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Seg, 22 Abril 2024 16:02

O suporte que você precisa na produção científica

De disciplinas à oferta de cursos, eventos e mentorias, a Unifor oferece todo o suporte para que alunos das mais diversas áreas mergulhem na produção científica desde o início da graduação


A prática traz benefícios para quem foca na academia e no mercado de trabalho (Imagem: Divulgação)
A prática traz benefícios para quem foca na academia e no mercado de trabalho (Imagem: Divulgação)

À primeira vista, o caminho para a produção científica pode parecer complicado. O que pesquisar? Por onde começar? Como compreender as metodologias de pesquisa, a técnica da escrita, as normas da ABNT? Onde apresentar e publicar os trabalhos? Como funcionam as revistas científicas?

Diante de tantas perguntas, a Universidade de Fortaleza, vinculada à Fundação Edson Queiroz, disponibiliza uma série de ações e serviços para dar todo o suporte ao jovem pesquisador durante a sua trajetória acadêmica. São disciplinas, grupos de pesquisa, mentorias, monitorias, cursos, palestras e encontros científicos. As iniciativas permeiam desde o auxílio à produção até a publicação de trabalhos.

E aí? Topa vir com a gente produzir ciência? Pois se liga nos caminhos! A Biblioteca Central oferece um vasto acervo de livros, periódicos e materiais online, além de apoio na busca por referências bibliográficas. Laboratórios e grupos de pesquisas proporcionam infraestrutura e suporte técnico para a realização de experimentos e pesquisas em diversas áreas do conhecimento.

Os Núcleos de Inovação e Pesquisa (NIPs), dos Centros de Ciência e da Coordenação de Pesquisa da Vice-Reitoria de Pesquisa, ofertam a Trilha de Formação em Iniciação Científica e Tecnológica, com atividades relacionadas ao método científico, integridade científica e escrita acadêmica.

E os Programas de Iniciação Científica estimulam o envolvimento dos alunos em projetos de pesquisa sob orientação de professores, contribuindo para a formação acadêmica e o desenvolvimento de habilidades de investigação. Já os Encontros Científicos e seminários favorecem a troca de conhecimentos e experiências entre estudantes e pesquisadores, sendo também oportunidade para apresentação e discussão de trabalhos.

Primeiros passos para desenvolver o pensamento científico

No 9º semestre do curso de Fisioterapia, Mikael Colaço conta que foi na disciplina de Metodologia Científica, logo no início da graduação, que começou a compreender o universo da pesquisa acadêmica.

Aprendeu a desenvolver o pensamento científico, conheceu técnicas de pesquisa e passou a trabalhar a análise crítica. “Compreender melhor os diversos aspectos da metodologia científica me possibilitou imergir nos conteúdos da disciplina, montando um quebra-cabeça”, conta.

Depois disso, a Biblioteca Central se tornou sua grande aliada ao lhe dar acesso a artigos e livros, mas também pelo contato constante com professores e funcionários dispostos a ajudá-lo. “O ambiente virtual, no meu caso, foi imprescindível. Em alguns momentos, não podia estar de forma presencial, mas a Unifor se fez presente tanto por videochamada como pela biblioteca virtual”, diz ele.

Com esse suporte, Mikael foi iniciando sua produção acadêmica. Levou ao Congresso Nacional de Diagnóstico e Tratamento Fisioterapêutico da Dor um trabalho sobre taxas de mortalidade ocasionadas por acidente vascular, não especificado como isquêmico ou hemorrágico, no município de Fortaleza (CE).

Já sua pesquisa sobre a percepção de profissionais da saúde acerca do posicionamento neonatal em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi apresentada na Jornada Acadêmica de Fisioterapia, da Universidade de Fortaleza. Ao Encontro de Iniciação à Docência, levou a monitoria do módulo Vivências Integradas em Fisioterapia I por meio de atividades virtuais, uma experiência realizada durante o isolamento social da pandemia de coronavírus.


“[Os serviços de suporte à produção científica da Unifor] propiciam ao aluno possibilidades distintas sobre temas inovadores e relevantes, impactando não só a comunidade acadêmica, mas a sociedade como um todo. Ademais, acredito que desses serviços brotam criatividade, sendo assim, como aprendemos no curso de Fisioterapia, emergem os facilitadores”Mikael Colaço, aluno do curso de Fisioterapia

Uma biblioteca que também oferta cursos para a produção científica

Na Biblioteca Central da Unifor, os alunos encontram um amplo acervo físico e digital para auxiliá-lo na pesquisa. São 259.950 exemplares de obras (livros impressos e digitais, TCCs, dissertações, teses, folhetos, vídeos analógicos e digitais) e 62.463 periódicos (impressos).

Ainda é possível acessar dois grandes portais de periódicos multidisciplinares (Capes e EBSCOhost) e bases de dados específicas (Euromonitor, vLex, Revista dos Tribunais Online, Dynamed e Target GedWEB). Mas não só isso. Cursos e capacitações também estão disponíveis aos alunos que desejam mergulhar nas estratégias de pesquisa científica.

Se você quer aprender a usar as bases de dados científicas disponíveis, ter orientações sobre normalização de trabalhos acadêmicos (ABNT, APA e Vancouver) ou entender melhor o uso do gerador de referências Mendeley e o Currículo Lattes, basta agendar um horário pelo telefone/WhatsApp (85) 3477.3167 ou pelo e-mail sec@unifor.br.

“Os alunos que estão na reta final da jornada acadêmica, desenvolvendo Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e da pós-graduação, contam ainda com serviços especializados que visam facilitar e aprimorar sua experiência na pesquisa acadêmica”, acrescenta a bibliotecária Rafaela Carvalho.

Ela se refere ao levantamento bibliográfico, um serviço que consiste na busca inicial por referências, resumos e links que direcionam para acesso a textos completos de documentos sobre um assunto determinado pelo aluno.

Também há a curadoria de periódicos para publicação, que é uma espécie de indicação de periódicos para publicação, selecionados com base no tema do autor e nas características dos periódicos definidas pelo próprio solicitante.

Todos esses serviços visam contribuir para o desenvolvimento das habilidades de pesquisa e escrita dos estudantes, preparando-os melhor para suas futuras carreiras acadêmicas e profissionais. “Eles são um diferencial que a Universidade pode apresentar no mercado educacional, destacando o compromisso da instituição com a excelência acadêmica e a produção científica”, reforça Rafaela.


“Podemos auxiliar os pesquisadores a acessarem recursos e informações relevantes e a utilizarem ferramentas e tecnologias necessárias para suas investigações, impulsionando a qualidade e o impacto da pesquisa produzida pela Universidade”Rafaela Carvalho, bibliotecária da Biblioteca Central da Unifor

Rafaela lembra que a oferta desses serviços faz parte do investimento da Unifor na pesquisa, amplificando os impactos dela na formação dos alunos e na sociedade. 

“Ao investir na produção científica, a Unifor prepara os alunos para futuros programas de pós-graduação, fortalece suas habilidades de pesquisa, estimula o pensamento inovador e promove colaboração interdisciplinar. Por fim, desenvolve habilidades transversais essenciais para o sucesso tanto na academia quanto no mercado de trabalho”, diz.

Uma ajuda imprescindível para o TCC

Thaís Araújo está no 11º semestre de Direito. Foi nos cursos oferecidos pela Biblioteca que ela encontrou o apoio extra que precisava para conseguir fazer seu Trabalho de Conclusão. “São cursos muito ricos, pois ensinam como devemos utilizar os dados para trabalhos e TCC”, afirma ela, que já costumava frequentar a Biblioteca para estudar.


Thaís Araújo usou os cursos da Biblioteca como suporte para realizar o seu TCC (Foto: Arquivo pessoal)

Ela diz que, para escrever um artigo científico ou mesmo fazer um trabalho mais complexo como o TCC, é preciso ter muito cuidado com a seleção de informações para abordar o tema corretamente. “Acredito que todos os alunos deveriam usufruir desse serviço, pois ele é muito enriquecedor em todos os sentidos, principalmente para tirar dúvidas”, diz.

Thaís participou do curso de Biblioteca Digital, onde aprendeu mais sobre o mecanismo de referências online, o More. “Fez muita diferença no meu TCC, pois uma das maiores dificuldades que tive na elaboração do trabalho eram as referências”, conta. “Aprendi também a fazer buscas na plataforma que temos, de forma mais direta, de acordo com o tema que eu precisava”, celebra.

A jornada desafiadora da produção científica

Investir na produção científica desde a graduação é uma estratégia valiosa para a Unifor, como destaca a coordenadora de Pesquisa da Vice-Reitoria de Pesquisa (VRP), Adriana Rolim. “Não só beneficia as alunas e os alunos, mas também a instituição, a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo”, explica.


“Investir na produção científica desde a graduação é uma estratégia de longo prazo que fortalece a qualidade da educação, o desenvolvimento acadêmico e profissional das alunas e dos alunos, a reputação e excelência da Unifor, além de contribuir para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento sustentável da sociedade”Adriana Rolim, coordenadora de Pesquisa da VRP

Adriana afirma que a produção de trabalhos científicos durante a graduação traz uma série de benefícios tanto para quem deseja seguir na academia quanto para quem pretende ingressar no mercado de trabalho. “Essa experiência acadêmica não só enriquece o currículo, mas também desenvolve habilidades essenciais que são altamente valorizadas em diferentes contextos profissionais”, pontua.

Isso porque, para quem sonha em seguir na academia, produzir artigos e trabalhos científicos é uma forma de já ir se preparando para a pós-graduação, construir credibilidade e reconhecimento dos pares e desenvolver uma rede de contatos enquanto busca acessar bolsas e financiamentos de pesquisa, seguindo em desenvolvimento contínuo das habilidades acadêmicas.

Engana-se quem pensa que mergulhar nesta produção não traz benefícios e diferenciais para quem deseja focar na construção de uma carreira no mercado de trabalho. Segundo Adriana, os ganhos passam por:

  • desenvolvimento de habilidades transferíveis,
  • diferencial competitivo no mercado de trabalho,
  • adaptação a novas tecnologias e metodologias,
  • compreensão de processos e regulamentações,
  • networking e relacionamento interpessoal.

“A produção científica é uma jornada desafiadora, mas extremamente gratificante”, atesta a professora. Outra ferramenta importante para a produção na Universidade são os comitês de ética, que aproximam pesquisadores de questões éticas relacionadas à avaliação dos projetos.

“O comitê de ética é essencial para assegurar que a pesquisa seja conduzida de maneira ética, responsável e de acordo com os princípios e diretrizes éticas. Ao buscar a aprovação ética e seguir as orientações do comitê, as pesquisadoras e os pesquisadores demonstram seu compromisso com a integridade, responsabilidade e qualidade da pesquisa científica”, elucida Adriana.

O ensino que prepara para adentrar no universo da ciência

A Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação (VRE) da Unifor também desenvolve ações e projetos voltados para auxiliar os alunos na produção científica, sendo estas muitas vezes em conjunto com outros setores da Universidade. É o caso, por exemplo, dos Encontros Científicos, realizados anualmente com a VRP.

“Nossos monitores participam do Encontro de Iniciação à Docência, para tanto, eles têm acesso a formações e orientações para a elaboração de artigos promovido pelos supervisores de monitoria. Já os alunos pesquisadores têm o acompanhamento e orientação dos professores pesquisadores”, diz a assessora da Assessoria de Apoio ao Discente da VRE, Rafaela Ponte.

Ela explica que a disciplina de Metodologia Científica, disponível em quase todos os cursos de graduação, desempenha um papel fundamental ao preparar os alunos para ingressarem no universo da ciência.

“Por meio dela, os estudantes aprendem a desenvolver o pensamento científico, técnicas de pesquisa, análise crítica de informações, elaboração de hipóteses e estruturação de trabalhos acadêmicos. Além disso, a disciplina estimula o pensamento reflexivo e a criatividade, contribuindo para uma postura investigativa e científica”, aponta.


“A produção científica é de suma importância, pois contribui para o avanço do conhecimento em diversas áreas, a formação de novos pesquisadores e a reputação da instituição de ensino. No mercado de trabalho, a produção científica demonstra a capacidade do profissional em lidar com desafios complexos, solucionar problemas de forma inovadora e manter-se atualizado em relação às últimas descobertas e tendências em sua área de atuação”Rafaela Ponte, assessora da Assessoria de Apoio ao Discente da VRE

Rafaela afirma que a Unifor estimula a produção científica desde a graduação porque reconhece a importância de fomentar o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade de pesquisa nos seus alunos desde cedo.

“Além disso, o incentivo à produção científica contribui para elevar o nível de excelência acadêmica da instituição e fortalecer sua posição no cenário nacional e internacional de ensino e pesquisa”, pontua a docente.

É hora de publicar!

A Unifor conta ainda com o Conselho Superior de Editoração (CSE), um setor que coordena todo o processo de editoração dos periódicos científicos da instituição, bem como a publicação de obras como livros, folhetos e outras produções.

A diretora executiva do Conselho, professora Juliana Pinto, explica que lá a comunidade acadêmica encontra suporte editorial para publicar nas revistas científicas, como os serviços de revisão textual e verificação de aplicação das normas de citação e referência, diagramação e obtenção de ISBN ou ISSN para publicações institucionais.

No ano passado, foram 140 artigos publicados. O CSE atua com cinco revistas acadêmicas em diferentes áreas:

Esses periódicos são como janelas para o conhecimento, oferecendo acesso a descobertas inovadoras, debates acadêmicos e avanços científicos em diversos campos do saber. A docente Juliana explica que as publicações proporcionam aos alunos a oportunidade de explorar uma ampla gama de tópicos dentro de suas áreas de interesse.

O CSE também conta com a colaboração da bibliotecária Gabriela Gomes, que desempenha um importante papel de suporte editorial das revistas para o processo de publicação e disseminação do conhecimento científico. Essa é uma maneira de estimular o uso desses periódicos como recursos de aprendizado que podem ajudar a cultivar uma cultura de pesquisa entre os estudantes.

Estimulados a lerem os artigos publicados nas revistas científicas, os alunos podem identificar lacunas no conhecimento, questões não resolvidas ou áreas que mereçam uma investigação mais aprofundada. Essa interação com o trabalho de outros pesquisadores pode estimular a criatividade e incentivar os discentes a desenvolverem suas próprias ideias inovadoras.

No Conselho, os estudantes ainda podem procurar por orientação na busca por fontes de informação relevantes para as pesquisas, aplicação correta das normas de citação e referência, esclarecimento sobre as questões relacionadas aos direitos autorais e licenciamento de conteúdo que garanta a conformidade com as regulamentações.

“Todas estas fases são explicadas para os alunos que desejam publicar e construir uma carreira acadêmica ou científica, mas que não sabem por onde começar. [Lá respondemos perguntas como] qual o melhor caminho a seguir, o que é necessário para a elaboração de um livro, anais, cartilha, folheto, por exemplo”, afirma a professora Juliana.


“A Unifor desempenha um papel fundamental na promoção da divulgação científica por meio de revistas acadêmicas, fornecendo suporte editorial, incentivando a publicação de pesquisas de alta qualidade e promovendo a visibilidade e acessibilidade desses periódicos”Juliana Pinto, professora e diretora executiva do Conselho Superior de Editoração da Unifor

Juliana destaca ainda que o CSE é importante para difundir, nacional e internacionalmente, o conhecimento científico gerado pela comunidade acadêmica. O intuito é valorizar a produção científica da comunidade acadêmica e preservar o conteúdo do conhecimento a ser divulgado, considerando os critérios técnicos apropriados.

Dez dicas valiosas para começar a jornada de pesquisa

Animou para mergulhar na produção científica? Então se liga que, para um bom trabalho, é preciso atentar desde a estrutura até o estilo de escrita. A seguir, confira algumas dicas para entender como fazer uma pesquisa:

1. Escolha um tópico relevante e interessante
Certifique-se de que o assunto do seu artigo é atual, relevante e desperta interesse na comunidade científica

2. Defina uma pergunta de pesquisa clara
Certifique-se de que sua pergunta seja específica e que possa ser respondida através de métodos científicos

3. Revisão da literatura
Antes de começar a escrever, faça uma revisão abrangente da literatura existente sobre o seu tópico. Isso ajuda a posicionar o seu trabalho dentro do contexto atual e a identificar lacunas no conhecimento que seu estudo pode preencher

4. Estruturação
segue uma estrutura padrão: introdução, método, resultados, discussão e conclusão

5. Clareza e concisão
Escreva de forma clara e concisa, evitando jargões desnecessários ou linguagem excessivamente complexa

6. Métodos detalhados
Descreva seus métodos de forma detalhada o suficiente para que outros pesquisadores possam reproduzir seu estudo com precisão

7. Apresentação dos resultados de forma objetiva
Seja honesto ao apresentar seus resultados

8. Discussão significativa
Analise seus resultados de forma crítica, discutindo suas implicações e relacionando-os com a literatura existente

9. Citações e referências
Citar corretamente todas as fontes utilizadas e siga o estilo de citação adequado ao seu campo de estudo (APA, ABNT, Vancouver, MLA, Chicago etc).

10. Lembre-se…
…sempre de seguir as diretrizes específicas de cada revista científica para a qual está submetendo o artigo, pois estas podem variar em relação a formatação, extensão e outros requisitos.