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Qui, 29 Outubro 2020 17:35

Conheça histórias de quem se dedica a alegrar a vida do outro na Universidade

Projetos desenvolvidos pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS) auxiliam no dia a dia dos estudantes


Alunas do Centro de Ciências da Saúde da Unifor participam de iniciativas que levam o riso a outros estudantes da universidade (Fotos: Arquivo pessoal)
Alunas do Centro de Ciências da Saúde da Unifor participam de iniciativas que levam o riso a outros estudantes da universidade (Fotos: Arquivo pessoal)

Iniciativas que visam o auxílio ao próximo são enriquecedores para quem se beneficia e para quem atua nelas. O projeto de Apadrinhamento Acadêmico, realizado pelo Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, em que alunos veteranos dão apoio para calouros, possibilita uma melhor experiência dentro da Universidade. Para ser apadrinhado ou participar do projeto de forma ativa é necessário estar matriculado em qualquer curso pertencente ao CCS.

Já o Projeto Nariz, idealizado pela Liga Universitária de Palhaçoterapia e Humanização da Universidade de Fortaleza, promove a saúde por meio da arte e de terapias alternativas para contribuir de forma significativa na rotina hospitalar. A Liga acadêmica que organiza o projeto abriga alunos de cursos como Enfermagem, Psicologia e Medicina, entretanto, acadêmicos de qualquer curso do CCS estão aptos a participar, conforme o período de inscrições seja iniciado.

Conheça algumas estudantes que participam dos projetos. Elas destacam como a experiência tem influenciado positivamente em suas trajetórias pessoais: 

Mariana Barreira, estudante de Medicina Veterinária

Para Mariana Barreira, o projeto de Apadrinhamento Acadêmico foi essencial em seu primeiro período na Unifor. “Quando entrei no curso, eu tinha acabado de concluir a escola. Tudo era muito novo e diferente para mim e percebi que precisava de alguém para me auxiliar. Então, participei primeiramente como apadrinhada e vi realmente a importância dos padrinhos e madrinhas. Me apaixonei pelo projeto. Após isso, decidi retribuir toda a ajuda que recebi e optei por participar ativamente. Me inscrevi, fui aprovada e agora estou em meu segundo ano como madrinha”, relata a aluna.

A universitária conta como funciona a dinâmica com os apadrinhados. “Durante o projeto, fizemos um grupo no WhatsApp para ter um contato mais rápido. A gente conversava com eles e marcávamos uma atividade dinâmica, todo mês tínhamos um tema. Por exemplo, o primeiro foi ‘Criando Laços’, em que desenvolvíamos dinâmicas para fazer com que os alunos afilhados conseguissem fazer amizades com pessoas da sua turma. No quarto mês fechávamos o ciclo. Fiz muitas amizades durante o projeto e vi o quanto é importante ajudar”, completa.

Durante o período da pandemia, os padrinhos e madrinhas do projeto permaneceram em contato virtual. “Criamos um Instagram (@medvetunifor2020) para nos comunicarmos melhor com os alunos apadrinhados. Sempre falamos também via WhatsApp sobre informativos, perguntando se as provas foram boas e se precisavam de algum auxílio. Como não temos monitores em algumas cadeiras no primeiro semestre, a gente também se disponibiliza em ajudar com alguma questão dessas cadeiras. Sempre estávamos presentes para dar suporte”, destaca. 

Bárbara Mascarenhas, estudante de Medicina

Integrante da Liga de Palhaçoterapia e Humanização, Bárbara Mascarenhas conta que o projeto começou com a sua geração. “Eu e mais alguns amigos, depois de fazermos um curso de capacitação em palhaçoterapia promovido pelas nossas outras ligas na época, tivemos a ideia em transformar aquilo em uma liga multidisciplinar para a nossa Universidade. A cada processo seletivo temos a formação de mais uma nova geração e atualmente estamos na terceira”, explica. 

Segundo Bárbara, a Liga realiza vivências nos hospitais pediátricos de Fortaleza, como no Hospital Waldemar de Alcântara, Luiz de França, Hospital Infantil Filantrópico (SOPAI) e Hospital Geral de Fortaleza (HGF). “Além de realizamos ações em comunidades carentes, também atuamos na própria Unifor, fazendo atividades com alunos e professores, promovendo dinâmicas de saúde mental e descontração. Temos muitas ações sobretudo no período de setembro amarelo e dia das crianças”, comenta ela. 

O interesse em participar do projeto se deu devido às sensações vivenciadas durante as primeiras capacitações. “Percebemos o quão era emocionante e recompensador poder mudar a vida do outro apenas com um sorriso. Vimos que aquela corrente do bem não poderia parar ali só conosco e queríamos dar a oportunidade também para outras pessoas se capacitarem, sentirem o que sentimos e continuarem a ajudar outras pessoas. Tinha ouvido falar muito pouco sobre a palhaçoterapia antes, foi uma experiência recompensadora para mim. Assim me tornei a primeira presidente do Projeto Nariz”, relembra. 

Clara Silveira, estudante de Psicologia

Clara Silveira, aluna do curso Psicologia da Unifor, conta que o seu interesse em participar do Apadrinhamento Acadêmico foi influenciado pela vontade de realizar uma atividade extracurricular. “Queria realizar alguma atividade extracurricular ainda esse ano. Vejo o apadrinhamento como uma oportunidade que a Unifor nos dá para guiar os calouros, ajudar, orientar e tirar as dúvidas sobre o curso”, afirma. 

Clara ressalta a satisfação em fazer parte da iniciativa. “É uma chance de orientar as pessoas que têm dúvidas sobre o curso e Universidade. No meu segundo semestre descobri o projeto e como ele funcionava, então, decidi participar”, completa.

Marina Albuquerque, estudante de Medicina

Graduanda em Medicina, Marina Albuquerque conta que o filme “O amor é contagioso” foi a inspiração para se envolver com o Projeto Nariz. “O filme que conta a história do nascimento da palhaçoterapia. Depois de vê-lo, fui pesquisar mais, conheci o Projeto e acabei me apaixonando pela atividade. O projeto é composto por quatro divisões: ensino, que faz aulas internas e capacitações em palhaçoterapia; vivências em hospitais; pesquisa, que organiza as pesquisas para congressos e jornadas científicas; marketing, que cuida do Instagram. Nossas vivências nos hospitais costumam ocorrer aos finais de semana”, destaca. 

Marina revela a sensação de acolhimento em grupo durante as atividades da Liga. “Somos uma família que se entende, se ajuda e se cuida reciprocamente. Enquanto profissional, o projeto me permitiu crescer e ampliar meus horizontes sobre os aspectos do cuidado mais humanizado e me mostrou novas formas de exercer a medicina. Ocupar a presidência tem sido uma experiência muito gratificante, pois sinto que consegui desenvolver novas habilidades e me trouxe muito amadurecimento”, declara.

Ivna Gomes, estudante de Farmácia

Ivna Gomes também iniciou sua experiência no projeto Apadrinhamento Acadêmico inicialmente como aluna apadrinhada. “Gostei da minha experiência e decidi participar novamente como madrinha. O projeto é realmente um apoio para o universitário que ingressou recentemente. Quando fui apadrinhada me ajudou bastante, não sabia de muita coisa e as pessoas que estavam à frente do apadrinhamento foram bem legais para ajudar”, conta. 

Para a aluna, a necessidade do contato presencial tem ficado evidente durante a pandemia. ““Anteriormente, podíamos ter contato físico com as pessoas, olhar e saber quem era. Agora, estou tendo um pouco de dificuldade no ambiente online. Se no próximo semestre for possível continuar presencialmente, será ótimo!”, afirma esperançosa.