null A nova cara da engenharia civil

Seg, 12 Setembro 2022 18:15

A nova cara da engenharia civil

Uma formação ampla e inovadora como a que a Unifor oferece na área tem levado os profissionais a percorrerem novos caminhos promissores, do tradicional às novas tecnologias


A graduação em Engenharia Civil na Universidade de Fortaleza dispõe de amplas oportunidades práticas, networking com o mercado e inovação tecnológica (Foto: Ares Soares)
A graduação em Engenharia Civil na Universidade de Fortaleza dispõe de amplas oportunidades práticas, networking com o mercado e inovação tecnológica (Foto: Ares Soares)

Responsável por tirar sonhos do papel, o engenheiro civil projeta e gerencia construções que vão desde casas até obras hídricas, pontes e estradas. Tal ofício é dedicado a pensar em soluções criativas aos mais diversos problemas da sociedade, especialmente quando se pensa em infraestrutura.

A esses profissionais, no entanto, o avanço tecnológico que vivenciamos atualmente tem exigido um perfil cada vez mais inovador, com capacidade para atuar em novas áreas ligadas à tecnologia. Além disso, as competências para gerenciar os tradicionais escritórios de construção civil e especializações para oferecer os melhores serviços também seguem requisitadas.

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São muitas as possibilidades de mercado para quem deseja seguir nessa profissão. E tanto estudantes como professores dizem que a “nova cara” que se desenha na engenharia civil está muito bem representada na matriz curricular da graduação da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz

Inovado há cerca de dois anos, o mais recente currículo do curso de Engenharia Civil da Unifor dá ao aluno todas as condições para abraçar os novos caminhos que despontam na profissão. Para isso, conta com o desenvolvimento de habilidades de gestão e uma formação multidisciplinar e integrada, além do contato frequente com recursos tecnológicos e laboratórios de ponta.

Uma transformação digital em curso

“Na engenharia civil, a gente começa a perceber uma transformação digital. Na Unifor, nossa nova matriz curricular tem essa conotação de se ter uma construção virtual ao longo do curso”, afirma o coordenador do bacharelado em Engenharia Civil da Unifor, Ítalo Salomão.


São 15 laboratórios para as mais diversas atividades práticas relacionadas ao âmbito da engenharia civil dentro do campus da Unifor (Foto: Robério de Castro)

Essa virtualização, explica, vai desde a criação de projetos até mesmo a visualização de obras com a internet das coisas (IoT), que em termos gerais é a conexão de dispositivos por meio da internet. Se você não está muito antenado com o tópico, é importante saber que a IoT já está no dia a dia das pessoas. Um exemplo é quando usamos o smartphone para acender lâmpadas inteligentes ou trancar a fechadura eletrônica em casa.

Pois bem, esse recurso tecnológico começa a ganhar cada vez mais espaço em várias fases da cadeia da construção civil. Como? Por meio da internet das coisas, os engenheiros civis monitoram equipamentos e estoque, além de conseguirem garantir controle do canteiro de obras. 

Basta esse recurso e um celular, e é possível acompanhar o uso de máquinas, a chegada de materiais, a presença dos funcionários. Tudo para tornar as construções mais eficientes. “Essa transformação digital tem chegado na construção civil com mais força recentemente”, aponta Salomão.

Preparados para o mercado

Se os novos recursos tecnológicos ganham espaço transversal entre diferentes áreas da engenharia civil, os novos profissionais hão de estar atentos também ao desenvolvimento de competências importantes para atuar nas mais diversas áreas, seja infraestrutura, recursos hídricos, construção civil ou transporte. “Independente de qual que seja a área, o profissional tem que ter uma visão para a gestão como um todo”, aponta o coordenador.


“Se você tem uma equipe otimizada, você tem economias e você ganha em produtividade”, diz Rafael Pamplona, egresso de Engenharia Civil da Unifor (Foto: Ares Soares)

É esta característica, aliás, que o engenheiro civil Rafael Pamplona de Souza diz ter sido o grande trunfo para concluir a graduação na Unifor sentindo-se preparado para o mercado de trabalho. “Fiz o curso porque gostava de exatas, mas, lá dentro, vi que precisamos saber gerir pessoas para desenvolver bem o nosso trabalho”, conta ele, que hoje atua como diretor da empresa da família, a Beton Tecnologia, além de ser presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon Jovem).

Rafael cursou cinco semestres na Unifor, até que decidiu fazer um intercâmbio na Alemanha, onde ficou um ano e meio e também estagiou na área com o apoio da universidade. Voltou para se formar e começou a atuar nas empresas da mãe, também engenheira, e do pai, que trabalha com construção.

“Hoje sou sócio da minha mãe. Somos a terceira geração dessa empresa, que neste ano fará 50 anos”, conta. Segundo ele, foram as competências desenvolvidas ao longo do curso da Unifor que o ajudaram a compreender como atualizar práticas em uma empresa que já existia há tempos. 

"É dentro da universidade que você vê as coisas que estão acontecendo, as novidades. Participei de estágio, de grupos de pesquisa. Hoje sou um dos poucos especialistas em tecnologia do concreto no Nordeste"
Rafael Pamplona, engenheiro civil e egresso da Unifor

Ele aponta como um diferencial da Unifor o fato de ter professores conectados ao mercado de trabalho, capazes de orientar sobre as tendências e abrir portas na profissão. "Hoje o principal investimento que o aluno deve fazer é no conhecimento, nas capacitações de hard skills e de soft skills. É preciso ter a capacidade técnica e as competências de gestão. A Unifor oferece as duas coisas", aponta o egresso.

Áreas em ascensão e muitas possibilidades

Com estas competências, não falta espaço para a atuação nesta área considerada de grande empregabilidade. Toma-se como exemplo o vislumbre de crescimento para quem quer atuar com saneamento e recursos hídricos. Isso porque o novo Marco Legal do Saneamento estabelece que, até 2033, 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% a tratamento e coleta de esgoto.

Com isso, espera-se mais trabalho para os engenheiros civis. Mas não para por aí: Egressos do curso também têm migrado para uma atuação ainda mais próxima da tecnologia.

A graduação em Engenharia Civil da Unifor oferece uma matriz integrada, na qual o aluno tem a possibilidade de aplicar seus conhecimentos na prática. Soma-se a isso um contato frequente com o mercado de trabalho – seja por meio de parcerias com empresas ou de professores atuantes na profissão – e o contato desde cedo com a transformação digital que permeia a área.


"A gente tem, ao longo do curso, uma construção virtual de uma edificação e seu entorno, como elementos de saneamento e rodovia. O aluno desenvolve o projeto de forma virtual e paramétrica, entendendo seus processos projetuais e executivos. O discente tem esse fluxo contínuo do conhecimento de forma interdisciplinar e integrada" – Ítalo Salomão, coordenador do curso de Engenharia Civil da Unifor

Abraçando o boom tecnológico

Quem abraçou esse boom tecnológico na profissão foi o egresso Matheus Albuquerque, que hoje atua como desenvolvedor de software para empresas ligadas à arquitetura, engenharia e construção. Ele conta que escolheu o curso de Engenharia Civil porque gostava de exatas, mas, ao longo da graduação, se apaixonou mesmo foi pelos projetos complementares.

“Na Unifor, tive muita liberdade em escolher professores e cursar várias matérias do meu interesse. Com o conhecimento que eu adquiri e entre outras oportunidades, fiquei preparado para me especializar em um segmento mais voltado para a área de computação, que seria impossível sem o conhecimento que adquiri na faculdade”, relata.


O egresso Matheus Albuquerque atua como desenvolvedor de software para empresas do setor de arquitetura, engenharia e construção (Foto: Arquivo pessoal)

Matheus diz que o campus amplo da Unifor, com laboratórios bem equipados e professores doutores foram cruciais para seu desenvolvimento profissional, que ele considera conectado ao futuro da engenharia civil. 

Ao prestar serviços para empresas de outros estados brasileiros e de outros países da América Latina, ele diz ver que já estamos passando por mudanças drásticas com a automação de trabalho repetitivo, a IoT e a Metodologia BIM (Modelagem de Informação da Construção), que ganham cada vez mais espaço e colaboração. 

“Essas mudanças vão impactar tanto em escritórios de engenharia como em obras de construção, mudando todo o conceito de construir no Brasil e, enfim, aqui no Ceará”, acredita ele, que se sente preparado para os novos desafios.

A interdisciplinaridade que abre novos caminhos

O engenheiro Bruno Sales, também egresso de Engenharia Civil da Unifor, conta que escolheu a universidade por conta das altas taxas de alunos no mercado de trabalho. Mas, durante a graduação, mergulhou em tudo o que lhe foi oferecido: dos grupos de pesquisa aos estágios.

Bruno participou, por exemplo, de um projeto de pesquisa voltado à sustentabilidade dos recursos hídricos. O foco era desenvolver metodologias de reutilização de águas cinzas e pluviais para reduzir o consumo de água potável utilizado na irrigação.

Depois, adentrou em nova pesquisa na área de estruturas acoplada ao contexto de programação. Com professores e colegas, desenvolveu um programa para analisar as cargas em pórticos, que é a estrutura básica de uma edificação.

Também na Unifor, saiu um pouco da área da engenharia civil para participar de um projeto de pesquisa no então Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação (NATI), hoje Diretoria de Tecnologia (DTec). Lá, ajudou a desenvolver o Chatbot Dr.Saúde, um assistente virtual para auxiliar na triagem dos cidadãos de Fortaleza que pudessem estar contaminados com covid-19.


“Acredito que os três pilares fortes da Unifor são: corpo docente, infraestrutura e o networking obtido ao longo dos anos dentro e fora da Universidade. Inicialmente, um grupo de professores bem preparados, tanto na teórica como na prática, fazem total diferença na preparação de seus discentes”Bruno Sales, egresso de Engenharia Civil da Unifor

Ao concluir o bacharelado em 2020, Bruno foi aprovado no sonhado mestrado acadêmico no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), mais especificamente no programa de estruturas de Engenharia Mecânica Aeronáutica.

Prestes a concluir a pós-graduação, ele agora ingressou em um escritório de projeto de estruturas aeronáuticas, dedicado ao segmento de defesa aérea, em São José dos Campos (SP). Um novo mundo se abriu, sempre ancorado nos conhecimentos que começou a construir desde a graduação.

A vivência da pesquisa ainda na graduação foi meu diferencial, embora muitos pensem que esta é uma atividade exclusiva para quem deseja seguir carreira acadêmica, essa não é uma verdade absoluta”, conta. Foi por meio da participação em projetos de pesquisa e na realização de publicações científicas que o egresso pôde comprovar a área em que desejava atuar.

Engenharia Civil é na Unifor

Seja como for, são muitas as possibilidades de futuro que o aluno da Unifor pode abraçar. A universidade oferece oportunidades de pesquisa à formação voltada para o mercado de trabalho, com possibilidade de dupla titulação na Europa, laboratórios modernos e um mundo aberto para o futuro da sua carreira.

+ Dupla Titulação Internacional amplia as possibilidades no mercado de trabalho

Com dez semestres de duração, a matriz curricular do curso de Engenharia Civil da Unifor é diversificada e possibilita ao aluno desenvolver capacidade analítica na resolução de problemas nas áreas de gestão, supervisão, coordenação e orientação técnica, assim como permite elaborar estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental, bem como fazer vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem, e também treinamento, ensino, pesquisa e ensaio.