null Estágio ofertado pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão (Nepe) é oportunidade de vivenciar o mercado de trabalho dentro do campus

Seg, 27 Dezembro 2021 10:58

Estágio ofertado pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão (Nepe) é oportunidade de vivenciar o mercado de trabalho dentro do campus

Ao longo de um semestre, estagiários selecionados através de edital desenvolvem projetos de apoio ao Departamento de Manutenção e Obras (DMO) e de ações sociais fora da Unifor.


Sob a orientação de tutores, os alunos colocam em prática os aprendizados da sala de aula (Imagem: Getty Images)
Sob a orientação de tutores, os alunos colocam em prática os aprendizados da sala de aula (Imagem: Getty Images)

Muito além do conhecimento teórico, o mercado de trabalho exige que os novos profissionais conheçam e dominem as diversas fases dos processos com os quais vai trabalhar dentro na carreira. Os estágios durante o período de graduação são fundamentais para a formação desse profissional. Pensando nisso é que o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão (Nepe) do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Universidade de Fortaleza (Unifor) tem, entre as suas ações, o programa de estágio voluntário intramuros.  

A cada semestre, o Núcleo de Pesquisa lança um edital com vagas para alunos interessados em estagiar dentro da própria Unifor. Para o semestre 2022.1, foram disponibilizadas 28 vagas para alunos que estejam matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado dos cursos de Arquitetura e Urbanismo (12 vagas), Engenharia Civil (12 vagas) e Engenharia Elétrica (4 vagas). 

O Núcleo está selecionando também um aluno do curso Ciência da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas ou Engenharia da Computação para se tornar bolsista. Ambos os editais de seleção estão abertos até o dia 23 de janeiro de 2022 (veja mais informações neste link)

Oportunidade para aprender

Com duração de um semestre, o estágio no Nepe não é remunerado (com exceção dos bolsistas previamente selecionados) e possui uma carga horária semanal de 20h, com funcionamento às tardes. As atividades têm duração de um semestre. Neste período, os alunos são orientados por professores da Universidade e atuam tanto no desenvolvimento de projetos da parte interna e estrutural do Campus - dando apoio ao Departamento de Manutenção e Obras (DMO) - como em ações sociais externas. 

Estagiários e professores-orientadores se encontram duas vezes na semana para discutir o andamento dos processos. A cada 15 dias, há uma reunião gerencial com todas as equipes de estagiários e tutores. É nesse momento que os alunos conseguem ter a visão de todos os processos envolvidos na execução de um projeto. No meio e no final do semestre, os estagiários participam também de seminários, nos quais apresentam o andamento e os resultados finais de cada projeto.  

“O grande diferencial do Nepe em relação a outros estágios é que eles estão sendo orientados por profissionais que estão no mercado e que também são professores, ou seja, estão preocupados em ensinar. É diferente do estágio lá fora que quer um aluno que já saiba alguma coisa e tem pressão de mercado. A gente aqui está muito preocupado em formar, capacitar, direcionar, apesar de termos também nossos prazos, cumprimentos de metas e responsabilizações”, destaca a professora Nathalie Guerra, coordenadora do Nepe.

Interdisciplinaridade 

Criado em 2019, o Nepe atua em duas vertentes: como escritório de desenvolvimento de projetos e na área de pesquisa e extensão, realizando ações que alcançam o público externo à Universidade. Enquanto escritório de projetos, atuam no Nepe alunos e professores da Engenharia Civil, da Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e, a partir de 2022.1, também do curso de Ciência da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas ou Engenharia da Computação.

“A experiência do aluno no Nepe é real de prática profissional, então, a gente tem projetos multidisciplinares que trabalham de fato essa interconexão entre os campos de atuação da arquitetura e engenharias. Em um projeto de pequeno porte, ele começa com a arquitetura, vai para a parte da engenharia, tem a parte de orçamento, de acompanhamento de obra, a engenharia elétrica entra na parte de instalações”, exemplifica a coordenadora Nathalie Guerra.

Para o professor Jackson Sávio, diretor do CCT, é fundamental a profissionalização do aluno para entrar no mercado de trabalho bem preparado. “Ao estagiar no Nepe, o aluno tem a oportunidade de vivenciar uma prática profissional precocemente, ou seja, o aluno tem a possibilidade de ver como funciona uma empresa na qual ele vai atuar no futuro com todo o acompanhamento de professores tutores”, pontua o diretor.

Projetos

Um dos braços do Nepe é o desenvolvimento de trabalhos sociais fora da Universidade, como o de melhoria da acessibilidade nas sedes das rádios comunitárias Salinas e Dendê, localizadas na comunidade do Dendê. Outros trabalhos também de cunho social foram o projeto da cozinha industrial do projeto Viva Vida, localizado no Tancredo Neves, em parceria com o Rotary Clube Planalto e o planejamento do espaço de estímulo reduzido para autistas, na Escolinha Yolanda Queiroz.

Outro viés do Núcleo é a elaboração de projetos dentro da própria Unifor. Um deles foi o desenvolvimento do Laboratório de Práticas Dietéticas, do Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI), cuja execução será iniciada no primeiro semestre de 2022. O Núcleo também está atuando no projeto de melhoria da acessibilidade do campus. Com a entrada de um bolsista da área da computação, a ideia é que seja criado um aplicativo para ser agregado ao projeto.

Depoimentos

“Como todo estudante em seu primeiro estágio, muita insegurança e inquietude marcaram a minha primeira semana de estágio no Nepe. Com o passar do tempo, percebi que o Nepe não era apenas um mero estágio, mas sim uma família, um organismo cheio de conexões, possibilidades e interações com múltiplos professores e outros profissionais. Além do conhecimento, da maturidade e da ampliação de possibilidades de carreiras e atuações projetuais que o Nepe me ofertou, agreguei e fortaleci amizades com meus tutores, com minha coordenadora e professoras. O mais marcante de toda essa trajetória foi que a pandemia e a ausência de contato direto com esses profissionais e colegas estagiários não surtiram efeitos negativos na experiência, legítima e memorável, através da qual venho agregando cada vez mais conhecimentos e aprendizados essenciais para a prática legítima da Arquitetura e do Urbanismo.”

Ciro Ferrer Herbster Albuquerque, 23 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo


“O NEPE nos permite aplicar os conhecimentos que adquirimos ao longo dos anos no curso dentro do próprio campus da Universidade, o que torna o estágio no NEPE uma experiência única. Realizamos projetos de ambientes que dificilmente teríamos vivência em um escritório extramuros, como, por exemplo, o projeto do Laboratório de Práticas Dietéticas, um laboratório do curso de Nutrição que tive a oportunidade de trabalhar durante esse semestre. Além disso, a oportunidade de trabalhar com tantos professores incríveis, que nos orientam durante essa jornada compartilhando seus conhecimentos, nos enriquecendo com seu saber prático e mostrando que o conhecimento deve ser compartilhado para multiplicar-se.” 

Ellen Castelo Branco, 23 anos, estudante de Arquitetura e Urbanismo


“Sou concludente e precisava realizar o estágio curricular, participei da seleção e fui aprovada. Buscava um local onde pudesse aplicar os conhecimentos adquiridos, mas mais do que isso, me trouxesse vivências. O Nepe concentrava tudo que eu desejava. Consegui aplicar os conhecimentos das disciplinas cursadas, experimentei desafios na resolução de problemas reais que iremos encontrar na vida profissional e tudo isso num ambiente organizado e muito bem coordenado pela professora Nathalie Guerra. No NEPE tivemos contato com outros alunos, de outros cursos e alcançamos a interdisciplinaridade tão desejada, compartilhando dos resultados dos nossos projetos e alcançando as metas e os prazos impostos. Os professores são de competência reconhecida e atuantes nas áreas que orientam.”

Inêz Gifone Maia Sales, 46 anos, engenheira agrônoma e estudante de Engenharia Civil 


“Minha experiência no Nepe foi muito boa, conheci pessoas maravilhosas e compromissadas, tanto em aprender quanto em ensinar. Foi bem trabalhada a interação com as distintas equipes que fazem parte do Nepe, desenvolvendo em nós um espírito de diálogo e companheirismo para que pudéssemos atingir, juntos, o objetivo traçado. Além disso, tivemos a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas cursadas, o que foi muito gratificante.”

Pedro Arthur Ciríaco Costa, 24 anos, estudante de Engenharia Civil