null Estudantes de Cinema e Audiovisual da Unifor ganham importantes prêmios no pitching de roteiros do Porto Iracema das Artes

Qua, 2 Junho 2021 16:10

Estudantes de Cinema e Audiovisual da Unifor ganham importantes prêmios no pitching de roteiros do Porto Iracema das Artes

O evento aconteceu no último sábado, 29 de maio, das 9h às 14h, pelo Youtube do Porto Iracema das Artes, contando com a participação de grandes e importantes nomes do cinema.


Os roteiros foram “O Homem no Teto”, de Davi Siqueira e Vinícius Cabral, e “Yellowcake”, de Celina Ximenes e Larissa Estevam. (Foto: divulgação)
Os roteiros foram “O Homem no Teto”, de Davi Siqueira e Vinícius Cabral, e “Yellowcake”, de Celina Ximenes e Larissa Estevam. (Foto: divulgação)

O curso de Cinema e Audiovisual da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, comemora as conquistas de seus alunos Larissa Estevam, Vinícius Cabral e Davi Siqueira, no pitching de roteiros do Laboratório de Cinema do Porto Iracema das Artes 2020. As apresentações aconteceram de forma virtual, no último sábado, 29, no Youtube da Escola. Durante sete meses, os projetos desenvolvidos na edição do Lab Cinema/2020 tiveram tutoria dos renomados e premiados cineastas Karim Aïnouz, Armando Praça, Nina Kopko e Murilo Hauser, que também participaram do evento de encerramento do processo de formação.

 Os projetos premiados foram os roteiros “O Homem no Teto”, de Davi Siqueira e Vinícius Cabral, “Yellowcake”, de Celina Ximenes e Larissa Estevam.  “O Homem no Teto” ganhou o Prêmio Incubadora Paradiso, projeto do Instituto Olga Rabinovich, que concede uma bolsa de trinta mil reais, além de mentorias, doctoring, consultorias em desenho de audiência, incentivos para a inserção no circuito internacional e outros apoios adequados às necessidades de cada projeto. O outro roteiro premiado foi “Yellowcake”, de Celina Ximenes e Larissa Estevam, um dos dois filmes indicados pelo júri para a Rodada de Negócios do FAPRA, Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre, um dos mais importantes eventos de roteiro no Brasil. Além disso, as duas duplas ganharam, pela votação do público, um ano de cinema grátis, numa parceria entre o Porto Iracema das Artes e o Cinema do Dragão.

"O Núcleo Primeira Versão do Programa de Formação em Roteiro do Curso de Cinema da UNIFOR foi o berço dessa história, sem todo o suporte que os professores e o curso de Cinema nos ofereceu, não teríamos conseguido chegar tão longe", explica Davi Siqueira, co-roteirista de “O Homem no Teto”, referindo-se ao programa inédito de formação de roteiristas, desenvolvido no Curso de Cinema da UNIFOR.

Vinícius Cabral fala também da importância que sua participação no Programa de Formação em Roteiro da Unifor teve na sua trajetória dentro do Laboratório de Cinema do Porto. "A Unifor foi um espaço primordial, onde o projeto nasceu e se desenvolveu até ficar forte o suficiente para entrar no Porto Iracema das Artes. Além disso, lá tive toda a base necessária para o aprendizado de roteiro que me colocou em certa familiaridade com os assuntos do Porto", explicita.


Vinícius Cabral e Davi Siqueira, alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Unifor e autores do roteiro de “O Homem no Teto”.

Ele ainda ressalta o papel fundamental que os professores da graduação em Cinema e Audiovisual da Unifor tiveram no seu desempenho. "Queria deixar um agradecimento especial aos professores Daniel Tavares, Marcelo Müller, Max Eluard, Glauber Filho, professores maravilhosos que contribuíram muito para eu chegar preparado para o Porto Iracema das Artes em todos os aspectos", observa Vinícius.

O pitching dos roteiros contou com um júri inteiramente feminino, composto pelas convidadas Bárbara Santos, atriz indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2020 pela interpretação de Filomena, no filme A Vida Invisível (Karim Aïnouz); a roteirista e script doctor Camila Agustini, que atualmente está desenvolvendo uma série para a Amazon Prime Video no Brasil; Tereza Gonzalez, diretora sênior do ViacomCBS International Studios (VIS); e Victoria Castelli, diretora de desenvolvimento da Pródigo Films. O roteiro premiado pela Incubadora Paradiso é escolha exclusiva do Instituto Olga Rabinovich, instituição responsável pelo projeto.

"Foi o primeiro momento que um projeto que faço parte teve tanta visibilidade e foi maravilhoso receber comentários de pessoas que já atuam na área, entender mais o mercado e o processo de escrita a partir também dessas análises. E sem dúvida foi um momento muito importante para minha formação como roteirista e que levo com muito aprendizado", afirma Larissa Estevam, aluna da UNIFOR, que dividiu a experiência com a roteirista Celina Ximenes.


Larissa Estevam, estudante da graduação em Cinema e Audiovisual da Unifor e uma das autoras do roteiro de “Yellowcake”.

Sobre o programa

O Programa de Formação de Roteiros do Curso de Cinema e Audiovisual da Unifor é coordenado pelo professor Daniel Tavares, com uma equipe que inclui os professores Glauber Filho e Marcelo Muller. O professor Daniel Tavares, fala com alegria da premiação: "além de ser uma conquista fruto do talento e do empenho que eles colocaram no laboratório, essa felicidade é também de todo o nosso curso e diz muito sobre a formação que estamos propiciando aos nossos estudantes". O professor Daniel Tavares observa a profundidade do processo de formação de novos roteiristas, desenvolvido no âmbito do Curso de Cinema da Unifor, o que classifica de "uma base sólida para consolidação da trajetória de futuros roteiristas, uma das carreiras de maior demanda no mundo do cinema".

A iniciativa integra-se à matriz da graduação com três disciplinas de roteiro, que favorecem uma formação forte na escrita audiovisual para curtas e longas metragens, além de séries para TV. Além das disciplinas, o Programa ainda inclui o Grupo de Pesquisa do Roteiro Audiovisual, que pesquisa novas linguagens de escrita e inicia alunos na pesquisa científica; o Núcleo Primeira Versão de Desenvolvimento de Roteiros, além da Sala de Roteiro da TV Unifor. As áreas de atuação de um roteirista hoje em dia são vastas e, com o avanço das ferramentas virtuais, o mercado observa toda uma expansão, potencializando a grande relevância do Programa, que contribui para o pensamento e a reflexão da escrita de narrativas.

Conheça os filmes

  • O Homem no Teto
    Roteiristas: Davi Siqueira e Vinícius Cabral

Na pandemia de COVID-19, Fernando é intimado pela irmã, Carol, a cuidar do avô Lúcio, debilitado pela idade e pelo Alzheimer. Ao chegar no apartamento esquisito onde ele reside, o jovem tem dificuldade de se adaptar à rotina massante que é cuidar do avô, que tem muitas variações de humor e que não para de ter conversas com um ente imaginário, chamado por ele de “Homem no Teto”. Pressionado pelas situações de perigo em que o avô se coloca, pela dificuldade de lidar com a decrepitude da doença e pelo isolamento social e mental em que se encontra, Fernando começa a sucumbir à culpa que envolve a morte de sua mãe. Obstinado em ter pelo menos algumas noites de sono sãs, o rapaz começa a perseguir os estranhos sons que vem do teto e acaba por descobrir um monstro que convive com eles. Fernando é então encurralado num labirinto de demência, culpa e loucura, onde se vê obrigado a fazer o impossível para tomar o controle da retorcida realidade que se estabelece no velho apartamento.

  • Yellowcake
    Roteiristas: Celina Ximenes e Larissa Estevam

Cassandra, uma geóloga de 28 anos, retorna para Vale do Céu, seu vilarejo de origem, que não visita há anos, para realizar um trabalho. Lá se depara com a impossibilidade de visitar o terreno de uma antiga pedreira, fundamental para o trabalho, mas que ninguém sabe quem são os donos. Enquanto busca por respostas, ela tem que lidar com a descoberta do câncer de pulmão em sua avó, que nunca fumou. Intrigada com os vários casos de doenças e abortos em Vale do Céu, a geóloga investiga o solo da região e encontra indicativos de altas taxas de urânio. Preocupada com a saúde da região e cansada de não encontrar respostas, Cassandra invade a pedreira e descobre que tanto o prefeito quanto sua mãe estão envolvidos num esquema de tráfico de urânio. Percebendo que as instituições não colaboram com suas denúncias, Cassandra leva ao extremo sua necessidade de fazer justiça e proteger seus conterrâneos.