null Nepce e o pioneirismo da ciência de dados ao transformar o jornalismo

Qui, 4 Março 2021 11:16

Nepce e o pioneirismo da ciência de dados ao transformar o jornalismo

“Dados não são achismos”, afirma pesquisador Carlos Bittencourt.


Pesquisadores Delano Lima, Wagner Borges e Carlos Bittencourt durante seminário de apresentação do Núcleo, “Ciências de Dados Aplicadas à Comunicação”, em abril de 2019 (Foto: Fotonic)
Pesquisadores Delano Lima, Wagner Borges e Carlos Bittencourt durante seminário de apresentação do Núcleo, “Ciências de Dados Aplicadas à Comunicação”, em abril de 2019 (Foto: Fotonic)

Pioneiro ao aliar a mineração de dados e a comunicação dentro da Universidade, o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Comunicação Empresarial (Nepce), capacita profissionais alinhados com demandas da sociedade e do mercado. O Núcleo da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, é composto pelos pesquisadores e professores do curso de Jornalismo, Delano Lima, Carlos Bittencourt e Wagner Borges, coordenador do curso. O Nepce atua em parceria com o Newslink, novo laboratório de redação integrada. 

Pesquisador do Núcleo, Carlos Bittencourt afirma que o objetivo do Nepce está alinhado à estratégia e à pesquisa. “A ideia inicial que a gente teve no desenvolvimento do núcleo foi exatamente oferecer aos alunos uma nova visão. O novo fazer jornalístico. Os dados são concretos. O que vai fazer esse profissional jornalista enxergar, é essa concretude dos dados. Eles apontam soluções, apontam temas e, inclusive, dúvidas”, afirma ele.


 

O Núcleo surge da necessidade do mercado em ter profissionais convergentes, e que acompanhem o fenômeno das redes sociais na opinião pública. O sociólogo espanhol Manuel Castells cita os algoritmos em entrevista a Sergio Martin em 2012 para o portal Outras Palavras. “Dizem que os algoritmos são aleatórios, mas na realidade não é assim: eles utilizam seus próprios critérios e condicionam o que buscamos e o que não buscamos”, declara o sociólogo. Pensando nisso, o NEPCE extrai dados das redes sociais analisa através do processamento de linguagem natural, ou seja, o algoritmo é customizado para compreender o caráter semântico e não somente léxico das palavras em um determinado contexto. 

Ciência de dados

Hoje, no combate à desinformação e ao uso da tecnologia para montagens muito semelhantes às imagens reais, desponta o fact checking ou verificação de dados no Brasil. A Universidade de Fortaleza se mantém antenada a tais mudanças e forma profissionais aptos a atuar no mercado de trabalho fazendo uso dos conhecimentos nesse segmento. “A ciência de dados traz para esse jornalista conceitos como Big Data, Data Mining, Machine Learning e Fact Checking. Essas terminologias que parecem distantes da comunicação, na verdade estão inteiramente integradas. É o que nós esperamos deixar como legado para os alunos que passam”, reitera Carlos Bittencourt.

Além do curso de jornalismo, o Nepce dialoga com cursos como Administração e outros que  integram o Centro de Comunicação e Gestão (CCG). A união de conhecimentos permite que além das pesquisas, relatórios sejam produzidos da melhor forma para que a sociedade possa aproveitá-las. 

Em recente pesquisa, o núcleo analisou o comportamento de marcas corporativas durante a pandemia de Covid-19. O estudo busca  compreender a relação entre empresas e o novo coronavírus sob a ótica do marketing, observando como estas organizações se comportam durante a pandemia. A análise foi realizada pela rede social Instagram a partir da observação de curtidas, comentários e número de visualizações em vídeos nos perfis oficiais das empresas Ale, Itaú, Ambev, Petrobrás, Bradesco, Santander, Telefônica Brasil, Banco do Brasil, B3 e Magazine Luíza, entre os dias 15 de março e 4 de abril de 2020.

A pesquisa levantou características positivas e negativas das publicações e investigou como os usuários da rede social respondem a elas, atribuindo sentimentos positivos e negativos às empresas que as publicam.  A partir disso, foram levantadas informações sobre a pandemia refletidas nas postagens, o sentimento trabalhado no discurso das marcas, a morfologia dos discursos e a percepção do público em relação ao que foi postado.

Acerca do papel do comunicador ao lidar com tecnologia e com dados, o sociólogo Dominique Wolton reflete em seu livro “Internet, e depois?”. Para o especialista em Ciências da Comunicação, a multiconexão não garante necessariamente uma melhor comunicação e expõe a questão da passagem da comunicação técnica à comunicação humana. "Na realidade, sempre chega o momento em que é preciso desligar as máquinas e falar com alguém. Todas as competências que se tem diante da técnica não induzem em nada uma competência nas relações humanas", considera Dominique. Nesse contexto, os profissionais com experiência em jornalismo de dados e na utilização dessas técnicas podem desenvolver um trabalho ainda mais amplo e embasado. 

> Acesse aqui a pesquisa "Comunicação Corporativa em Tempos de Pandemia".

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O curso de Jornalismo na Universidade de Fortaleza tem duração de quatro anos durante o período da manhã e é está classificado em primeiro lugar entre as instituições privadas do Norte e Nordeste e possui nota máxima (5) dada pelo Ministério da Educação (MEC) aos cursos de graduação das instituições de ensino superior no Brasil.

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O curso prepara você para a prática nas redações, para o planejamento, desenvolvimento, organização e gestão de produtos, projetos e serviços destinados ao ambiente do jornalismo organizacional e institucional. Além disso, o aluno certificado pela Unifor leva consigo o preparo para exercício profissional nas diversas áreas da profissão possui competências comunicacionais que permitem a atuação em empresas de comunicação e instituições diversas, incluindo as do Terceiro Setor, além da pesquisa acadêmica.

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