Seg, 7 Junho 2021 14:37

Conheça o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Unifor

Comissão representa a preocupação da Universidade em garantir segurança em suas pesquisas científicas 

A Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, preza pela qualidade de suas pesquisas científicas e está sempre de acordo com as questões éticas e de desenvolvimento humano. Para garantir uma maior segurança dessas demandas, a instituição criou o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humano (Coética).
 
Constituído em 2001 e atualmente coordenado por Aldo Angelim, professor do curso de Odontologia da Unifor, o Coética é uma entidade interdisciplinar e autônoma, responsável por orientar, analisar e intervir, se necessário, em projetos científicos realizados dentro da universidade. 
 
O comitê foi criado, de acordo com Angelim, "para dar um status de qualidade, fazer uma avaliação ética em pesquisas que por algum motivo, de forma direta ou indireta, vão ter contato com seres humanos". Alguns exemplos de participações diretas são pesquisas que fazem intervenções clínicas e testes de novas drogas; as de participação indireta são, por exemplo, aquelas que vão ter acesso a prontuários e exames. 
 
Segundo o coordenador, o comitê tem como objetivo principal "fazer essa avaliação ética e ver se o projeto de pesquisa, além de uma metodologia clara, tem algum problema ético". O professor esclarece que o Coética não analisa a metodologia pura, sendo assim, o pesquisador tem liberdade para escolher a melhor metodologia para o seu trabalho. Porém, sempre levando em consideração as questões éticas. 

"Então, por exemplo, a gente avalia quais são os potenciais riscos daquela pesquisa, quais são os benefícios para o participante, se os benefícios justificam os riscos que aquela pesquisa apresenta (...) O Coética vai fazer essa avaliação dentro de parâmetros éticos, e não apenas dentro de padrões metodológicos", explica Angelim. 
 
Ao ser questionado sobre a importância do Coética para as pesquisas científicas, o docente afirma que, "além de você trabalhar de forma segura, de forma ética, com o participante, é uma pesquisa que apresentou uma aprovação de um comitê de ética. Ela tem um selo de qualidade a mais. O comitê de ética não só oferta aquele selo de qualidade ético àquela pesquisa, como também é importante para que o pesquisador reflita sobre o cuidado com os participantes que ele está convidando para o seu estudo, para o seu trabalho."

Como pontua Angelim, os três pilares básicos de qualquer universidade são o ensino, a pesquisa e a extensão. "É na produção de pesquisa que o Comitê de Ética entra, avaliando o que é produzido pela nossa instituição e dando qualidade ética a esses projetos, para que eles sejam seguros. Para que eles possam apresentar riscos, porém riscos que são controlados", explica.

Na Unifor, o comitê ganhou um espaço significativo dentro do ambiente acadêmico, e sua importância é reconhecida por professores, alunos e pesquisadores. Os padrões éticos adotados pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos estão fundamentados na Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Nº 466/12 e estão sujeitos a revisões periódicas. 

O Coética é formado por 20 professores, abrangendo, assim, toda a Universidade e seus respectivos centros: Centro de Ciências de Comunicação e Gestão (CCG), Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Centro de Ciências de Tecnologia (CCT). Atualmente, o Comitê está localizado na Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (DPDI), localizada no bloco M da Universidade.