null Universidade de Fortaleza oferece novo MBA em Mercado Financeiro e de Capitais 

Sex, 16 Julho 2021 17:59

Universidade de Fortaleza oferece novo MBA em Mercado Financeiro e de Capitais 

Formar profissionais para esta área em crescimento é uma oportunidade para desenvolver mais as empresas e o estado do Ceará


O Ceará registra aumento de investidores pessoas físicas e de empresas que negociam ações em bolsa (Foto: Getty Images)
O Ceará registra aumento de investidores pessoas físicas e de empresas que negociam ações em bolsa (Foto: Getty Images)

A cultura de investimentos atrai cada vez mais brasileiros que procuram se informar sobre o assunto para aplicar melhor suas economias. Algumas empresas cearenses também vêm ganhando destaque com a abertura de capital. Isso significa que pequenas parcelas da empresa são comercializadas por meio da venda de ações ou através de títulos que são conversíveis em ações. Num cenário assim, também é importante capacitar mais profissionais que possam atuar no Mercado Financeiro e de Capitais. É isso que a Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, propõe com o lançamento de um MBA nesta área.

O coordenador da pós-graduação Unifor (eixo Finanças), professor Roberto Aguiar, destaca a importância da formação voltada para graduados das áreas de negócios, exatas ou para investidores e agentes autônomos de investimentos. “O MBA em Mercado Financeiro e de Capitais traz uma abordagem atualizada, atendendo à demanda de capacitar profissionais com uma visão ampla do mercado financeiro e de capitais, e no desenvolvimento de competências relacionadas ao diagnóstico, planejamento e execução de operações com produtos financeiros e capitais, a partir da compreensão das organizações de forma estratégica e sistêmica”, explica o professor. 

O objetivo do MBA em Mercado Financeiro e de Capitais é formar especialistas de alto nível com os conhecimentos e ferramentas necessárias para a atuação no mercado financeiro e de capitais. O professor Roberto Aguiar, que é graduado em Economia, ressalta ainda que abrir o capital é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa. “Esse processo altera de forma definitiva a gestão, os controles internos e a transparência da organização. É importante reconhecer que isso é comum em processos de IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial), pois receber novos sócios pela via do mercado significa uma mudança de paradigma na gestão e na cultura da empresa”, destaca. 


O MBA capacita profissionais que vão contribuir para o nível de desenvolvimento conquistado nos últimos anos, reforçando a presença do Ceará no mercado financeiro, explica o coordenador Roberto Aguiar (Foto: Ares Soares)

O coordenador da Pós-Unifor, explica ainda que essa preparação para se tornar uma Companhia de Capital Aberto, exige novos conjuntos de competências da administração e dos colaboradores, requerendo a contratação de profissionais com uma boa formação e com conhecimentos sólidos sobre o mercado de capitais. “Esse cenário com profissionais mais capacitados, ampliará o capital intelectual no estado, contribuindo para o nível de desenvolvimento conquistado nos últimos anos, reforçando a presença do Ceará no mercado financeiro”, avalia Roberto Aguiar, que também é mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, concluiu MBA em Controladoria e Auditoria Contábil e MBA em Gestão de Projetos e conta com experiência nas áreas de gestão de projetos, educação e estudos de viabilidade econômica. 

Além de o Ceará ser a sede de oito empresas com ações listadas em bolsa -  B3 (Brasil) e Nasdaq (Estados Unidos) -, o número de pessoas físicas do Ceará com ações negociadas na B3 cresceu 48,85% de junho de 2020 a julho de 2021. Passou de 50.314 para 74.896. O volume financeiro negociado por elas também teve alta em igual período. Cresceu 132,75%, de R$ 3,45 bilhões para R$ 8,03 bilhões. Isso faz com que o estado seja atualmente o nono no ranking nacional da B3 em montante negociado.

Diferenciais da Pós-Unifor

O MBA tem como um dos diferenciais o corpo docente que alia vivências profissionais com aprofundamento acadêmico em Mercado Financeiro e de Capitais. Entre os professores está o doutor em Administração - linha de pesquisa em Finanças - na Universidade de São Paulo (FEA/USP), Bruno Cals.  Ele também já atuou como Chief Financial Officer (CFO) da Hapvida Participações S/A e assessor de Relações com Investidores na M. Dias Branco S/A, duas companhias cearenses que negociam ações em bolsa. 

Para o docente, contar com essa junção entre a  prática e a teoria podem ser diferenciais para os profissionais que buscam capacitação nas áreas de Administração e Finanças. “É muito importante a gente ter professores e profissionais que também tenham alguma experiência prática em mercado de capitais. E isso é um ponto muito positivo, porque, durante a discussão da teoria, você pode, de diversas maneiras, aliar exemplos práticos do que já foi vivido pelo próprio profissional”, explica Bruno Cals. Além disso, o professor destaca que esses exemplos tornam a transmissão do conteúdo  mais leve e mais didática para os alunos. 

Ceará no mercado de ações

A Universidade de Fortaleza também  ganhou destaque ao apresentar ao mercado o Índice de Ações Cearenses (IAC), criado pela equipe do curso de Ciências Econômicas da Universidade. É um indicador que mede o desempenho das ações de oito empresas com sede no Estado, listadas na B3 (Brasil) e na Nasdaq (Estados Unidos). As empresas de capital aberto com sede no Estado são Arco Educação, Banco do Nordeste, Enel Ceará, Grendene, Hapvida, M. Dias Branco, Pague Menos e Aeris. A mais antiga em bolsa é o Banco do Nordeste, desde 1977, enquanto a Pague Menos e a Aeris realizaram IPO (sigla em inglês para oferta pública primária) em 2020. A iniciativa tem à frente os professores Alisson Martins, coordenador do curso, e Ricardo Eleutério.

Índice de Ações Cearenses

O site do Nupe traz mais informações sobre as empresas cearenses com ações negociadas em bolsa de valores e sobre a metodologia adotada pelo IAC. O acompanhamento possibilita, por exemplo, a comparação do desempenho das companhias locais com os resultados gerais em determinado período. No site da B3 também há cursos breves que podem ser feitos, gratuitamente e remotamente, para aprender fundamentos de educação financeira e dar os primeiros passos no caminho para ser um investidor de sucesso.
 
Atualmente, em sua composição inicial, o Índice de Ações Cearense apresenta oito empresas que estão em concordância com os critérios estabelecidos na metodologia, sendo estas:

  1. Arco Educação: A empresa iniciou suas negociações no dia 26 de setembro de 2018 na Bolsa de Valores Americana NASDAQ, sob o código ARCE.
     
  2. Banco do Nordeste: Estreou na Bolsa no dia 20 de julho de 1977, com o código BNBR3, destacando-se entre as oito empresas como a primeira com registro de IPO do Índice.
     
  3. Enel Ceará (Coelce): Suas negociações iniciaram em Bolsa no dia 13 de junho de 1995, com o código COCE3, sendo uma das empresas cearenses mais antigas com registro de IPO.
     
  4. Grendene: O início de suas negociações aconteceu no dia 29 de outubro de 2004 no segmento especial Novo Mercado da Bolsa brasileira com o código GRND3.
     
  5. Hapvida: Esta companhia teve registro de capital aberto em 20 de abril de 2018, passando a iniciar suas negociações no dia 25 de abril de 2018, no segmento especial Novo Mercado da B3, com o código HAPV3.
     
  6. M. Dias Branco: O início de suas negociações ocorreu na Bolsa de Valores em 2006, no segmento especial Novo Mercado, utilizando o código MDIAS3.
     
  7. Pague Menos: As negociações da empresa tiveram início no dia 03 de setembro de 2020, no segmento especial Novo Mercado da B3, com o código PGMN3.
     
  8. Aeris: A empresa teve o registro de IPO no dia 11 de novembro de 2020 no segmento especial Novo Mercado da B3, sob o código AERI3, sendo a corporação cearense mais recente a iniciar suas negociações.