interior do estado, encontramos oportunidades na Estratégia Saúde da Família. A região Norte-Nordeste confere uma demanda considerável para profissionais da área da saúde.

UNIFOR: Quais são as tendências e perspectivas futuras para essa profissão?

KAROLINE OLIVEIRA: Tendências e perspectivas: profissionais cada vez mais capacitados para o mercado de trabalho, investimento em titulações de especialistas, mestres e doutores; tecnologia ascendente no campo de atuação do profissional enfermeiro, aumento de vagas na rede privada, crescimento na área da gestão e empreendedorismo. Destaco como tendência e perspectiva atual, a regulamentação dos consultórios e clínicas de Enfermagem, gerando autonomia do profissional enfermeiro no atendimento à clientela no âmbito individual, coletivo e domiciliar. O profissional atenderá sua própria demanda, em consultórios particulares.

UNIFOR: Surgiram novas áreas de atuação?

KAROLINE OLIVEIRA: Sim, a Enfermagem Estética. A atuação de enfermeiros na área de Estética é uma realidade no Brasil e no mundo. Os procedimentos de estética são realizados por enfermeiros especialistas com pós-graduação lato sensu em estética, de acordo com a legislação estabelecida pelo Ministério da Educação, com no mínimo 100 horas de aulas práticas.

UNIFOR: No caso da graduação em Enfermagem da Unifor, há novidades no currículo? 

KAROLINE OLIVEIRA: A proposta de mudança curricular surgiu em 2001 quando foram estabelecidas as Diretrizes Curriculares para o curso de graduação de Enfermagem, conforme Parecer CNE/CES 1.133/2001, o qual ressalta a urgência de se abandonarem concepções antigas e herméticas, consideradas prisões curriculares, e recomenda estratégias educacionais que capacitem o profissional do século XXI com competências diante da complexidade existente no processo saúde-doença. O objetivo do novo currículo do curso de Enfermagem é investir na forma dinâmica de trabalho e ensino, prática e teoria, efetivando a integração ensino-prática profissional, a integração professor-aluno, a busca de esclarecimentos e propostas e principalmente a utilização de estratégias educacionais de ensino que fortaleçam a formação de um profissional com competências para atuar nos diversos cenários do campo da enfermagem.

O Trabalho de Conclusão de Curso é realizado em dois módulos, ofertados nos últimos semestres do curso, nas disciplinas de TCC I (elaboração do projeto de pesquisa) e TCC II (execução do projeto). Os alunos fazem uma imersão no campo da pesquisa.

Os estágios obrigatórios fazem parte das disciplinas teórico-práticas e disciplinas de Internato, acontecendo nas diversas instituições de saúde do município de Fortaleza, hospitais, unidades básicas de saúde, serviços especializados, serviços de urgência e emergência, dentre outros. As turmas práticas são compostas de seis alunos e todas tem acompanhamento efetivo do professor.