null Code Dominó: trabalho de doutorado desenvolve plataforma para o ensino do pensamento computacional

Qui, 15 Abril 2021 14:58

Code Dominó: trabalho de doutorado desenvolve plataforma para o ensino do pensamento computacional

Projeto foi criado pelo professor Daniel Almeida Chagas, da área de Ciência da Computação 


Robô utilizado como protótipo para seguidor de linha com o objetivo de servir como cão guia para deficientes visuais (Foto: Divulgação)
Robô utilizado como protótipo para seguidor de linha com o objetivo de servir como cão guia para deficientes visuais (Foto: Divulgação)

Como tese do Doutorado em Informática Aplicada da Universidade de Fortaleza (PPGIA), instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, Daniel Almeida Chagas, docente da área de Ciência da Computação, desenvolveu a Code Dominó, uma plataforma robótica para ensino de pensamento computacional por meio de computação tangível (com peças físicas). 

O produto final da tese gerou duas patentes para a Universidade de Fortaleza, uma para a linguagem de programação Code Dominó e outra para a plataforma robótica livre Decabot. Os artefatos estão disponíveis para acesso, e sua exploração econômica é executada pela empresa Gênio Azul Educação Tecnológica, com equipe de P&D na aceleradora do Parque Tecnológico da Unifor.  

Em outubro de 2020, o projeto foi apresentado na Tchéquia, durante a Conferência Učitel-in sobre o uso significativo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação. 

Qual o objetivo da pesquisa? 

Apresentar soluções para o ensino de pensamento computacional na busca de requisitos, que culminam com o desenvolvimento de artefatos baseados na tangibilidade, sustentabilidade e afetibilidade das soluções interativas

Por que é importante saber? 

O ensino de pensamento computacional perpassa a criação e adoção de instrumentos e artefatos. Comumente os artefatos falham pelo foco em soluções técnicas com embasamentos pedagógicos rasos e comuns, deixando de lado abordagens que podem potencializar o ensino e a experiência do aluno e do professor. A afetividade como catalisadora da educação é uma dessas estratégias.

Quais foram as conclusões? 

Como metodologia foram feitas revisões de literatura em soluções comerciais e artigos para elucidação de requisitos, design thinking para projeto de artefatos, aplicado questionários online com professores. A análise foi feita por meio do modelo de aceitação da tecnologia (TAM) e na teoria da auto-motivação (SDT), e modelagem de equações estruturadas para análise estatística do impacto dos fatores implementados na visão dos professores

O trabalho apresenta como resultados uma grande aceitação pelo professor das dimensões afetivas e sustentáveis, por sua utilidade percebida, a ligação entre a sustentabilidade dos artefatos e a autonomia do aluno. A pesquisa traz novas formas de utilização do modelo de aceitação da tecnologia e da teoria da auto motivação.


Professor Daniel Almeida Chagas, autor do trabalho (Foto: Divulgação)

Daniel Almeida Chagas é Doutor em Informática Aplicada, professor da Universidade de Fortaleza nas disciplinas de IHC e Inovação e Empreendedorismo. Coordenador e pesquisador do Laboratório de Pesquisa e Inovação em Cidades da Unifor. Possui graduação em Administração de Empresas - Bacharelado pela Universidade Estadual do Ceará (2004) e mestrado em Informática Aplicada pela Universidade de Fortaleza (2014). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Ciência da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: interação humano computador, educação, prototipação física, Internet das coisas (IoT), usabilidade e user experience.

Orientadora: Prof.ª Drª Ma. Elizabeth Sucupira Furtado