null Por que somos referência em educação médica no Brasil?

Seg, 6 Novembro 2023 17:40

Por que somos referência em educação médica no Brasil?

Por meio do método Problem Based Learning (PBL), a Unifor é referência na educação médica brasileira. Formamos protagonistas na saúde ao desafiá-los a resolver problemas clínicos utilizando estrutura de ponta e apoio de professores atuantes no mercado


O curso de Medicina conta com uma matriz curricular 69% prática e dezenas de ligas acadêmicas que estimulam o ensino, a pesquisa e a extensão em formação médica (Foto: Ares Soares)
O curso de Medicina conta com uma matriz curricular 69% prática e dezenas de ligas acadêmicas que estimulam o ensino, a pesquisa e a extensão em formação médica (Foto: Ares Soares)

Aqui formamos protagonistas do ofício de cuidar e curar. Das salas de aula aos laboratórios e centros de atendimento, a graduação em Medicina da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz, virou referência no país.

Abraçou uma matriz curricular 69% prática e a uniu ao método Problem Based Learning (PBL) — aprendizagem baseada em problemas, em português —, desafiando alunos desde o primeiro semestre a resolver problemas clínicos complexos em uma estrutura de ponta, com apoio e mentoria de um corpo docente qualificado e atuante no mercado.

É assim que formamos protagonistas do cuidado, profissionais capazes de lidar com desafios, solucionar problemas e estabelecer relações interpessoais e trabalho em equipe. São médicos com autonomia na busca do conhecimento e comprometidos com um sistema que garanta a efetivação do princípio constitucional de saúde para todos, com ética e sensibilidade.

O método PBL tem mais de 40 anos de aplicação em cursos médicos no Canadá e na Holanda. Por meio dele, um caso clínico é apresentado para que os alunos proponham soluções. “São grupos pequenos de alunos, com um professor para poder mediar essa discussão”, detalha a diretora do Centro de Ciências da Saúde, Lia Brasil. Em 2006, ano de implantação do curso da Unifor, o modelo já se destacava por práticas pedagógicas que valorizam o aluno como responsável por seu aprendizado.


Não faltam espaços de prática para os alunos no curso de Medicina da Unifor (Foto: Robério Castro)

“As atividades práticas de ensino nos serviços de saúde e com atendimento de pacientes são realizadas a partir do 3º semestre longitudinalmente até o término do curso no internato”, explica a coordenadora de Medicina, Rejane Sá. Das 18 unidades de atenção primária à saúde conveniadas com o curso ao robusto Núcleo de Assistência Médica Integrada (NAMI) da própria Unifor, não falta espaço para aprender na prática e construir sonhos.

Tudo isso para chegar com destaque em um mercado promissor. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), apontou que médico especialista é a ocupação com a melhor remuneração no setor privado no Brasil em 2023, com salário médio de cerca de R$18.475,00 por mês. 

Múltiplos espaços para direcionar a carreira

Foi no NAMI, que abriga uma variedade de ambulatórios médicos especializados, que a médica Lara Oliveira teve o primeiro contato com o exame neurológico especializado, marcando o início de sua jornada profissional pela área da Neurologia. A interação, considerada “precoce” por ter acontecido antes dela ingressar no internato médico, foi importante para ajudá-la a decidir cedo sobre os rumos de sua carreira.

Após graduar-se na Unifor em 2015, Lara ingressou na residência médica em Neurologia, onde adquiriu uma base sólida de conhecimento na especialidade. “Posteriormente, busquei me especializar mais, realizando um fellow clínico em neurologia vascular. Ainda desejando me aprimorar na subaérea de AVC, fui então Stroke Research Fellow no Massachusetts General Hospital, da Harvard Medical School, por dois anos”, conta.

Neste período, ela se envolveu em pesquisa de ponta e colaborou com profissionais de renome no ramo da neurologia vascular. “Essa experiência internacional ampliou significativamente meu horizonte acadêmico e clínico. Em julho deste ano, retornei a Fortaleza e estou atuando em hospitais, tanto da rede privada quanto pública”, celebra.

A cultura acadêmica, a infraestrutura moderna, as instalações de ponta e um corpo docente qualificado foram fatores decisivos para que Lara escolhesse a Universidade de Fortaleza. “Acredito que a medicina é uma área que requer constante atualização e investimento, e a Unifor se alinha com esses propósitos”, diz. 

Para ela, há diferenciais significativos que contribuem para a formação de médicos altamente preparados, como o método PBL. “Essa abordagem se assemelha muito à complexidade da vida real na prática clínica, onde os pacientes não se encaixam necessariamente em categorias específicas de doenças. O PBL nos ensina a considerar o paciente como um todo, levando em conta diversos fatores que podem estar interligados", explica.


“O método PBL, em conjunto com a integração de aulas práticas, desempenha um papel fundamental na nossa jornada de formação médica. Esse enfoque pedagógico não apenas nos desafia a resolver problemas clínicos complexos, mas também nos proporciona a oportunidade de aplicar o conhecimento em situações reais”Lara Oliveira, egressa do curso de Medicina

Outro diferencial da Universidade, segundo a egressa, passa pela metodologia de módulos longitudinais e transversais. “Essa abordagem é particularmente valiosa, pois os conteúdos desses módulos são revisitados em várias etapas do curso. Essa prática assegura um aprendizado integral, permitindo que os estudantes consolidem e aprofundem seu conhecimento ao longo do tempo", acredita.

Lara também comenta que a participação nas ligas acadêmicas e outras atividades de extensão a ajudaram a ter maior inserção na academia. “Participar dessas atividades me deu a oportunidade de me envolver em projetos de iniciação científica, me introduzir no mundo da pesquisa e aprender sobre metodologia científica. Isso não apenas expandiu meus horizontes acadêmicos, mas também me permitiu explorar outras áreas de conhecimento”, rememora.

+ Experiências que dão “liga” ao currículo

Prática médica humanizada e próxima da realidade

A prática médica próxima da realidade é um trunfo na formação observada pelo estudante do 8º semestre de Medicina da Unifor, Túlio Veras Veloso. Ele conta que a escolha pela instituição veio por conta da infraestrutura, dos laboratórios às salas de simulações práticas repletas de equipamentos de ponta.

“Tudo isso nos possibilita uma prática médica muito próxima da realidade. Além disso, a nota máxima na avaliação do MEC foi essencial”, diz. Poder estudar os conteúdos de forma integrada e ter contato com a prática desde o início da graduação por meio do método PBL, para ele, é fundamental para consolidar o conhecimento. 

Mas o diferencial mesmo da Unifor, segundo o aluno, é o foco na Medicina Humanizada. É importante que os futuros médicos saibam como abordar o paciente nas diversas situações, enfatizando os princípios éticos que regem a medicina. 

As várias possibilidades oferecidas aos alunos também são valorizadas por quem deseja uma formação completa. Túlio contabiliza como experiências marcantes nesta jornada a participação no Programa de Monitoria e nas ligas acadêmicas. Atualmente, ele participa ativamente da Liga de Metabologia, Endocrinologia e Nutrologia (LIMEN).

Posso dizer que foi uma das experiências acadêmicas mais enriquecedoras que a Unifor me proporcionou”, destaca. Lá, é possível mergulhar em atividades ligadas a ensino, pesquisa e extensão, passando por aulas internas, escrita de artigos para congressos, treinamentos ambulatoriais e ações na comunidade. É um conhecimento extracurricular que conta tanto para residência como para a futura docência.


“Com toda certeza as ligas acadêmicas foram essenciais para meu amadurecimento como aluno e futuro profissional da área médica, pois por meio das vivências nesse projeto podemos nos aproximar mais das especialidades médicas”Túlio Veloso, estudante de Medicina da Unifor

Nas ligas acadêmicas, uma formação extracurricular completa

São ao menos 36 ligas acadêmicas relacionadas ao curso de Medicina da Unifor, criadas com o objetivo principal de realizar atividades de extensão nas diversas especialidades, levando educação em saúde e atendimento à população, com atividades que ultrapassam os muros da Universidade.

“Além disso, foram inseridas nas ligas atividades de ensino e pesquisa, para que os alunos aprofundem o conhecimento em campos da medicina que tenham maior interesse ou pouco contato nas atividades curriculares obrigatórias", afirma Geraldo Bezerra, docente da graduação.

Ele dá o exemplo: na Liga de Nefrologia e Transplante Renal, temas como diálise e transplante são discutidos de forma mais abrangente, o que é feito de maneira mais superficial ao longo do curso, nos módulos e estágios obrigatórios.


“O aluno que participa das ligas acadêmicas tem um maior contato com determinados ramos da medicina, desenvolve atividades de extensão com a comunidade, aprofunda seus conhecimentos e também realiza pesquisas científicas na área, sob a orientação dos tutores. Então, é uma das atividades extracurriculares mais completas que o aluno pode ter.”
Geraldo Bezerra, docente de Medicina e tutor das ligas acadêmicas

Um curso que já nasceu para a excelência

O curso de Medicina da Unifor nasceu para a excelência, inspirado no que havia de mais avançado em educação médica e acreditando no protagonismo do aluno. Foi assim que abraçou o PBL e outras metodologias ativas de ensino, treinou o corpo docente, construiu uma robusta estrutura de laboratórios.

Como não destacar os modernos equipamentos e simuladores do Laboratório de Habilidades? Ainda há o convênio com unidades de saúde integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS) que permite uma formação completa. A lista de reconhecimentos também é grande:

Além disso, em outubro deste ano, a Unifor consagrou-se novamente como a melhor universidade particular do Norte e Nordeste na área da saúde pelo ranking Times Higher Education (THE), entidade britânica responsável pela principal avaliação internacional de educação superior. 

“O curso de Medicina possui um corpo docente altamente qualificado, composto por 203  professores, sendo 114 (56,2%) doutores, 76 (37,4%) mestres e 13 (6,4%) especialistas, com 187 atuantes no curso e 21 em disciplinas optativas oferecidas a todos os alunos da Universidade”, informa a coordenadora Rejane.

Ela conta que os docentes participam ativamente das discussões periódicas sobre adequação do conteúdo curricular, sempre mantendo como foco primordial o perfil do egresso que o curso deseja formar.


“A vivência diária das metodologias ativas adotadas pelo curso, desde sua implantação, torna o estímulo ao raciocínio crítico uma característica marcante do corpo docente. O cuidado em manter a melhoria contínua do curso, com foco em pesquisas sobre educação médica e desenvolvimento docente, é um dos pilares da graduação”Rejane Sá, coordenadora do curso de Medicina

Rejane explica que, no início do século XXI, uma nova geração de currículos baseados em sistemas e serviços de saúde se fez fundamental para uma educação transformadora, voltada para as necessidades locais nas comunidades onde os cursos de medicina estão inseridos, sendo objeto de discussão na modernização da matriz curricular.

É neste contexto que vem a relevância da Unifor ser a única universidade particular do Ceará a adotar o PBL desde o início da graduação. Rejane conta que, no percurso acadêmico do aluno do curso de Medicina, há ênfase na formação médica nos âmbitos pessoal e relacional, não só sob o ponto de vista acadêmico estrito.

“Nosso aluno tem seu percurso conduzido por três eixos norteadores — técnico-científico, profissional-humanístico e assistencial-comunitário — para uma formação integral com capacidade de resolver problemas, ter senso crítico, lidar com desafios, comunicar-se e estabelecer relações interpessoais e trabalho em equipe”, destaca. 

Ao longo de seis anos de formação, o curso de Medicina oferece uma matriz curricular nova e atualizada, que foca na aprendizagem prática. Em 2017, iniciou-se um processo de elaboração de um novo currículo, ampliando a carga horária de atividades práticas com destaque na Atenção Primária à Saúde e à interdisciplinaridade, além da inclusão de disciplinas eletivas e optativas e de trilhas de formação.

+ Qual a receita dos novos médicos?

Referência em educação médica no Brasil

A diretora do Centro de Ciências da Saúde da Unifor, Lia Brasil, diz que a Unifor tornou-se referência em educação médica no país com uma matriz curricular direcionada para o cenário atual da saúde pública e privada nacional. A Universidade também investe continuamente na formação do docente e, por isso, mantém um time de excelência.


“Outro diferencial são nossos professores, que são atuantes no mercado e estão no dia a dia da clínica, dos hospitais e, mesmo assim, também estão na docência, onde eles podem fazer o link da realidade com a academia, com a atuação na sua prática”Lia Brasil, diretora do Centro de Ciências da Saúde da Unifor

O aprendizado é construído diariamente também na estrutura física do NAMI, a clínica escola do curso, além dos laboratórios específicos — como os morfofuncionais e os de habilidades — nos quais os alunos desenvolvem suas aulas práticas do primeiro ao oitavo semestre. 

Há ainda espaços de simulação realística, salas de ambulatórios, laboratórios de informática e um ambiente virtual de aprendizagem no qual o aluno encontra todo o material didático (notas de aula, podcast, vídeos) usado na aulas presenciais, além de materiais complementares relevantes para seu desenvolvimento profissional.

Para a pesquisa, o curso de Medicina se articula com o Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Unifor. O moderno complexo de pesquisa foi inaugurado em março de 2013 e possui cerca de 3,2 mil m² de área construída. 

Há um mundo inteiro de possibilidades, que passa também pela internacionalização. No Programa de Intercâmbio Acadêmico, o aluno pode cursar disciplinas da sua graduação no exterior, sem pagar as mensalidades do semestre estudado fora. São mais de 120 instituições de ensino superior, como a Universidade de Lisboa e a Universidade de Salamanca. Aqui, oferecemos todas as ferramentas necessárias para formar protagonistas da medicina!

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