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Qui, 13 Agosto 2020 18:14

Conheça quem são os jovens que falam de Literatura nas redes sociais

Estudantes da Universidade de Fortaleza mantêm perfis nas redes sociais sobre livros e incentivo à leitura


Thalia Lopes é estudante do curso de Psicologia da Unifor e autora do livro “Páginas que escrevi: sentimentos” (Foto: Divulgação)
Thalia Lopes é estudante do curso de Psicologia da Unifor e autora do livro “Páginas que escrevi: sentimentos” (Foto: Divulgação)

O apreço pela Literatura vai além do livro físico. É comum a existência de jovens que disponibilizam em suas mídias sociais, por meio de vídeos, publicações no Instagram, resenhas ou podcasts, conteúdos sobre livros, gêneros literários e temáticas atuais. Tal fenômeno é positivo para a Literatura, pois ajuda a desmistificar o impacto negativo da internet ao hábito de ler, antes vista como principal fator para a perda do costume na rotina de jovens e adultos.

Thalia Lopes,18, é graduanda em Psicologia na Universidade de Fortaleza. Autora do livro “Páginas que escrevi: sentimentos”, a aluna relata que inicialmente o seu perfil no Instagram foi criado com o intuito de divulgar as vendas do seu livro. “Devido ao início da pandemia, a produção dos exemplares teve um certo atraso, então, eu tive que me reinventar enquanto a produção não finaliza. Com isso, veio a ideia de utilizar o Instagram para criar conteúdo baseado nos assuntos que trato no meu livro, para que, futuramente, quando eu lançasse, já tivesse afunilado o meu nicho. Criando uma imagem naquele perfil é gerado um carinho nos meus seguidores, por mim e pelo conteúdo que eu proporciono”, completa a aluna.

Em seu perfil no Instagram (@paginasqueescrevi), Thalia disponibiliza vídeos na plataforma IGTV sobre livros, leitura, amor próprio e autoestima. “Com o tempo, criei contatos com outros profissionais do meu curso e escritores. Hoje, o Páginas que Escrevi também está presente no Spotify, por meio do meu podcast ‘Um tempo para você mesmo’, em que falo sobre autocuidado, relacionamentos, autoestima, autoconfiança, perdão, e agora estamos, finalmente, em forma de livro”, explica.

O livro Páginas que Escrevi: sentimentos, retrata as formas de expressão da própria autora. “É a realização de um sonho muito antigo, de tirar dos meus diários todas as minhas formas de expressão, e por meio das minhas experiências pessoais juntamente ao meu amadurecimento diante dessas experiências, ajudar outras pessoas que estão passando pelas mesmas situações, como baixa autoestima e fim de relacionamentos, a se amarem cada vez mais. É um livro curto, de leitura fácil, bem dinâmico e muito ilustrado, com todas as ilustrações feitas por mim”, destaca. O livro está disponível para compra, por meio do link no perfil

Já para Isabel Macêdo, 22, sua relação com a leitura começou ainda na infância por influência dos pais. Estudante de Direito na Universidade de Fortaleza, Isabel administra o perfil no Instagram Marcadores Literários

“Sempre gostei de ler e compartilhar minhas impressões com os meus amigos a respeito dos livros que lia. Em 2015, criei um perfil no Instagram para compartilhar marcadores artesanais que eu mesma fazia, com as minhas citações favoritas. A partir de então, passei a compartilhar não apenas os meus marcadores, mas escrever resenhas e fazer indicações literárias”, conta a aluna.

Em seu perfil, Isabel compartilha resenhas de gêneros literários diversos. “Normalmente faço dois posts por semana e posto diariamente citações dos meus livros favoritos nos stories. Gosto bastante de mesclar posts entre resenhas, TAG’s literárias ou sobre escritores. Adoro criar postagens que envolvem muitas cores, informações interessantes e minhas impressões sobre aquilo que li”, completa.

Autora do livro "Quando os problemas se tornam poesia: Contos, crônicas e poemas", Sofia Osório, 20, é aluna do curso de Publicidade e Propaganda também na Universidade de Fortaleza. 

Sofia relata que iniciou a sua interação no Instagram apenas em 2018, pois não se sentia à vontade para compartilhar a sua vida pessoal. “Como o meu perfil é pessoal, eu acabo não me sentindo pressionada a ter um calendário editorial, mas anoto as ideias que me surgem em uma pasta. Posto sobre Literatura, criatividade, séries que assisto, escritos, meus processos criativos e de vez em quando faço perguntas voltadas para esse universo”, comenta ela. 

Seu livro, uma coletânea de contos, crônicas e poemas está disponível para compra na Amazon, clicando aqui“Mas no fundo, é a Sofia transformando os problemas do cotidiano dela em poesia, seja no formato que for. Composto por textos que escrevi entre 2017 e 2020, ele é muito especial para mim”, destaca a aluna.  

Motivadas pela falta da literatura não-acadêmica, treze alunas do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza desenvolveram o grupo de leitura Leitores por Debaixo do Jaleco coordenado pelas professoras Márcia Marinheiro, Morgana Pordeus e Livia Rocha. 

Elidivane Martins, graduanda no terceiro semestre do curso e participante do grupo, conta que a motivação para desenvolvê-lo aconteceu a partir de uma postagem da professora Márcia Marinheiro em seu Instagram pessoal sobre o trecho de um livro da Clarice Lispector. “Iniciamos uma conversa sobre como a literatura literária pode ser benéfica para nosso bem-estar e como poderíamos nos estimular a resgatar o hábito de ler durante a graduação. A conclusão foi que seria mais acessível se tivéssemos um grupo de leitura na Universidade para que pudéssemos trocar experiências, dicas de livros, sugestões de aplicativos, dentre outros mecanismos que pudessem nos estimular a promover a prática literária durante a formação médica”, explica ela. 

Em fase inicial, o perfil já está disponível no Instagram. “Nesse momento inicial, está restrito aos integrantes do grupo e contêm dicas de livros sugeridas por alguns membros. O propósito é que a página mantenha o registro das indicações de leitura oriundas das discussões no whatsapp, bem como das atividades e experiências desenvolvidas presencialmente ou online, como lives e encontros literários”, comenta a aluna.

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